Inteligência científica

#inteligênciadevalor #valor #inteligência #inteligênciacientífica #algoritmos #algoritmosdeinteligênciacientífica #competênciacientífica #instituiçõesdepesquisas

Longe de mim querer evocar a importância ciência, aquela que pode ser considerada o “Santo Graal” da sociedade moderna! Deixemos estas questões para os acadêmicos, estes seres exultantes que perseguem obstinadamente suas teorias, por certo com a destreza e liberdade que só aqueles desprovidos de interesses espúrios o têm…

Acontece que sem ela não tem tecnologia. E sem tecnologia não tem invenção, muito menos inovação! Como já vimos noutro contexto,1 a inovação é o resultado de três pilares: ciência, tecnologia e mercado. E a inteligência é a ferramenta que dá “liga” no montante de informações que permeiam a busca pelo melhor desempenho, mais propriamente o “diferencial competitivo” em produtos, processos ou modelo de negócios.

Comecemos então pela tal da “inteligência científica”. O que seria?  Por que ela é ainda tão pouco conhecida e valorizada em nosso país? Vejamos que tudo começa pela formação das competências e são elas justamente o propulsores que revolucionam as nações mais desenvolvidas.   

Competência científica

Saber ciência não se aprende na universidade. Calma, não me crucifiquem ainda! Quero dizer que saber ciência é algo pra lá de cultural, ou seja, algo que deve ser cultivado desde cedo, em casa, no círculo mais próximo de amizades, em qualquer lugar do nosso convívio social ordinário e não somente no rebuscado ambiente acadêmico… Quem já leu a biografia completa do Eisntein tem uma noção exata do que estou falando.2

Toda criança deve guardar a recordação daquela luneta “mágica” no alpendre do quarto em que o pai lhe guiava nos primeiros degraus do conhecimento do cosmos. Ou daquele fatídico dia em que ganhou sua primeira medalha na olímpiada de ciências do ginasial. Enfim, a ciência deve permear até mesmo aqueles momentos únicos da conquista do primeiro amor, como a metáfora euclidiana que usou ao chegar no topo da montanha naquela romântica tarde de outono…

Pois bem. Espero que agora tenha ficado mais claro o que é a “cultura científica” e o porquê que ela leva aos grandes cientistas. Certamente é por isso que o Brasil ainda não se encontra no hall dos laureados pelo prêmio Nobel, oxalá! Enquanto, vivermos numa sociedade onde apenas jogadores de futebol ou cantoras pop estão na “boca do povo”, tenham certeza de que bem distantes ainda estamos do grau de maturidade científica das grandes nações.

Nem por isso podemos dizer que somos de todo um fracasso. Longe disso! O Brasil tem uma produção científica “respeitável” no contexto mundial, muito embora a relevância dos trabalhos publicados não seja das maiores. Veja, ao fazermos uma consulta do número de artigos científicos publicados (conhecidos no meio como papers) no ano de 2019 pela Wiley Online Library,[*] veremos que o Brasil, com 5.390 papers, não fica tão distante assim de países desenvolvidos como o Japão (com 12.670 papers) e a França (com 9.903 papers). Voilà! Se não nos falta competência científica, o que pode estar errado?   

Instituições de pesquisas

Claro, sempre deve haver um motivo relacionado à política pública… São as instituições de pesquisas, mais propriamente as universidades que estão minguando. Não se pode formar um Bill Gates, um Thomas Piketty ou um Richard Dawkins sem fomentar, em primeiríssimo lugar, os verdadeiros celeiros de todo o conhecimento!

É dali, meus caros leitores, que nascem o pensamento crítico, a capacidade de fazer associações menos óbvias, o raciocínio analítico aguçado que brota somente naqueles que passam anos a fio, percorrendo bibliotecas, debruçados em livros massivos e vasculhando as bases de dados de papers para apresentar algo que o valha para os seus orientadores, os professores acadêmicos, desde a iniciação científica ainda na graduação, até os exames mais avançados da pós-graduação nos mestrado e doutorado. Quem já fez sebe que o buraco é mais embaixo!

Acontece que, no Brasil e na quase totalidade das nações subdesenvolvidas ou em desenvolvimento ao redor do mundo, são pouquíssimas as universidades que possam verdadeiramente ser consideradas como centros de excelência acadêmica. Elas são medidas normalmente por um conjunto de indicadores baseados na performance da sua pesquisa acadêmica, nos desdobramentos gerados em termos de inovações tecnológicas e no impacto social para a comunidade onde se encontram inseridas.

O Scimago Institutions Rankings,[**] pertencente ao Scopus e que faz parte de uma das maiores editoras científicas do mundo (a Elsevier), nos mostra que seis das melhores universidades do mundo (as TOP 10) são americanas. Evidentemente que Harvard, MIT e Stanford estão no topo da lista! E onde estão as brasileiras? Bem, a única que está entre as TOP 100 é a nossa USP – Universidade de São Paulo, mais precisamente na sexagésima primeira posição. Pasmem: o Brasil tem apenas 6 instituições entre as 500 primeiras colocadas enquanto os EUA têm 250!!

§

Fica claro, portanto, que existe um verdadeiro “abismo” entre nós e eles! E a única solução seria um “Plano Nacional de Desenvolvimento da Ciência”, nos mesmos moldes que os Estados Unidos o fizeram no período do pós-guerra. Isto levará anos, ou melhor, décadas de muita boa vontade política… E tomará rios de dinheiro do orçamento público, o qual espera-se que um dia possa finalmente ser destinado para educação. Mas será que existe algo que possa agregar ou pelo menos encurtar um pouquinho este árduo caminho?

Sim. É a tal da “inteligência científica”. Segundo Tavares (2008-2009),3 pesquisador pioneiro ao cunhar este termo, sua conceituação envolve a capacidade de um profissional aplicar os princípios da “metodologia científica” em suas decisões, mais propriamente o seguinte:

A competência de interpretar os dados gerados pela pesquisa acadêmica para decidir racionalmente sobre métodos e procedimentos que comprovem a eficiência, a eficácia e a efetividade das ações desenvolvidas no trabalho realizado.

Trocando em miúdos, o que ele quis dizer é que todo conhecimento científico deve ter um propósito definido e que este esteja perfeitamente alinhado com a missão e visão de onde se pretende chegar! Ou seja, se o nosso ilustríssimo Ministro da Ciência e Tecnologia (e seus sucessores) mobilizarem a comunidade em prol do tal Plano Diretor da Ciência, explorando a competência brasileira em certas ilhas de excelência como, por exemplo, a energia renovável e biotecnologia, certamente galgaremos patamares científicos nunca antes perscrutados. Nunca deixarei de ser um entusiasta da ciência, desde que ela mire, no final do dia, para a inovação!


[*] Considerada uma das maiores editoras do mundo e congrega mais de 1.600 periódicos científicos no seu portfólio. Conheça AQUI .

[**] Colsulte gratuitamente os filtros detalhados de pesquisas na base de dados do Scimago Institutions Rankings AQUI.

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Obra no prelo: INTELIGÊNCIA DE VALOR: boas decisões sempre

Gostou? Mãos ao BUZZ nas redes!

Saiba mais:

1. Barreto, de L. Ricardo. IttiNomics: um guia especial para inovação aberta, Valinhos-SP, Editor-Autor, 2ª ed. 2016.

2. Isaacson, Walter, Einstein: sua vida, seu universo, São Paulo: Companhia da Letras, 2007.

3. TAVARES, C. A. Visão holística da avaliação de competências à luz da metodologia científica. Anais da Academia Pernambucana de Ciência Agronômica, Recife, v. 5/6, p. 79-102, 2008-2009.

Algoritmos de inteligência digital

#inteligênciadevalor #valor #inteligência #inteligênciadigital #algoritmos #algoritmosdeinteligênciadigital #seleçãodefontes #radardeconteúdos

Sem mais delongas vamos mergulhar em alguns dos algoritmos de inteligência digital desenvolvidos através do método apresentado neste livro e que são capazes de impulsionar a sua estratégia de marketing de conteúdo.

Não adianta de nada conhecer a sua persona e produzir conteúdos a esmo se você não detiver um processo próprio, ágil e eficaz voltado para revelar a vastidão de conteúdos que existem por trás da primeira página do Google…

São dois os processos vitais que determinam o sucesso desta abortagem: a “seleção dirigida de Fontes e subFontes” e o “radar permanente de conteúdos externos”.[1] Os nomes assustam, mas a lógica é bem fácil de entender e, principalmente, de se pôr em prática!

Seleção dirigida de Fontes e subFontes

Nada mais é do que seleção digital das Fontes e subFontes mais influentes que atraem tráfego do seu público de interesse. São aplicadas técnicas simples de data mining e machine learning para chegar ao mix ideal de Fontes e subFontes, as quais podem ser estáticas ou dinâmicas, como veremos a seguir.

O primeiro passo é identificar as palavras-chave, aqui denominadas Tag e subTag, que devem atrair o maior tráfego do seu público na internet. Estas são as principais áreas de interesse do seu público! Se o seu público faz parte do universo do marketing, pode escolher, por exemplo, a Tag “marketing digital” e talvez, como subTag, algo um pouco mais específico como “marketing de conteúdo” ou “marketing nas redes sociais”. 

O próximo passo é descobrir quem são seus principais competidores digitais, mais especificamente o ranking Top 5 dos competidores orgânicos e pagos. Veja bem. No universo digital o termo “competidor” se refere a um website (ou outro canal digital de referência) que atrai uma parcela significativa de tráfego do seu público.

No caso dos “competidores orgânicos” basta utilizar um bom mecanismo de busca e proceder a seleção entre os cem primeiros resultados orgânicos do Google, por exemplo, sendo os três primeiros resultados com a Tag e os dois últimos com a subTag das áreas de interesse. Já para os “competidores pagos” proceder a seleção entre os anúncios das cinco primeiras posições apresentados também pelo Google nas pesquisas. Confira abaixo o resultado para a Tag e subTag mencionadas acima.

Tela de celular com texto preto sobre fundo branco

Descrição gerada automaticamente
Figura 1. Descoberta de competidores digitais (orgânicos e pagos).

Pois bem. Logicamente, os principais competidores digitais devem ser também as principais Fontes nas áreas de interesse do seu público, tanto que o próprio Google os classifica na sua primeira página de resultados! Pela mesma lógica, claro que os “competidores orgânicos” serão sempre os mais relavantes, muito embora não possamos negligenciar os “pagos” que também podem produzir conteúdos importantes…

Sendo assim, nós decidimos fixar os “competidores orgânicos” TOP 1 para a Tag e subTag como as duas únicas Fontes estáticas do nosso processo de seleção dirigida. Todas as outras são consideradas subFontes! Fixamos também como “estáticas” as subFontes dos demais competidores e iniciamos o processo de seleção das subFontes “dinâmicas” que são os domínios relacionados direta ou indiretamente às áreas de interesse, priorizando aquelas com mais de 500 links ativos e 50 links únicos. Selecione no máximo 20 subFontes e faça o ranking das subfontes de acordo com o número de links únicos. Abaixo apresenta-se um exemplo para o competidor orgânico resultadosdigitais.com.br.

Tela de computador com texto preto sobre fundo branco

Descrição gerada automaticamente
Figura 2. Seleção das subFontes dinâmicas de cada compeditor digital.

A pesquisa foi feita na ferramenta SEOprofiler com o website do competidor em Links. Avalie os 20 primeiros resultados, ordenados pelo maior LIS e os adicionados mais recentemente. Faça nova consulta para descobrir se o resultado escolhido é de fato uma subFonte dinâmica. Neste caso, registre-a na tabela e contabilize o seu número de Links únicos.

Se a subFonte for da área de interesse, você pode fazer uma nova consulta. Dica: se não descobrir nenhuma subFonte, equalize com aquelas descobertas para outros competidores. Pode-se ainda enriquecer a lista pesquisando no Google com as Tags TOP 50 ou com as Tags TOP 1 dos outros competidores. Senão, pesquise usando as Tags com maior número de pesquisas e não ordenadas pelo score. Neste ponto você já deve ter notado o porquê que estas subFontes são dinâmicas, ou seja, periodicamente você deverá mesclar o seu mix para manter a diversidade dos conteúdos descobertos na internet.

Tela de celular com publicação numa rede social

Descrição gerada automaticamente
Figura 3. Mix de Fontes e subFontes estáticas e dinâmicas.

Apenas formar o seu mix próprio de Fontes e subFontes estáticas e dinâmicas não adianta de nada! Agora você deverá utilizá-lo no próximo passo do nosso algoritmo de inteligência digital: o radar permante de conteúdos externos.

Radar permanente de conteúdos externos

Ele permite rastrear constantemente os últimos conteúdos externos descobertos através das Fontes e subFontes selecionadas anteriormente. A extração de dados é feita também da plataforma SEOprofiler, ordenando os conteúdos pela data de adição e registrando somente os resultados que sejam considerados de fato um conteúdo nos seus diversos formatos (ex. blog post).  

Idealmente, você deverá descobrir de 1 a 3 conteúdos por dia. Lembre-se: quanto mais opções, melhor será o processo! As buscas deverão seguir a seguinte ordem: primeiro as duas Fontes estáticas e depois as vinte suFontes estáticas e dinâmicas, respeitando a sequência numérica e sempre intercalando uma subFonte estática e a outra dinâmica.

Então, registre os dados no sistema (ou numa planilha Excel mesmo), atribuindo a Tag, categoria, formato e idioma dos conteúdos descobertos no dia, procedendo com scoring de relevância através do algoritmo abaixo que faz o ranking automático dos backlinks que apontam para o conteúdo e que mede a influência no seu ecossistema.

Tela de celular com texto preto sobre fundo branco

Descrição gerada automaticamente
Figura 4. Score de relevância para o ranking de backlinks de conteúdos.

Você deverá consultar todas as Fontes e subFontes diariamente ou até o limite de 3 descobertas e, no dia seguinte, retomar de onde parou. Uma dica: se não conseguir descobrir nenhum conteúdo no dia, escolha dos dias anteriores, seguindo a ordem de prioridade do scoring. Em último caso, recomenda-se que navegue pelos sites das Fontes e subFontes até encontrar algo apropriado. Se ainda assim estiver com dificuldades, aí é sinal de que você precisa revisar o processo anterior da seleção dirigida…

A ferramenta buzzming, acessível em ricardobarreto.com, faz uso destes algoritmos dando várias opções para filtrar suas pesquisas e apresentando os resultados numa interface amigável que facilita sobremaneira as buscas. Confira abaixo o exemplo para uma busca genérica com a Tag da área de interesse “marketing digital”.

Tela de computador com texto preto sobre fundo branco

Descrição gerada automaticamente
Figura 5. Exemplo de pesquisa na ferramenta online buzzmining.

Observar que foram encontrados três resultados de conteúdos para esta busca, sendo que o maior score foi de 32 para dois deles, ambos da mesma Fonte: saiadolugar.com.br. Escolha um deles e este conteúdo que deverá ser empregado para produzir o BuzZ. Mas que raios vem a ser um BuzZ?

Bem, este é o novo boca-a-boca da Era Digital! Nada mais é do que é uma chamada de impacto para despertar o interesse do seu público por determinado conteúdo nas redes sociais. Sua estrutura linguística ideal é a seguinte:

{[INTERJEIÇÃO x (!) + INTERROGATIVA x (?) + CALL TO ACTION x (.)]}

Veja um exemplo e já aproveito para me despedir aqui dos leitores e convidá-los para descobrirem conteúdos nas suas áreas de interesse e, por que não, gerarem o BuzZ em suas próprias redes sociais…

BuzZ generation: Pois bem! Por que será que todos os seus competidores digitais que você conheceu até hoje falharam? Entenda.


[1] Estes processos são a base para a ferramenta de inteligência de conteúdo chamada “buzzmining” que se encontra acessível através do website do autor em ricardobarreto.com.

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Obra no prelo: INTELIGÊNCIA DE VALOR: boas decisões sempre

Gostou? Mãos ao BUZZ nas redes!

Decidindo eventos com inteligência digital

#inteligênciadevalor #valor #inteligência #inteligênciadigital #growthhacking #ferramentasdegrowthhacking #testesdeusabilidade #testesA/B

Já aprendemos a “filtrar dados” para conhecer melhor o seu público de interesse, ou melhor, a sua persona. Também já reconhecemos o papel dos influenciadores que são os verdadeiros “evangelistas” da Era Digital. Ainda em tempo, descobrimos o poder do link building e o porquê que você deve criar sua reputação online gerando conteúdos de qualidade. O que falta agora? Claro, maximizar os resultados esperados de tudo isso!

A “otimização da conversão” configura um método que emprega técnicas de analytics e o feedback contínuo dos usuários para melhorar a performance de um website, mais especificamente o aumento da taxa de conversão de visitantes a leads ou clientes, dependendo do seu foco estratégico.

Em essência, a técnica se resume a capturar o quê os usuários estão buscando ao visitar seu website e conduzi-los ao “objeto” da forma mais rápida e amigável possível, de modo a aumentar suas chances de clicar num call to action… Vamos agora conhecer algumas das estratégias matadoras para impulsionar suas decisões de marketing digital.   

Que tal o growth hacking?

É impossível falar de otimização da conversão sem mencionar o conceito do growth hacking que está revolucionando a maneira das empresas trabalharem o crescimento dos seus negócios.

Segundo Sean Ellis, que foi quem cunhou este termo, qualquer iniciativa de crescimento pautada em experimentos se enquadra nesta categoria de marketing, tais como os testes A/B. Experimente algumas das ferramentas sugeridas no apêndice desta obra.

Não é à toa que as tão badaladas empresas do tipo startups pautam sua estratégia de crescimento acelerado não só em produtos e serviços inovadores e tecnológicos, mas também numa estratégia muito bem consolidada de growth hacking…  

O poder da escalabilidade depende, via de regra, de um “chamariz” para o seu público. Você precisa ir além dos conteúdos porque estes têm o poder de atrair, mas dificilmente convertem… É preciso oferecer algo prático, realmente útil e gratuito, algo que resolva de preferência algum “calcanhar de Aquiles” para a sua persona

Um simulador de rotas para quem vai viajar, uma calculadora de desgaste de pneus para motoristas previdentes, um harmonizador de cores para maquiadoras, enfim, o céu é o limite, basta farejar a necessidade!  Mas como podemos descobrir isto antes de investir um bom dinheiro no desenvolvimento da ferramenta?

Testes de usabilidade

Existe uma forma muito fácil para se descobrir do que o seu público mais precisa! Chama-se “teste A/B” e consiste em apresentar para os usuários 2 versões distintas da página que se deseja otimizar. Depois é só compilar os dados e escolher a melhor. Certo? Bem, sempre ajuda um pouquinho mais de técnica…

Uma classe de ferramentas muito útil, especialmente na fase de planejamento dos testes A/B, é aquela que se propõem a realizar testes de usabilidade. É o que faz, por exemplo, o UsabilityHub. É perfeita para ter uma resposta rápida de usuários com o feedback sobre os elementos de design do seu site e/ou aplicativo. Os testes são distribuídos basicamente em 4 tipos:

Tela de celular com texto preto sobre fundo branco

Descrição gerada automaticamente
Figura. Tipos de testes de usabilidade.

Recomendo que você faça um teste bem simples quando iniciar a divulgação da sua ferramenta de growth hacking. Pode ser um “teste de pergunta” sobre um ícone, por exemplo, apresentado numa interface do tipo call to action… Já dará uma boa ideia do poder da ferramenta!

§

Vimos aqui apenas um pouco do que você precisava conhecer para começar sua jornada rumo aos elevados patamares de resultados que só o marketing com inteligência digital pode propiciar hoje em dia no universo online

Você deve ter notado que a escolha das ferramentas corretas (e nem sempre as pagas) é a chave para impulsionar estes resultados, muito embora somente a vivência prática e estratégica, digo aquela baseada em fatos e dados, que dirá se a dita “inteligência” está sendo de fato empregada.

Não se iluda que terá resultados rápidos. O grande segredo aqui (e em quase tudo na vida) é a persistência e precisão ao rodar o processo de forma sistêmica. Alguns já alcançaram um belo lugar ao sol trilhando estes passos… E há certamente mais espaço lá para você! Sucesso é o que desejo a todos que se aventuram nesta seara.

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Obra no prelo: INTELIGÊNCIA DE VALOR: boas decisões sempre

Gostou? Mãos ao BUZZ nas redes!

Recomendando informações com inteligência digital

#inteligênciadevalor #valor #inteligência #inteligênciadigital #linkbuilding #taxonomiadeconteúdos #ativosdedados #DigitalAssetManagement

Antes de falarmos propriamente sobre a medição de resultados no contexto do marketing digital, precisamos entender o conceito de analytics que rege esta importante etapa pós-publicação do conteúdo. O blog da cetax apresenta a seguinte definição: [1]

Analytics refere-se à possibilidade de se utilizar dados, análises e raciocínio sistemático para seguir em um processo de tomada de decisão muito mais eficiente.

O analytics emprega técnicas de modelagem estatística tais como data mining e, ao aplicar estes dados coletados para tomada de decisão estratégica numa organização, adentra no campo conhecido como business intelligence (BI).  Mais especificamente, dentro do contexto do marketing de conteúdo, temos cinco frentes principais de captura de dados:

  1. Website analytics;
  2. Social media analytics;
  3. Funnel analytics;
  4. Web analytics;
  5. SEO analytics.

Sem dúvida a medição dos resultados é a etapa mais importante após a publicação do conteúdo. Existem ferramentas críticas para avaliar a web como um todo, o website específico, as redes sociais ou o desempenho em Search Engine Optimization (SEO).

O grande “trunfo”, portanto, está na seleção das métricas mais importantes para o seu negócio! Se a sua empresa está focada no “buzz marketing”, por exemplo, deve ficar muito mais atenta às métricas de engajamento nas redes sociais. Por outro lado, se você simplesmente roda um e-commerce, o mais importante é carrear tráfego para o website que é o seu próprio canal de vendas.

Independente da estratégia de marketing adotada, existe uma tática de vital importância para todo e qualquer negócio online hoje em dia: o tal do link building.

O que é link building?

Funciona mais ou menos assim… Imagine que a cada link que a sua página recebe de um outro website é como se fosse um “voto” a mais para o seu ranking perante os mecanismos de busca como o Google. Isto mesmo. É uma forma simples e direta deles referenciarem a qualidade do seu conteúdo!

O efeito é que, além de direcionar tráfego para sua URL, o mais importante é que sua página adquire relevância orgânica com a TAG do texto âncora perante as plataformas de busca, mais especificamente aquela palavra-chave utilizada para direcionar o link (ou backlink na linguagem dos especialistas).

Detalhe importante: não adianta de nada galgar uma grande quantidade de links. O que importa mesmo é a qualidade destes links! Observe que o Google até penaliza sites com links ruins… É assim que as ferramentas de analytics como a MOZ atuam,[2] ao criarem índices que medem a “autoridade dos sites” perante os seus competidores digitais.

São considerados basicamente três fatores: o número de links de domínios descobertos nos últimos 60 dias, o número de links externos que apontam para sua página e, finalmente, o número de palavras-chave classificadas nas 50 primeiras posições de resultados de pesquisas no Google.   

Que fique clara uma coisa: não adianta sair produzindo conteúdos a esmo se estes não forem devidamente reconhecidos pelo seu público. Para o sucesso do link building, você precisa produzir bons e prósperos conteúdos, senão ninguém vai querer apontar um link sequer para o mesmo… Salve a meritocracia digital!

Taxonomia de conteúdos

Já aprendemos diversas ferramentas que nos ajudam a coletar dados nas diferentes etapas do processo de marketing de conteúdo. Mas como faço para organizar tudo isso?

Sem dúvida esta é a problemática atual para muitos do “marketeiros” de plantão, até porque não conheço um curso de publicidade que tenha uma disciplina de ciência de dados. Pelo menos ainda… Lembre-se: sem uma organização adequada, os dados não trarão insights e sim muita confusão!

A primeira tarefa é transformar os “dados brutos” através de um processo de classificação. Este é o desafio que tem sido chamado de “taxonomia de conteúdo”. Observe que a maioria dos negócios B2B e B2C não apresentam uma estratégia de conteúdo devidamente documentada. Confira o que Natalya Minkovsky, do Content Marketing Institute, tem a dizer a respeito:

Como estrategistas de conteúdo, temos que pensar em taxonomia a partir da perspectiva de quais termos e estruturas ajudarão o conteúdo a ter um melhor desempenho.

Como então podemos fazer esta classificação? É muito importante que cada conteúdo seja minimamente classificado de acordo com os seguintes critérios: 

Figura. Critérios para taxonomia de conteúdos.

Deve-se destacar que, para estruturar estes dados, transformando-os em verdadeiros “ativos de dados”, são necessárias certas ferramentas de apoio e gestão, conhecidas com Digital Asset Management (DAM).

§

Afinal, não poderíamos deixar de alertar que uma taxonomia que se preze só acontece quando você puder extrair facilmente todos os dados capturados dos conteúdos gerados, a qualquer momento, exportando o arquivo nos tradicionais formatos, quais sejam Excel ou CSV.

Já deve ter percebido, assim, que após implementar uma estrutura adequada, você passará a acumular uma grande quantidade de dados em sua organização. E estes dados são valiosíssimos para tomada de decisão em marketing de conteúdo!


Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Obra no prelo: INTELIGÊNCIA DE VALOR: boas decisões sempre

Gostou? Mãos ao BUZZ nas redes!

Saiba mais:

[1] Para o público leigo na área, este blog traz informações introdutórias sobre data anlytics, big data e data science. Conheça mais AQUI.

[2] Faça um teste gratuito e analise a URL do seu site para descobrir o poder desta ferramente. Acesse AQUI.

Filtrando dados com inteligência digital

#inteligênciadevalor #valor #inteligência #inteligênciadigital #basesdedados #ferramentas #persona #influenciadores

Vimos anteriormente que a primeira etapa do ciclo FRD de feedback inteligente envolve técnicas de data mining, visando filtrar dados de um acervo de big data. Detalhe importante: dados que possam vir a ser realmente úteis em alguma área específica. Mas como poderemos cumprir com esta missão no caso do marketing de conteúdo em que o universo de dados é delimitado pela vastidão da internet?

Bem, só para se ter uma ideia, pondere que a quantidade de dados armazenados atualmente é de aproximadamente 4,4 zettabyetes (ZiB) e que, em até 5 anos, esse volume deve passar para cerca de 44 ZiB ou 44 trilhões de gigabytes. É isto mesmo: a cada segundo cada um de nós cria um novo dado! [1]

Veremos aqui algumas formas de sistematizar estas buscas para encontrar informação realmente inusitada, ou seja, algo que difira pelo menos um pouco da tão “batida” primeira página de resultados de uma busca padrão no Google…

Bases de dados versus ferramentas

Você já deve ter percebido que após implementar uma estrutura adequada de processos você passará a acumular uma grande quantidade de dados em sua organização. Correto? E certamente já sabe que estes dados são valiosíssimos para tomada de decisão em marketing de conteúdo!

Não é à toa que hoje em dia são chamados de “ativos de dados” e existem diversas ferramentas utilizadas para sua gestão que são conhecidas como Digital Asset Management (DAM). Não se preocupe de antemão, basta compilar as informações numa boa e velha planilha Excel. O importante é manter a disciplina nos controles. Mas como posso distinguir uma base de dados de uma ferramenta de marketing de conteúdo?

Antes de mais nada é importante definirmos o que é uma base de dados. É preciso ir além do conceito de “repositório” que apenas estoca dados, assim como também é fundamental entender qual é o seu papel na abordagem da “inteligência de conteúdo”. As bases de dados são muito valiosas hoje em dia e caracterizam-se pela capacidade de estocar, referenciar e distribuir dados em determinada área do conhecimento.

Já as ferramentas são “instrumentos” que facilitam a execução de determinada atividade. Portanto, temos que toda base de dados pode ser considerada uma ferramenta já que ela pode fornecer informação relevante para desempenhar determinada função. No entanto, conforme o Leitor já deve ter percebido, nem toda ferramenta constitui uma base de dados. Comecemos com um exemplo prático: Como levantar dados acerca do seu público-alvo, mais propriamente a sua persona?

Conhecendo a sua persona

O levantamento de dados sobre a sua persona pode ser feito com bases de dados digitais internas ou externas. No primeiro caso, falamos de informações sobre os seus clientes, as quais podem ser extraídas, por exemplo, do seu sistema de CRM. Consultar internamente como anda a demanda de conteúdos pelo seu público de relacionamento é um bom começo para saber com quem você vai se comunicar e ainda não é cliente…

O primeiro passo, portanto, é manter o histórico de como o seu público interage com os seus conteúdos já publicados, dependendo do perfil e também da etapa que estiver dentro do funil de marketing. É fundamental saber, por exemplo, qual é o formato (exs. texto, infográfico, foto ou vídeo) que melhor ressoa com a sua persona em cada uma das etapas de aquisição, retenção e crescimento.

Importante também conhecer detalhes demográficos através do tráfego por países, idade dos visitantes, sexo, interesses, origem do tráfego, entre outros. A SimilarWeb é uma base de dados com acesso gratuito onde se pode ter uma rápida “radiografia” de algumas destas informações, sendo reconhecida pelo seu ranking mundial de websites e ainda provê dados dos seus competidores digitais em determinada categoria.

Reconhecendo influenciadores

A escolha do canal de distribuição para o conteúdo produzido é também estratégica e depende muito do perfil de acesso da sua persona. Em suma, você precisa fazer um estudo detalhado de canais antes de sair disparando seus posts a esmo! Há tempos que a diversificação de mídias deixou de ser a melhor estratégia…

Cada canal de mídia apresenta suas peculiaridades e precisa ser constantemente alimentado para sortir os efeitos esperados sobre o seu público. Nem sempre os canais pagos são a melhor alternativa… Conheça as 3 categorias de canais, divididas de acordo com a sua “disponibilidade” em canais proprietários, pagos ou “ganhos”.

Uma imagem contendo relógio

Descrição gerada automaticamente
Figura. Categorias de canais de distribuição de conteúdo.

Particularmente sou fã das ferramentas que propiciam a captura de dados de conteúdos distribuídos. O importante mesmo é utilizar estes dados para alguma ação estratégica de social marketing. É por este motivo que resolvi destacar um exemplo de ferramenta que permite encontrar influenciadores: a BuzzSumo.

Apesar de ser uma base de dados paga, com ela você terá acesso aos engajamentos nas principais redes sociais de todos os seus posts, permitindo inclusive que você descubra quais são os usuários que mais compartilharam seus conteúdos… São estes os seus influenciadores. Reconheça-os que o “universo” online estará a seus pés!

§

Uma lista extensiva de bases de dados e ferramentas de inteligência digital será apresentada ao final desta obra (Apêndice). Por ora, o conhecimento das suas personas e o reconhecimento dos seus influenciadores é o suficiente para galgar os primeiros passos para uma estratégia de inteligência digital mais robusta.

Vamos adentrar agora naquela que considero a mais nobre das informações online através dos “rastros” deixados pela sua persona: suas TAGs! Isto mesmo. São as palavras-chave utilizadas em suas pesquisas que nos dão a “dica” de quais são os seus interesses… E é a partir daí que você deve planejar toda a sua estratégia de conteúdo!


Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Obra no prelo: INTELIGÊNCIA DE VALOR: boas decisões sempre

Gostou? Mãos ao BUZZ nas redes!

Saiba mais:

[1] Para mais curiosidades sobre a internet, acesse a reportagem da revista Forbes AQUI.

Sobre os aforismos

#ricardobarreto #culturadevalor #valor #cultura #aforismos #valores #Nietzsche #aforistas

Vivemos numa época de aforistas que não têm a menor ideia do que é um aforismo. Esta é a mais triste realidade! Não se trata de vociferar pelas redes sociais, falando aquilo que todo mundo quer ouvir ou, pelo menos, sua plêiade de seguidores…  

Um aforismo tem que ter qualquer coisa de profundo, de mítico, filosófico melhor dizendo… Algo que nos remeta ao devaneio, que nos revolte ou, minimamente, que nos deixe boquiabertos. Isto mesmo. Seria a síntese perfeita de algo: uma crença, um conceito ou coisa que o valha, desde que o estrondo seja, porque não dizer, apocalíptico!

 A palavra aforismo tem origem no grego aphorismós, cujo significado é de limitação, definição breve, uma sentença. Já o dicionário Houaiss os caracteriza como:1

“Máxima ou sentença que, em poucas palavras, explicita regra ou princípio de alcance moral; apotegma, ditado. Texto curto e sucinto, fundamento de um estilo fragmentário e assistemático na escrita filosófica. Relacionado a uma reflexão de natureza prática ou moral.”

O grande filósofo Nietzsche foi um dos que primaram pela consagração de tal gênero textual. Não só pela maestria em “desconstruir” conceitos ou crenças (um ávido crítico do cristianismo),2 mas sobretudo pela sua genialidade em exprimir verdades nas entrelinhas… Transcrevo aqui 10 dos considerados seus maiores aforismos:

  1. Deus está morto. Viva perigosamente. Qual o melhor remédio? – Vitória!
  2. A diferença fundamental entre as duas religiões da decadência: o budismo não promete nada, mas assegura. O cristianismo promete tudo, mas não cumpre nada.
  3. Aquilo que se faz por amor está sempre além do bem e do mal.
  4. O amor é o estado no qual os homens têm mais possibilidades de ver as coisas como elas não são.
  5. Há sempre alguma loucura no amor. Mas há sempre um pouco de razão na loucura.
  6. As convicções são cárceres.
  7. A moralidade é o instinto de rebanho do indivíduo.
  8. Cada pessoa tem que escolher quanta verdade consegue suportar.
  9. O desespero é o preço pago pela autoconsciência.
  10. E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música.

Pois bem, longe da busca dos provérbios populares, mesmo pleiteando algo difícil de se conceber, algo como a condensação de conceitos amplos em poucas palavras, assim como Nietzsche, nesta obra não se pretende “construir” verdades, outrossim buscar a Verdade!

Foto em preto e branco de homem com gato no colo

Descrição gerada automaticamente
Figura i.12. Nietzsche, isolado, ao final da sua vida.

Nossos aforismos não seguirão estrutura definida pela brevidade e precisão, por meio tão somente de pequenas sentenças. Nem tampouco serão taxativos, apresentando um discurso filosófico doutrinador. Precisamos, outrossim, de uma metodologia que nos ajude a expressar o “pensamento livre” sobre os temas principais que permeiam os 7 passos do Ciclo da Cultura de Valor (CCV).

Sempre os abriremos com uma breve indagação, seguida do aforismo propriamente dito, o qual poderá se materializar numa única sentença de impacto ou até mesmo desdobrar-se em alguns poucos parágrafos quando o assunto se der por merecer. Daí os distinguiremos de uma simples seção de perguntas e respostas!

Se virarão máximas, veja bem, isto não sabemos e nem sequer temos a pretensão de vir a ser tal como um Nietzsche! Tenham certeza ao menos de uma coisa, haverá muitos casos em que terão o sentimento de que aquilo era justamente o queriam ouvir, ou exprimir. Por certo, em outras tantas, o repúdio será evidente. De todo modo, assim me darei por satisfeito.

Agora, finalmente, pensem comigo: será que Nietzsche estava realmente preocupado em ser fazer ouvir? Sua foto, ao final da vida, fala per se.

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Da obra no prelo CULTURA DE VALOR: aforismos para uma vida plena

Gostou? Mãos ao BUZZ nas redes!

Saiba mais:

1. Antônio Houaiss, Grande Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, Editora Objetiva/ Instituto Antônio Houaiss, 2001.

2. Nietzsche, F. Obras Incompletas, com destaque para: Aurora – Pensamentos sobre os preconceitos morais, Nova Cultural: São Paulo, 2001.

PASSO 7: nosso destino

#ricardobarreto #culturadevalor #valor #cultura #aforismos #valores #destino #avatar #mundoastral #ubiquidadeconsciencial #seresdeluz

Chegamos ao sétimo e último passo do Ciclo da Cultura de Valor (CCV): exatamente “aquilo” que nos está reservado, como consequência óbvia, após passar por todos os outros passos.

Para todos os seres dotados de consciência que acreditaram, pensaram, falaram, agiram, praticaram e, consequentemente, geraram valores continuamente ao longo da sua existência não há com o que se preocupar!

Acabamos de ver onde pode chegar um empresário que prima pelo valor do “empreendedorismo”. Agora, imagine comigo onde um ser consciente pode chegar ao se destacar em todos os valores que discorremos? Vamos aqui perscrutar, mesmo que de relance…

Mundo astral

Realmente Einstein estava certo ao dizer que Deus não joga dados… Somos nós mesmos que dificultamos a compreensão! Vivemos num corpo físico que habita o planeta Terra, mas esta é uma situação ilusória, ou mais propriamente transitória.

O “mundo astral” que é a verdadeira realidade da alma, quando abandona o plano físico. Ao desvencilharem-se da limitação imposta pela realidade material do espaço-tempo, poderão estar onde quiserem e na velocidade do pensamento, vivendo o eterno presente.

Isto mesmo, na realidade do “mundo astral” não existe mais passado nem futuro. Só o presente!

A grande pegadinha é que permanecemos, de certa forma, ligados ao plano físico enquanto estamos em déficit com a nossa “conta kármica”, de modo que precisamos resgatar as dívidas através da interação proativa com outros seres conscientes, na roda das encarnações.

Enquanto isso, o acesso ao “mundo astral” pela nossa alma é limitado ao período entre encarnações, no sono (em estágio profundo) ou em Estado Alterado de Consciência (EAC) como, por exemplo, no transe meditativo ou oração sincera.

Fora isso, o “mundo astral” só ganha importância de fato quando não há mais a necessidade de estar no plano físico, passando a habitar somente no plano sutil, com a liberdade de criarem o mundo que desejarem com os seus próprios pensamentos (alguns o chamam também de “mundo das ideias”).

Somente aqueles que atingiram o estado de pureza absoluta, libertando-se da necessidade de interações com outras consciências para estabilizarem-se, permanecendo ininterruptamente em estado de superconsciência, em conexão com o Criador, permitindo projetarem-se para onde quiserem.

Estarão, assim, em ressonância plena com aqueles que estiverem no mesmo padrão vibratório, muito embora nunca deixem de vibrar pela coletividade de seres, nos diversos mundos habitados, compondo a inesgotável energia criadora que compreende o somatório das vibrações de uma plêiade de consciências puras (os verdadeiros “avatares”) que orbitam ao redor do núcleo Criador.

Avatares: os mestres espirituais

Os “avatares” são seres de luz que assumem, via de regra, uma missão peremptória, algo sublime, relacionado ao planejamento evolutivo de comunidades conscienciais inteiras.

Ficam, assim, responsáveis pelas estratégias evolutivas que regem os universos físico e sutil. Mais propriamente pode-se dizer que se tornam os verdadeiros “gestores celestiais”!

Raramente voltam ao plano físico e, quando o fazem, são facilmente reconhecidos como verdadeiros profetas, os “líderes espirituais” que estão muito além do seu tempo… Acontece quando a intervenção superior se faz necessária para corrigir desvios de planejamento evolutivo, os quais podem comprometer a trajetória de um conjunto de comunidades conscienciais inteiras.

Podemos reconhecer facilmente na história da humanidade alguns momentos cruciais em que este tipo de intervenção dita “divina” foi necessária. Não precisamos detalhar aqui o papel evidente de missionários como Jesus Cristo, Buda, Krishina, entre outros seres de luz que por aqui passaram e deixaram marcas profundas no curso evolutivo da humanidade. A passagem de um avatar, portanto, é rara mas impactante.

Ubiquidade consciencial

Cabe salientar que estes “seres de luz” não são exclusivos do nosso planeta. Seríamos muito pretensiosos de achar que a Terra é o único planeta habitado por seres vivos e conscientes… O fato é que temos apenas uma pequeníssima visão do planejamento evolutivo do universo sutil.

Tais seres de luz caracterizam-se por apresentar presença difusa, ou seja, podem estar em diversos lugares ao mesmo tempo. Não lhes é imposto o confinamento oriundo da matéria, limítrofe pelas leis que regem a relatividade geral einsteiniana!

É a propriedade especial de coabitar a Consciência, em qualquer ponto no universo sutil e de forma instantânea, a que chamamos aqui inequivocamente de ubiquidade consciencial.

Antes de perpetrar a trajetória evolutiva retornando à Fonte como um Avatar, qualquer ser consciente passa por diversos estágios evolutivos, assumindo uma posição referencial com relação àqueles que se encontram em estágios inferiores de depuração (ausência de karma). Diz-se que, neste ponto, tornaram-se uma Consciência-guia.

Quer dizer que tais Consciências foram promovidas para comunidades conscienciais mais evoluídas e tornaram-se exemplos para aqueles que os conheceram ou que tiveram contato através da história de suas realizações que nada mais são do que reflexos da ubiquidade consciencial. Muitas crenças os chamam de santos!  

Gandhi, Madre Tereza de Calcutá, Francisco Xavier, São Francisco de Assis e Paramahansa Yogananda são apenas alguns dos exemplos que temos nesta categoria de seres ultra evoluídos, muito embora deva-se observar que muitos permanecem incógnitos apesar das suas obras de profundo valor consciencial.

§

Tudo isso pode parecer, por ora, um tanto quanto surreal, ou até mesmo duvidoso sob a ótica daquelas crenças religiosas mais arraigadas. Mesmo assim, estamos aptos a adentrar na primeira parte desta obra que trata dos valores no plano físico.

Certifique-se antes de mais nada que a torrente de pensamentos suscitados até aqui está lhe instigando a busca pela essência dos seus próprios valores, sem dogmas religiosos ou filosóficos, caso contrário recomendo parar por aqui.

A permanência na quietude de suas crenças é uma opção extremamente louvável. Afinal, não são muitos os caminhos que nos levam à mesma morada… O caminho de retorno à Fonte da criação, no seu devido momento, é dado como certo, criaturas que somos!

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Da obra no prelo CULTURA DE VALOR: aforismos para uma vida plena

Gostou? Mãos ao BUZZ nas redes!

INTELIGÊNCIA DIGITAL

#inteligênciadevalor #valor #inteligência #inteligênciadigital #marketingdigital #inboundmarketing #marketingdeconteúdo #conteúdo

Se você trabalha numa empresa, seja na indústria, comércio ou no setor de serviços, mesmo como profissional autônomo, certamente já deve ter ouvido falar que tudo hoje em dia, mas tudo mesmo, gira em torno do tal “marketing digital”.1

Não se assuste, mas o fato é que o típico “vendedor” de porta, aquela figura boa de lábia, com um catálogo de produtos debaixo do braço, tal como o conhecemos no século XX, está mais para “bicho em extinção” do que outra coisa!

Vejamos o que é mais comum hoje… Receber o email marketing de um e-commerce, um push da sua loja virtual preferida de tennis no feed do Instagram ou a visita inusitada de um vendedor de panelas na porta da sua casa?

Vamos conhecer um pouco mais sobre a estratégia de marketing que está revolucionando a forma como as empresas geram negócios: o inbound marketing!

Inbound marketing

O termo técnico chama-se inbound marketing,2 mas você também pode resumi-lo como sendo o conjunto de técnicas capazes de “atrair” o seu consumidor através de um tipo muito especial de funil, conhecido como “funil de marketing”, com etapas bem definidas de aquisição, retenção e crescimento dos clientes.

Não adianta mais contratar uma campanha publicitária caríssima se você não souber se relacionar com o seu público. Acreditem: a “moeda de troca” não é mais necessariamente dinheiro… São “conteúdos” especialmente planejados e elaborados antes do cliente sequer imaginar a possibilidade de comprar o seu produto ou serviço. Vivemos declaradamente a “ditadura” do consumidor!

É preciso chamar atenção pelas redes sociais. Fazer o BUZZ, o “zunido digital”, o novo boca-boca, enfim, muito barulho!

Mas como nutrí-lo (o consumidor) com informações que sejam realmente do seu interesse? Trocando em miúdos: conte uma “história” bem contada através de ebooks, infográficos, guias, etc. São muitos os formatos de conteúdos e lembre-se da “regra de ouro”: cada público tem um gosto, uma linguagem apropriada, a depender do tipo de informação…

O conteúdo, portanto, é a grande “isca” do inbound marketing para atrair o público de interesse e tranformá-lo em lead logo na primeira etapa de aquisição do funil de marketing. Somente assim sua empresa fortalecerá o vínculo com o público e sua marca galgará o topo do mercado. A venda se tornou algo óbvio somente para aqueles que souberem demonstrar autoridade em termos de “conhecimento” na sua área. Bem-vindo à era do “marketing de conteúdo”!

Marketing de conteúdo

O processo de marketing de conteúdo pode ser dividido didaticamente em duas fases temporais com atividades bem distintas: antes ou depois do momento da publicação do conteúdo. Na primeira fase o foco reside na produção e distribuição do conteúdo.3 Depois disso, o mais importante passa a ser a medição dos resultados, a organização dos dados e a otimização da conversão em resultados.

Figura. Fases do processo de marketing de conteúdo.

A produção de conteúdo é a primeira etapa do processo de marketing de conteúdo. Ela envolve todas as atividades técnicas e ferramentas utilizadas na criação de um conteúdo que pode ter três focos distintos: educar, informar ou entreter. Além disso, dependendo do perfil do seu público e também da etapa que estiver dentro do “funil de marketing”, é fundamental saber qual é o formato (exs. texto, infográfico, foto ou vídeo) que melhor ressoa com a sua  persona… Este é o primeiro grande segredo do marketing de conteúdo: conhecer o seu público!

Ok, conteúdo produzido com êxito. O que falta agora? Aí começa a etapa de distribuição que configura o ato de disponibilizar o conteúdo para o seu público virtual com o intuito de atingir a maior audiência possível. Sendo assim, o ponto crítico desta etapa é a escolha dos melhores canais de distribuição que podem se enquadrar em três categorias de acordo com a sua “disponibilidade”: canais proprietários, pagos ou “ganhos”.

Chegamos à medição dos resultados que é a etapa mais importante após a publicação do conteúdo. Existem ferramentas críticas para avaliar a internet como um todo, o website específico, as redes sociais ou o desempenho em Search Engine Optimization (SEO). Aqui o grande “trunfo” está na seleção das métricas mais importantes para o seu negócio. Se a sua empresa está focada no buzz marketing, por exemplo, deve ficar muito atenta às métricas de engajamento nas redes sociais. Por outro lado, se você roda um e-commerce, o mais importante é carrear tráfego direto para o website.

De posse dos dados, como faço agora para organizar tudo isso? Sem dúvida esta é a problemática atual para muitos dos “marketeiros” de plantão, até porque ainda não conheço um curso de publicidade que tenha uma disciplina de ciência de dados… Lembre-se: sem uma organização adequada, os dados não trarão insights e sim muita confusão! A primeira tarefa é transformar dados brutos através de um processo de classificação. Este é o desafio que tem sido chamado de “taxonomia” do marketing de conteúdo…

Finalmente, a otimização da conversão configura um método que emprega técnicas de analytics e o feedback contínuo dos usuários para melhorar a performance de um website, mais especificamente o aumento da taxa de conversão de visitantes a leads ou prospects, dependendo do seu foco estratégico. Em essência, a técnica se resume a capturar o que os usuários estão buscando ao visitar seu website e conduzi-los ao “objeto” da forma mais rápida e amigável possível, de modo a aumentar suas chances de clicar num call to action… 

§

São estas, portanto, as etapas fundamentais do marketing de conteúdo! Vimos aqui o que você precisava conhecer de imediato para começar sua jornada rumo aos elevados patamares de resultados que só o marketing digital pode propiciar hoje em dia no universo online.

Você deve ter notado que a escolha das ferramentas corretas (e nem sempre as pagas) é a chave para impulsionar estes resultados, muito embora somente a vivência prática e estratégica, digo aquela baseada em fatos e dados, que dirá se a “inteligência digital” está sendo de fato bem empregada.

Não se iluda que terá resultados rápidos. O grande segredo aqui é a persistência e precisão ao rodar o processo de forma sistemática. Alguns já alcançaram um belo “lugar ao sol” trilhando estes passos… E há certamente mais espaço lá para você! Sucesso é o que desejamos a todos que se aventurarem nesta seara.

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Obra no prelo: INTELIGÊNCIA DE VALOR: boas decisões sempre

Gostou? Mãos ao BUZZ nas redes!

Saiba mais:

1. Torres, Claudio. A Bíblia do Marketing Digital: tudo o que você queria saber sobre marketing e publicidade na internet e não tinha a quem perguntar, São Paulo: Novatec Editora, 2009.

2. Halligan, B., Shah, D. INBOUND MARKETING, attract, engage and delight customers oniline, Wiley, 2014.

3. Rez, Rafael, MARKETING DE CONTEÚDO: a moeda do século XXI, São Paulo: DVS Editora, 2016.

PASSO 6: nossos valores

#ricardobarreto #culturadevalor #valor #cultura #aforismos #valores #neogênesedovalor #valorreal #valoresperado #valorpercebido #Habis

Relembremos, antes de mais nada, da sua conceituação: valor nada mais é do que tudo aquilo que a nossa “consciência” deseja acumular e/ou manter ao longo da existência, seja no plano físico ou “sutil”, cuja distinção já foi bem esclarecida alhures.

Não se pode restringi-lo a um “ente”, um ser espiritual ou até mesmo à capacidade de influência sobre os mesmos, nem tampouco aos objetos físicos, ou ao sentimento de posse dos mesmos, propiciado pela riqueza mundana. É, outrossim, um conceito complexo, dotado de caráter abstrato, tão relativo como o espaço-tempo einsteiniano!

Para entendê-lo é preciso, antes de mais nada, desvendar sua origem, a neogênese, como ele se deriva das coisas, dos seres, das situações… Enfim, como gerar valor de fato?! O valor, via de regra, relaciona-se à satisfação de uma “necessidade” ou de um “desejo” não atendido.

Neogênese do valor

Em primeiro lugar, uma “necessidade” dita consciente é aquela de que precisamos para realizar uma atividade que seja capaz de afetar positivamente uma consciência, digo a sua a de outrem. Para ilustrar, apliquemos a técnica schumpeteriana da “destruição criativa”,1 que apresenta uma forma elegante de fazer análises do tipo reducionistas, até chegarmos às necessidades primárias, aquelas que vão ao âmago das coisas… Primeiro um exemplo prático como de costume.

Imagine que você está desempregado há mais de um ano e decide montar uma empresa. Deve primeiro escolher um ramo de atuação, levantar o capital, encontrar o local apropriado, um nome certeiro, etc. Então vem a dúvida cruel: analisando-se todos estes quesitos, será que você está realmente apto para montar este negócio?

A estatísticas não mentem, mas o fato é que muitos o fazem até com um certo grau de sucesso, gerando uma renda capaz minimamente de sustentar suas famílias.  Mas o que difere estes “seres mortais” daqueles como o fundador da rede Habibs,2 que de uma padaria alçou voos mais altos, criando uma das maiores redes de fast food do país? Isto mesmo: valor. Em especial, neste caso, o valor do empreendedorismo.

Figura. Primeiro Habib’s em São Paulo.

O valor do empreendedorismo, portanto, nos diferencia da população mediana. Exige trabalho duro, disciplina, ousadia e uma série de outros atributos… É algo extremamente árduo de se conquistar, tanto que para grande maioria parece algo até mesmo inatingível, coisa de super-homem mesmo!

Quem diria que Steve Jobs era um cara normal, quando na garagem da casa dos seus pais, fundaria aquela que seria por muito tempo a empresa mais valorizada do mundo? Vejam o que ele próprio disse sobre o seu legado, em suas últimas palavras já no estágio terminal do câncer que o levou: 3

Minha paixão foi construir uma empresa duradoura, onde as pessoas se sentissem incentivadas a fabricar grandes produtos. Tudo o mais era secundário. Claro, foi ótimo ganhar dinheiro, porque era isso que nos permitia fazer grandes produtos. Mas os produtos, e não o lucro, eram a motivação.

 Valor: real, esperado ou percebido?

Ainda nos falta falar brevemente sobre o conceito de valor real, valor esperado e valor percebido. A análise probabilística bayasiana nos permite determinar de maneira bem simplificada cada um deles, aplicando-se apenas o conceito, sem lançar mão de quaisquer cálculos matemáticos mais rebuscados.4 Abaixo um exemplo inequívoco!

O valor esperado é aquele em que cada um estabelece uma inferência estatística, baseada nas suas próprias observações, sobre a frequência e o impacto com que gera determinado tipo de valor. Digamos que em 100 circunstâncias de encontros sociais, familiares e profissionais, você acredita que gerou o valor da “felicidade” em 50% deles. Isto quer dizer que, muito provavelmente, numa escala de 0 a 5, sua avaliação sobre o valor esperado seria neste caso de 2,5.

Imagine agora que, numa enquete com 50 das 500 pessoas com quem você interagiu nestes 100 encontros, apenas 5 (ou 10%) enxergaram de fato este valor em você e, na média, sua avaliação entre elas tenha sido de 1,5 (na mesma escala de 0 a 5). Isto é o que chamamos de valor percebido, aquele que os outros enxergam sobre você dentro de certo espaço amostral.

Aplicando-se então o tal modelo bayasiano que prevê o procedimento de atualização e validação das inferências, ou seja, sua auto avaliação versus a avaliação dos outros, temos o que mais se aproximaria do valor real da felicidade que você gerou, ou seja, algo entre 1,5 e 2,5, muito próximo de 2,0…

§

Podemos dizer agora o mais importante: um “desejo” consciente é muito maior do que uma “necessidade” consciente, isto porque envolve cargas emocionais intimamente ligadas ao Ser, sua alma mais propriamente.

Ao mesmo tempo, não precisa nos levar necessariamente às alturas, entretanto o que o difere deveras de um desejo comum, ordinário, é o fato de estar forçosamente relacionado com o nosso “sistema de crenças”.

É no prazer gerado pelo “gozo” da consciência, o que chamamos aqui de VALOR em suas diferentes acepções, que se encontra a verdadeira essência da nossa existência, o propósito maior das nossas vidas!

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Da obra no prelo CULTURA DE VALOR: aforismos para uma vida plena

Gostou? Mãos ao BUZZ nas redes!

Saiba mais:

1. A destruição criativa ou destruição criadora em economia é um conceito popularizado pelo economista austríaco Joseph Schumpeter em seu livro Capitalismo, Socialismo e Democracia (1942), ganhando força no contexto da ascensão do neoliberalismo e do neoconservadorismo. Extraído da Wikipedia em 12.02.2020 às 11:42h. Acesse AQUI.

2. Vejam o excerto que conta esta rica história do início de um empreendimento: “Em 1988, o que parecia um sonho torna-se uma jornada de sucesso! Nasce o primeiro Habib’s na Avenida Cerro Corá, no bairro da Lapa, em São Paulo (SP). A loja inaugurada com a filosofia de oferecer os melhores produtos, com os menores preços e com um atendimento diferenciado”, extraído do website do Habib´s em 1.03.2015.

3. Walter Isaacson, Steve Jobs: a biografia, São Paulo: Companhia da Letras, 2011.

4. A primeira vez que vi uma análise probabilística bayasiana foi na obra The organized Mind, de Daniel J Levitin (Dutton: New York, 2014, p. 231).  Ele a aplica para avaliar a incerteza de uma pessoa realmente ter determinada doença, dado que ela observou um teste positivo. Acontece que o Teorema Bayes é muito mais amplo e me dei conta que poderíamos utilizá-lo (ainda que de maneira bastante simplificada) para determinação do valor real, esperado e percebido de uma Consciência. Vejamos seu conceito para ficar mais claro: é um tipo de inferência estatística que descreve as incertezas sobre quantidades invisíveis de forma probabilística. Incertezas são modificadas periodicamente após observações de novos dados ou resultados. A operação que calibra a medida das incertezas é conhecida como operação bayesiana e é baseada na fórmula de Bayes. A fórmula de Bayes é muitas vezes denominada Teorema de Bayes.

PASSO 5: nossos hábitos

#ricardobarreto #culturadevalor #valor #cultura #aforismos #hábitos #contakármica #meditação #meditaçãoautossugestionada #ParamahansaYogananda #kriyayoga #rajayoga #yoga

Praticar, praticar de novo e, então, praticar ainda mais. Eis o nosso lema para colocar o Ciclo da Cultura de Valor (CCV) em constante movimento, tornando-o algo dinâmico, fluido, perfeitamente incorporado ao nosso dia-a-dia, um hábito propriamente dito.

De nada adianta ter um domingo dito “valoroso” pelo senso comum, indo à igreja, mesquita ou sinagoga, seja qual for o seu templo religioso, equilibrando-se no nível mais sutil da consciência, interagindo de forma salutar com a comunidade e comungando com Deus, se você acordar na segunda-feira logo cedo e já “descer o verbo” na primeira fechada que receber no trânsito!

Ora, a realidade é uma só, independente do dia da semana. Somos seres dotados de mente, corpo e espírito, logo susceptíveis a quaisquer tipos de vibrações ressonantes, seja qual for a distância ou intensidade. Sua “conta kármica” já começa a semana no vermelho…

Conta kármica

Vivemos num verdadeiro “oceano vibracional” que afeta, positivamente ou negativamente, o equilíbrio energético do nosso corpo físico e sutil. Sendo assim, como poderíamos afetar este equilíbrio? Através da chamada “conta kármica”, mais propriamente o seguinte:

Balanço das experiências pregressas, impregnadas em nossa memória ou na de outros seres conscientes, responsáveis por elicitar pensamentos que geram ou destroem valor.  

Voltemos ao exemplo anterior. Mesmo com todo o equilíbrio dominical, a “vibração negativa” do motorista agredido verbalmente no trânsito supera significativamente em intensidade o somatório de quaisquer “vibrações positivas” galgadas com tanto esforço. Como então podemos reverter esta equação tão desfavorável?

Reflita comigo. Se você tem um punhado de colegas considerados mais próximos e no máximo uns 5 amigos verdadeiros, quantas vezes acha que eles vibram o bem por você ao longo do ano? Muito possivelmente a maioria o faz no seu aniversário, ano novo, quando você publica algo bacana no Instagran ou facebook e, claro, em alguns outros parcos eventos. Esta é a pura realidade…

Por outro lado, se você tem apenas um único inimigo, por mais distante e “isolado” da sua vida que esteja, pode estar certo de que todo santo dia ele vai ruminar sobre seus atos passados e emitir uma boa dose de “vibração negativa”. Somos seres vingativos! Infelizmente tal comportamento instintivo, oriundo da sobrevivência carnal, faz parte da natureza da grande maioria dos seres humanos. 

Meditação autossugestionada

Não podemos deixar de admitir o quão difícil é para nos policiarmos a cada instante, digo especificamente a “verdadeira arte” de controlar os nossos pensamentos, seja no trânsito, em casa, no trabalho, na academia, na padaria, onde for… Urge que encontremos uma fórmula prática e efetiva para tal proeza. Desta autodisciplina depende o sucesso de todas as técnicas que estamos a discorrer!

Os “verdadeiros religiosos” não precisam de estar num templo ou mosteiro isolados em uma ilha grega ou havaiana, com vista paradisíaca, para prática constante da vigília, introspecção, oração e comunhão com Deus. Outra forma de manter-se em equilíbrio, por sinal muito mais acessível na vida moderna, é praticar a meditação.

Esta ferramenta tão simples é, na verdade, o cerne da vivência monástica. Ser monge basicamente se resume em praticar meditação como forma de se conectar consigo mesmo e com Deus. Ela consiste em dar certas “pausas” no cotidiano, fazendo um breve exercício de respiração, concentração e depois controlar o fluxo de pensamentos para que a essência divina aflore dentro de você mesmo.

O jovial monge brasileiro Satyanatha nos brindou recentemente com um maravilhoso livro em que relata como todos nós podemos nos tornar monges, reservando apenas alguns momentos do dia para prática meditativa, num ambiente isolado ou qualquer outro lugar mais tranquilo que encontrar por perto, em casa ou no escritório.1

Existem inúmeras técnicas para meditar, algumas muito antigas e outras já bem mais modernas, com embasamento científico,2 muito embora todas se fundamentem nas antigas tradições hindus, dos sábios que se isolavam nos Himalaias para alcançar a auto iluminação. No entanto, foi apenas nos séculos XIX e XX que estas técnicas foram disseminadas no mundo ocidental e culminaram com o desenvolvimento da raja yoga e suas diversas modalidades, tais como a já mencionada kriya yoga.

Ao estudar estas diferentes técnicas, acabei por desenvolver uma metodologia própria e mais a frente detalharei o passo a passo. Adaptamos uma mistura de pranayamas da hatha yoga com os protocolos de relaxamento do Dr. Hebert Benson da Harvard Medical School e os exercícios de energização e meditação ensinados pelo Swami Paramahansa Yogananda, a quem considero meu guru, mesmo não estando mais entre nós!

Uma imagem contendo pessoa, sentado, homem, ao ar livre

Descrição gerada automaticamente
Figura. Foto do Swami Paramahansa Yogananda meditando.

Independente da técnica, após conseguir meditar com frequência, minimamente na primeira hora da manhã e antes de deitar-se, você estará apto ao próximo passo que é talvez o mais difícil: a autossugestão. Sendo talvez o pioneiro desta técnica, Yogananda nos ensinou as suas “afirmações científicas” que, se repetidas durante a meditação, têm o poder de realizar quaisquer propósitos, seja a cura física, o enfrentamento de um medo ou qualquer outro mal que lhe atormente.3

 Você estará, enfim, pronto para “domar” o fluxo constante de pensamentos e direcioná-los para condução voluntária do Ciclo da Cultura de Valor (CCV), identificando sempre em qual dos 7 passos que se encontra e como deve atuar para passar para o seguinte. O hábito, portanto, nada mais é do que a prática cotidiana do autocontrole, através da meditação autossugestionada.

Nada se torna efetivo sem o valor da disciplina, uma subcategoria do valor do poder. Muitos perecem nesta etapa porque é incrivelmente difícil manter o “foco em si mesmos” com o devido grau de exigência e sem hipocrisia! O mais fácil, sempre, é deixar para depois…

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Da obra no prelo CULTURA DE VALOR: aforismos para uma vida plena

Gostou? Mãos ao BUZZ nas redes!

Saiba mais:

1. Satyanatha, Seja Monge: a arte da meditação, 1ª ed., São Paulo: Fontanar, 2019.

2. Para um verdadeiro compêndio sobre os principais trabalhos científicos que decifram os efeitos benéficos da meditação sobre o nosso corpo e mente, consultar o livro dos eminentes psicólogos da universidade de Harvard, Daniel Goleman e Richard J. Davidson, a saber: A CIÊNCIA DA MEDITAÇÃO: como transformar o cérebro, a mente e o corpo, da editora Objetiva e publicado no Brasil em 2017.

3. Paramahansa Yogananda, AFIRMAÇÕES CIENTÍFICAS DE CURA, 1ª ed. Self-Realization Fellowship, 2008.