Algoritmos de inteligência de mercado

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Como todo “sistema de recomendação”, para o caso da inteligência de mercado não poderia ser diferente… São algoritmos os atores principais a nos guiar sobre a relevância de toda e qualquer transação comercial ao redor do mundo.

Já vimos que tanto as matérias-primas como os produtos acabados de uma empresa, independente do segmento de mercado, podem e devem ser monitorados visando obter alguma vantagem competitiva do ponto de vista da “assimetria informacional”.

No entanto, ainda não desbravamos a estatística que está por trás dessas da formuletas matemáticas que podem nos revelar os níveis de preços, portos de destino, novos competidores e até mesmo o portfólio de produtos de algumas empresas.

Comecemos entendendo o “observatório de inteligência de mercado”. Verás como os dados disponíveis gratuitamente vão muito além do que imaginamos!

Observatório de inteligência de mercado

Foi ao trabalhar numa grande empresa brasileira de commodities que tive o pivilégio de tomar contato com a inteligência de mercado.  Dali em diante senti a necessidade de desenvolver uma ferramenta mais prática para sistematizar minhas consultas às bases de dados de mercado que passaram a ser cada vez mais frequentes…

Nesse verdadeiro repositório eu poderia manter registrados todos os dados mais relevantes de cada uma das transações de mercado, desde informações primárias como volume, comercialização e preço, até dados mais específicos, econômicos ou de infraestrutura sobre os países envolvidos, estados e cidades de destino.

Ninguém poderia imaginar que a informação das transações correntes de um país no último ano, aliado ao número de intervenções de comércio internacional “danosas” afetando o país declarante, segundo o Globa Trade Alert, pudesse ser um parâmetro tão relevante no rankiamento das transações comerciais.

Figura 1. Observatório de inteligência de mercado.

Nem tampouco você se daria conta de que as questões logísticas dos portos de destinos, tais como o número de navios atracados no momento do registro na base ou o número de ramificações rodoviárias entrando e saindo da cidade de destino pudesse interferir na capacidade exportadora e importadora de uma determinada região.

Figura 2. Algoritmos para o scoring de relevância de países, cidades e transações.

Competidores de mercado

Ao visualizar o estado do Mato Grosso pelo Google Mapas em busca da melhor cidade para instalar uma filial de distribuição de fertilizantes para um grande grupo Sul Coreano fabricante de fertilizantes que acabou de lhe contratar para iniciar as operações no Brasil, alguma dúvida de que a cidade de Rondonópolis vai saltar aos olhos logo de cara?!

Portanto, o primeiro passo para que sua empresa seja bem-sucedida no seu mercado de atuação é a sua localização. Mesmo que você tenha um negócio online, existem inúmeros fatores críticos de sucesso que se devem pontuar para que ele seja de fato competitivo.

Não se trata somente da logística de inbound e proximidade do mercado consumidor. Deve-se avaliar os recursos humanos necessários ao core business, as fontes de matérias-primas, a regulamentação ambiental, entre tantos outros “senões” que tornam a escolha geográfica demasiado complexa, dependendo do segmento de atuação.

Imagine, por exemplo, uma empresa que produz cápsulas de vitamina ômega 3. É sabido que são compostos de ácidos graxos extraídos do óleo de peixes de água profunda. Alguma dúvida de que os países com vasta extensão litorânea têm uma vantagem competitiva avassaladora sobre os demais? Mas não se trata só disso. Mesmo que o Japão seja rodeado de mar por todos os lados, uma legislação proibitiva com relação à pesca predatória de peixes de águas profundas em determinadas épocas do ano pode inviabilizar o negócio! Talvez águas peruanas sejam muito mais interessantes… Mas será que o Global Trade Alert não me frustará?!

Bem, espero que após conhecer os mecanismos que estão por trás do design dos algoritmos de inteligência de mercado, você possa ir além das análises “rasas” que se pautam tão somente pelo tamanho dos mercados ou custo logístico. Há, evidentemente, um arcabouço de questões políticas, socioeconômicas, ambientais e estruturais que devem estar muito bem pautadas e na mesa antes de qualquer tomada de decisão para o investimento de alguns milhões ou bilhões de dólares…

Independente das pretensões comerciais, num mundo cada vez mais repleto de dados os algotritmos de inteligência de mercado ganham cada vez mais importância. Se não estivermos atentos aos padrões que possam intervir no mercado internacional, certamente seu competidor irá! E não se iluda: isso pode representar o fim da sua vantagem competitiva ou até mesmo a ruína do seu negócio. Mas você não vai deixar que isso aconteça, certo?!

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Da obra no prelo VALOR: desvendando conceitos e quebrando mitos

VOLUME I – INTELIGÊNCIA DE VALOR: algoritmos para boas decisões

Decidindo eventos com inteligência de mercado

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Quem não conhece seu mercado está fadado a ser engolido por ele! Esta é, sem sombra de dúvidas, uma máxima do mundo de negócios. Não há como sobreviver no longo prazo, seja qual for o segmento, sem conhecer muito bem a estrutura do mercado, concorrência, posicionamento estratégico, etc.

Tais questões devem permear toda e qualquer decisão do corpo diretor das corporações. São fundamentais ao planejamento estratégico, direcionando todos os planos operacionais que promovem a sustentação e o crescimento do negócio. No entanto, é nas pequenas decisões, aquelas do dia a dia, que se pode colher ou comprometer os resultados.

Quem nunca ouviu falar daquele jargão de que para vender bem é preciso comprar bem?! Pois é. Parece tão óbvio, mas na prática muito comprador sênior não faz a menor ideia de como negociar bem hoje em dia… Foi-se o tempo em que poder de barganha se tratava de ter uma boa lábia! Hoje o verdadeiro “poder” reside na assimetria informacional.

Ganha o “jogo” quem conhece melhor o “valor” daquilo que está sendo negociado… É isso! E só a inteligência de mercado é capaz de nos revelar tais nuâncias.

A falácia da margem de contribuição

Muito do sucesso de uma empresa perpassa pela correta formação de preços dos seus produtos e serviços. Não é preciso apelar para técnicas de precificação complexas que levam em conta a elasticidade da relação entre oferta e demanda, nem tampouco os parâmetros macroeconômicos e dados setoriais em sofisticadas equações que acabam mais atrapalhando do que verdadeiramente ajudando…

O método que funciona de fato é muito simples. Basta calcular o valor justo que cubra minimamente os custos para fabricação dos produtos ou serviços, bem como as despesas e obrigações (impostos e juros) da empresa, de modo a sobrar algum dinheiro que possa ser chamado propriamente de lucro por aqueles que investiram seu capital na companhia.

Acontece que não é qualquer margem que justifica uma boa venda… Mesmo positiva, se a margem não contribuir minimamente para arcar com suas obrigações e despesas, não tardará para a empresa se endividar e entrar numa situação difícil. Só assim poderá ser chamada verdeiramente de “margem de contribuição”!

A solução tem via dupla, mas em ambos os casos a inteligência de mercado pode contribuir decisivamente. Através da consulta às bases de dados de mercado, pode-se descobrir o histórico de preços internacionais e traçar tendências, explodindo os aumentos de custos de cada uma das matérias-primas para criar o embasamento técnico que justifique tanto a negociação das matérias-primas com fornecedores como o reajuste de preços com os clientes.

Observe que você pode ir além! Pode-se, por exemplo olhar como anda o nível de preços dos produtos que o seu próprio cliente vende e das matérias-primas que ele utiliza. Assim, você saberá antecipadamente se ele também está aumentando seus preços e, claro, se é o momento certo para espremê-lo ou não numa mesa de negociação… Capiche?!

Santa concorrência perfeita

Todo aquele que já fez um MBA que se preze, bem como estudou com afinco qualquer livro de economia ou estratégia de negócios, já ouviu falar das preciosas “economias de escala”. Nem é preciso de muito esforço para inferir algo tão óbvio: quanto mais eu compro ou vendo, maior o volume a ser negociado e, claro, maior será o desconto dado ou requerido!

Pois é. Acontece que nem sempre a coisa funciona tão linearmente assim. E só a inteligência de mercado pode nos dar uma “pista” do que pode estar acontecendo… São situações atípicas para mercado pulverizados, regionais e competitivos, no entanto muito comuns em grandes empresas de tecnologia monopolistas ou fabricantes de commodities que enfrentam oligopólios.

Vejam o mercado mundial de fertilizantes de potássio. Sabe-se que a “oferta” é limitada a alguns poucos países com reservas minerais gigantescas como Ucrânia, Canadá e Rússia, ao passo que a “demanda” é crescente em todos os países com agricultura forte como o Brasil.

Tal relação de dependência, devido à assimetria dos recursos, quebra o “poder” de negociação das economias de escala de forma muito evidente… Infelizmente, nestes casos não adianta ameaçar não comprar mais KCl do Putin com prêmio de USD 50/Ton porque ele não vai pensar duas vezes antes de te riscar da lista e passar para o próximo país comprador e com muito prazer, diga-se de passagem!     

Com estes poucos exemplos espero que já tenha ficado mais claro ao leitor que a inteligência de mercado deve fazer parte das ferramentas de rotina de toda equalquer organização, desde a fase de orçamentação para o próximo ano até nas negociações mais decisivas do seu time Comercial.

Vimos o “porquê” e agora vamos abordar o “como” que estas decisões podem ser tomadas.

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Da obra no prelo VALOR: desvendando conceitos e quebrando mitos

VOLUME I – INTELIGÊNCIA DE VALOR: algoritmos para boas decisões

PROSPECÇÃO DE MERCADO PM 2.0

#documentosdeinteligência #documentodeinteligênciademercado #inteligênciademercado #documentosdemercado #prospecçãodemercado #fertilizantes #fosfatonaturalreativo #Heringer #Brasil

SELEÇÃO DE MERCADO PM 2.1

O produto substituto é um “fertilizante de aplicação direta” (DAPR – Direct Application Phosphate Rock) ou também conhecido no Brasil como “fosfato natural reativo”. Identificação das empresas: fosfatos de Israel são comercializados pela “Bunge”, da Argélia pela “Fertipar”, da Tunísia pela “Cia Agrícola de Ribeirão” e do Peru pela “Heringer/Vale Fertilizantes”.
Esta atribuição se baseia no conhecimento dos contratos de longo prazo vigentes no mercado, mas pode não representar a realidade em todo o período avaliado. A Heringer mantém um contrato de representação com a Vale Fertlizantes para comercialização exclusiva no Brasil. Não sabe-se precisar a proporção para uso próprio da Vale Fertilizantes.

PANORAMA DE MERCADO PM 2.2

A Heringer/Vale Fertilizantes foi a primeira do ranking com US$ 85 milhões de importações em 2016, correspondentes a um pouco mais de 1 milhão de toneladas a um preço médio de 84 US$/t. Deve-se observar que boa parte deste volume deve ter sido utilizado pela própria Vale Fertilizantes em suas unidades de fabricação de fertilizantes fosfatados solúveis. Também não se pode afirmar que o contrato da Vale Fertilizantes ainda prevê exclusividade para Heringer. Aparentemente a Cia. Agrícola de Ribeirão encerrou suas operações com o fosfato natural da Tunísia.

PARTICIPAÇÃO DE MERCADO PM 2.3

A Heringer/Vale Fertilizantes deteve 55% de participação do mercado de fosfato natural reativo em 2016. “Outras” empresas foram possivelmente produtores de grande porte ou fabricantes de fertilizantes que importaram rocha diretamente ou a utilizaram para produção de SSP/ácido fosfórico.

COMPETIÇÃO DE MERCADO PM 2.4

Com a entrada em operação da mina de Bayovar no Peru (da Vale Fertlizantes) em 2010, observou-se uma drástica mudança na estrutura deste mercado. Até 2010 os principais players eram Bunge, Fertipar e Cia. Agrícola de Ribeirão, intercalando-se na liderança. A partir de 2011, todos perderam gradualmente sua participação para Heringer/VF. Claramente a Cia. Agrícola de Ribeirão adotou uma “estratégia de saída” do mercado e desde de 2014 não comercializa mais rocha da Tunísia.

PROGRESSÃO DE MERCADO PM 2.5

Não foi possível determinar o CAGR da Heringer para este período específico porque suas importações do Peru começaram somente em 2010.

PRODUÇÃO DE MERCADO PM 2.6

A média mensal de importações até maio do ano corrente ficou bem abaixo do ano anterior (US$ 4,3 contra 7,29 milhões em 2016).

RADAR DE MERCADO PM 2.7

Tem havido importações regulares para São Paulo o que indica que boa parte do volume deve estar sendo destinado para as unidades industriais da Vale Fertilizantes no pólo de Cubatão.

RADIOGRAFIA DE MERCADO PM 2.8

As 33.000 t de fosfato natural reativo importadas do Peru em fevereiro de 2017 foram provavelmente destinadas para Heringer e/ou Vale Fetilizantes, localizadas em Cubatão e Paulínia – SP. Pelo valor da transação (US$ 73,27/t), abaixo do preço médio de mercado, muito possivelmente boa parte deve estar sendo destinada para fabricação de ácido fosfório e SSP.

PREÇOS DE MERCADO PM 2.9

É notória a tendência de queda dos preços nos últimos 5 anos, saindo de um valor de US$ 174,19/t em fevereiro de 2012 para US$ 87,89/t no mesmo mês de 2016.

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Documento de inteligência de mercado gerado em 21/06/2017

Base de dados tecnológica: ComexStat

PROSPECÇÃO DE MERCADO PM 1.0

#documentosdeinteligência #documentodeinteligênciademercado #inteligênciademercado #documentosdemercado #prospecçãodemercado #fertilizantes #superfosfatos #Brasil

SELEÇÃO DE MERCADO PM 1.1

Foram importadas cerca de 54 Mt de fertilizantes solúveis (P e NP) entre 2002 e 2016, correspondentes a US$ 20,4 bilhões em comercializações. Este montante representa 25% da importação brasileira de fertilizantes no período (HS 31).

PANORAMA DE MERCADO PM 1.2

Em primeiro lugar no ranking de 2016 encontra-se o MAP com quase US$ 1 bilhão de importações, ou cerca de 2,7 Mt a um preço médio de US$ 360,30/t. É muita clara a estratégia de importação de produtos NP mais concentrados para compensar a recente depreciação do Real frente ao Dólar, deslocando o SSP deste mercado. Isto comprova uma tendência de melhor aproveitamento econômico do ponto de nutriente nas formulações NPK aplicadas nas principais culturas brasileiras.

PARTICIPAÇÃO DE MERCADO PM 1.3

Os fertilizantes fosfatados e NPs representaram quase 25% das importações brasileiras de fertilizantes em 2016.

COMPETIÇÃO DE MERCADO PM 1.4

Há uma tendência geral de decréscimo das importações de produtos fosfatados e nitrogenados nos últimos anos, possivelmente devido à depreciação do Real frente ao Dólar. Houve um salto impressionante nas importações de MAP no período, passando de pouco mais de US$ 200 milhões em 2002 para quase US$ 1 bilhão em 2016. Notadamente o MAP deslocou o produto fosfatado de alta concentração correspondente: o TSP. Não houve retomada depois de 2009 e sua demanda enfraquece a cada ano.
Observa-se ainda que os produtos de média concentração (22 a 45% P2O5) tiveram uma demanda incipiente e variável no período.

PROGRESSÃO DE MERCADO PM 1.5

Apesar do SSP ter um CAGR significativo de 9,9% entre 2002 e 2016, nota-se que as importações tiveram uma queda acentuada nos últimos anos. Não foi o caso para o MAP, confirmando que houve deslocamento do SSP nas principais formulações comercializadas no país. Este fato é coerente com o aumento da utilização de formulações com maior proporção de N em especial no Mato Grosso para as culturas de soja e milho.

PRODUÇÃO DE MERCADO PM 1.6

A média mensal de comercialização nos cinco primeiros meses ficou bem abaixo do estimado (US$ 1,4 versus 9,1 milhões), indicando um desaquecimento das importações no ano corrente.

RADAR DE MERCADO PM 1.7

As últimas importações de SSP tiveram como origem os seguintes países: Espanha, Israel, Líbano e Egito. Israel figura como o principal país de origem das transações no ano corrente, tendo apenas o Rio Grande do Sul como estado produtor.

RADIOGRAFIA DE MERCADO PM 1.8

As 5.500 t de SSP comercializadas em fev/17 foram importadas de Israel e chegaram através do porto de Rio Grande (RS) com um preço médio de US$ 170,83/t. Não foi possível identificar a(s) empresa(s) responsável(eis) por esta transação comercial.

PREÇOS DE MERCADO PM 1.9

Observou-se claramente uma tendência de queda do preço do SSP importado de Israel. Em mai/12 era comercializado a US$ 263,99 e em mai/16 chegou a US$ 173,10.

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Documento de inteligência de mercado gerado em 20/06/2017

Base de dados tecnológica: ComexStat

MONITORAMENTO DE MERCADO MM 2.0

#documentosdeinteligência #documentodeinteligênciademercado #inteligênciademercado #documentosdemercado #monitoramentodemercado #cimentos #cimentosportland #Brasil #Votorantim

SELEÇÃO DE MERCADO MM 2.1

Para identificação das empresas exportadoras brasileiras, utilizou-se dados do SINC – Sindicato Nacional das Indústrias de Cimento. As oito empresas selecionadas comercializaram cerca de 260 de um total de quase US$ 295 milhões entre 2008 e 2012.

PANORAMA DE MERCADO MM 2.2

A Votorantin foi a primeira do ranking de exportações em 2012, seguida pela João Santos e Intercement em segundo e terceiro lugares, respectivamente.

PARTICIPAÇÃO DE MERCADO MM 2.3

As cinco principais empresas detêm cerca de 73% das exportações de cimentos portland do Brasil. O market share nas exportações brasileiras da líder, Votorantim, é de 35%.

COMPETIÇÃO DE MERCADO MM 2.4

A Votorantim se destaca na liderança da competição de mercado em todo o período analisado (últimos 5 anos). Interessante ainda observar que a Lafarge assumiu a quarta posição, ultrapassando a Cimpor em 2011.

PROGRESSÃO DE MERCADO MM 2.5

O CAGR da Votorantim foi de 2,8% no período de 2008 a 2012.

PRODUÇÃO DE MERCADO MM 2.6

Dificilmente deve-se atingir o valor previsto para comercialização em 2014 de aproximadamente US$ 25,6 milhões. Em 2013 as exportações devem ficar abaixo do previsto, tendo-se em vista que a comercialização ficou abaixo da média prevista (US$ 2,133 milhões) na maior parte do ano.

RADAR DE MERCADO MM 2.7

A exportações de cimento portland pela Votorantim estão concentradas na quase totalidade para um único mercado de destino: a Bolívia. As unidades de fabricação da Votorantim estão instaladas nos estados de MS, RS, MT e BA. Em out/13 ocorreu apenas uma exportação para o Chile de US$ 92.000 oriunda da nova fábrica da Votorantim que entrou em operação no estado de São Paulo.

RADIOGRAFIA DE MERCADO MM 2.8

A exportação das 920 t para o Chile em out/13 foi para um único cliente (empresa A) localizado em Valparaíso (Chile) a um preço de 100,00 US$/t.

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Documento de inteligência de mercado gerado em 31/12/2013

Base de dados tecnológica: ComexStat

MONITORAMENTO DE MERCADO MM 1.0

#documentosdeinteligência #documentodeinteligênciademercado #inteligênciademercado #documentosdemercado #monitoramentodemercado #cimentos #Brasil

SELEÇÃO DE MERCADO MM 1.1

Foram exportadas pouco mais de 9 milhões t de cimento brasileiro no período de 2002 a 2016, representando cerca de US$ 415 milhões. Os produtos similares selecionados representaram a totalidade das exportações brasileiras do segmento de cimentos (SH 2523) no período. Grande parte do volume (cerca de 5,39 Mt) é correspondente de “Outros tipos de cimento portland”, cujo preço médio no período foi de 0,05 US$/kg.

PANORAMA DE MERCADO MM 1.2

A comercialização de “Outros tipos de cimento portlanld” ficou em primeiro lugar com US$ 20,1 milhões, correspondentes a 259,8 kt e um preço médio ao redor de 0,08 US$/kg.

PARTICIPAÇÃO DE MERCADO MM 1.3

As exportações de “Outros tipos de cimentos portland” dominaram a participação de mercado com de 74% de contribuição em 2016.

COMPETIÇÃO DE MERCADO MM 1.4

Nota-se que os efeitos da crise econômica de 2009 provocaram uma queda abrupta das exportações de cimentos, com destaque para os “cimentos tipo portland” e “clinkers”. Outros tipos de cimento portland cairam tanto que perderam a liderança em 2009 para os clinkers, fato que perdurou até 2014 quando voltou a assumir a primeira posição.

PROGRESSÃO DE MERCADO MM 1.5

O CAGR para outros cimentos portland foi positivo em 11,1% no período mesmo com a drástica queda de 2008 e 2009.

PRODUÇÃO DE MERCADO MM 1.6

Até o mês corrente, o ritmo das exportações indicam forte arrefecimento das exportações que devem ficar bem abaixo do forecast de US$ 22,3 milhões.

RADAR DE MERCADO MM 1.7

As exportações mais recentes de “Outros tipos de cimento portland” foram majoritariamente para Bolívia e Paraguai. Interessante observar uma transação comercial para Colômbia em março de 2017 e oriunda exclusivamente do estado do Amazonas.

RADIOGRAFIA DE MERCADO MM 1.8

As exportações de outros tipos de cimento portland para Colômbia representaram 16,7% das exportações totais de mar/17. Certamente são de uma das 2 fabricantes instaladas em Manaus: Nassau e/ou Polimix.

PREÇOS DE MERCADO MM 1.9

Observa-se desde 2014 que tem ocorrido queda gradativa do preço (de 0,2161 US/kg em ago/12 para 0,1102 US/kg em dez/16). Possivelmente esta queda se deu pelo aumento da oferta de cimento com a entrada em operação de novas fábricas nos estados de Amazonas e Ceará. O comportamento é típico de “tomadores” de preços. Ou seja, este oscila principalmente de acordo com a oferta e demanda do mercado. Nos meses “zerados” não houve transação comercial de exportação para Colômbia.

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Documento de inteligência de mercado gerado em 19/06/2017

Base de dados tecnológica: ComexStat

ANÁLISE DE MERCADO AM 3.0

#documentosdeinteligência #documentodeinteligênciademercado #inteligênciademercado #documentosdemercado #análisedemercado #fertilizantes #Brasil #Paraná

SELEÇÃO DE MERCADO AM 3.1

Foram selecionados 12 estados brasileiros, buscando-se priorizar aqueles com maior aptidão agrícola e uso intensivo de fertilizantes (HS 31). O destaque foi para o estado do Paraná que importou cerca de US$ 16,3 bilhões no período. Este estado é a porta de entrada de boa parte dos fertilizantes através do porto de Paranaguá onde é feita a mistura apropriada de NPK antes de ser enviada para outros estados.

PANORAMA DE MERCADO AM 3.2

Os estados com portos e pólos de mistura (Rio Grande do Sul e Paraná) ficaram em primeiro e segundo lugares no ranking, respectivamente. Estados tradicionais na agricultura brasileira como o Mato Grosso, São Paulo e Minas Gerais ficaram nas posições seguintes, somando US$ 2,2 bilhões de importações em 2016.

PARTICIPAÇÃO DE MERCADO AM 3.3

Os estados competidores foram responsáveis por 76% das importações brasileiras de fertilizantes em 2016 contra 17% dos estados entrantes.

COMPETIÇÃO DE MERCADO AM 3.4

Tanto os estados competidores como os entrantes têm registrado queda das importações nos últimos anos, muito possivelmente devido à mudança de estrutura do mercado. A principal mudança foi a entrada do fabricante nacional Vale Fertilizantes em 2010 que recentemente foi comprada pela Mosaic.

PROGRESSÃO DE MERCADO AM 3.5

O CAGR do estado do Paraná no período de 2002 a 2016 foi significativo (aprox. 9,3%), mesmo com a desvalorização do Real frente ao Dólar dos últimos anos. Sem dúvida, houve restrições de crescimento no período devido aos gargalos estruturais do porto de Paranaguá mesmo com as melhorias implementadas nos últimos anos.

PRODUÇÃO DE MERCADO AM 3.6

O desempenho do estado do Paraná nos 5 primeiros meses do ano de 2017 está um pouco acima da média mensal projetada (106 versus 103 milhões de dólares). Sabe-se que existe sazonalidade concentrada no segundo semestre por conta das aquisições para o plantio de soja no MT em setembro. Até a data de de geração do documento ainda não tinha sido disponibilizado na Alice Web o dado para o mês de junho.

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Documento de inteligência de mercado gerado em 19/06/2017

Base de dados tecnológica: ComexStat

ANÁLISE DE MERCADO AM 2.0

#documentosdeinteligência #documentodeinteligênciademercado #inteligênciademercado #documentosdemercado #análisedemercado #fertilizantes #Canadá

SELEÇÃO DE MERCADO AM 2.1

Os países selecionados foram responsáveis por cerca de 42% das exportações mundiais no segmento de fertilizantes (HS 31) entre 2002 e 2016. Destaque para os EUA e Canadá que juntos exportaram mais de 50 bilhões de dólares no período. Os EUA são uma potência agrícola (maior exportador de soja e milho). Sua indústria de fertilizantes atende ao mercado interno e conta com um excedente para fornecimento internacional. O Canada é forte em mineração e permanece como um dos maiores fornecedores de potássio do mundo.

PANORAMA DE MERCADO AM 2.2

Além dos EUA e Canadá também se destacaram a Bielorússia e Alemanha. Estes 2 países exportaram em 2016 quase 5 bilhões de dólares em fertilizantes. Segundo a base de dados fertilizers1.com, a Alemanha e Bielorússia compreendem um significativo parque industrial de fertilizantes com 119 fabricantes registrados. O Brasil apresentou exportação pouco significativa em 2016 (US$ 193,5 milhões). O país ainda importa boa parte da sua demanda de nutrientes NPK para produção agrícola.

PARTICIPAÇÃO DE MERCADO AM 2.3

Os países competidores e entrantes representaram aproximadamente 44% das exportações mundiais em 2016.

COMPETIÇÃO DE MERCADO AM 2.4

Observa-se claramente que praticamente todos os países (competidores e entrantes) têm tido redução das exportações de fertilizantes nos últimos anos.

PROGRESSÃO DE MERCADO AM 2.5

O CAGR do Canadá no período foi negativos (-10,3%), seguindo a tendência de queda das exportações da maioria dos países.

PRODUÇÃO DE MERCADO AM 2.6

Houve exportações somente nos meses de janeiro e março até o momento. O forecast para 2018 é de aproximadamente US$ 3,44 bilhões.

FLUXO DE MERCADO AM 2.7

O fluxo de mercado de fertilizantes do Canadá com os países competidores foi positivo em aproximadamente US$ 1,7 bilhões no ano de 2016. Conforme esperado, o país competidor com o maior volume de transações (exportações e importações) foi o vizinho USA.

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Documento de inteligência tecnológica gerado em 19/06/2017

Base de dados tecnológica: UN Comtrade

ANÁLISE DE MERCADO AM 1.0

#documentodeinteligência #documentodeinteligênciademercado #inteligênciademercado #documentosdemercado #análisedemercado #produtosfarmacêuticos

SELEÇÃO DE MERCADO AM 1.1

Os segmentos selecionados representaram aproximadamente 14% das exportações mundiais no período de 2012 a 2016.

PANORAMA DE MERCADO AM 1.2

O segmento de “plásticos e seus produtos” apresentaram a maior comercialização, atingindo cerca de US$ 470 bilhões em exportações no ano de 2016.

PARTICIPAÇÃO DE MERCADO AM 1.3

Os 5 principais segmentos de mercado representaram aproximadamente 12% das exportações mundiais em 2016.

COMPETIÇÃO DE MERCADO AM 1.4

Todos os segmentos TOP 5 têm perdido força em termos de volume de exportações nos últimos 2 anos.

PROGRESSÃO DE MERCADO AM 1.5

O segmento de produtos farmacêuticos ficou praticamente estagnado no período de 2012 a 2016 (CAGR=0,01%).

PRODUÇÃO DE MERCADO AM 1.6

A princípio, no primeiro bimestre do ano corrente, as exportações de “produtos farmacêuticas” estão acima da média do ano anterior. Há um atraso de pelo menos 3 meses na disponibilização dos dados mensais pela base UN Comtrade. Foram “zerados” os valores destes meses.

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Documento de inteligência tecnológica gerado em 16/06/2017

Base de dados tecnológica: UN Comtrade

Recomendando informações com inteligência de mercado

#ricardobarreto #inteligênciadevalor #valor #inteligência #inteligênciademercado #inteligênciacompetitiva #documentosdeinteligência #documentosdeinteligênciademercado #análisedemercado #monitoramentodemercado #prospecçãodemercado

Preparados para mais um vislumbre da importância dos documentos de inteligência? Chegamos ao cerne do que buscávamos: os documentos de inteligência de mercado! Mas para quê preciso de tantos dados e informação para fazer algo tão simples?!

Além do produto, é claro, o mundo dos negócios só faz sentido se houver 2 atores muito importantes: de um lado alguém querendo comprar e do outro alguém querendo vender. Acontece que, invariavelmente, há mais de um comprador ou vendedor e uma quantidade finita de produtos para atendê-los… Qual o efeito desse dilema?

É a famosa equação de oferta e demanda que “apimenta” toda a brincadeira das transações comerciais que, no jargão da inteligência de mercado, chamamos de pricing. Detalhe importante: para sobreviver neste ambiente de competitividade voraz, é preciso saber escolher muito bem o seu posicionamento no mercado.

Eis o papel dos documentos de inteligência de mercado! Analise, prospecte e monitore. Você não vai se arrepender…

Análises de mercado

Vamos imaginar que, economicamente, seu país depende quase que exclusivamente da exportação de produtos agrícolas para manter o nível do câmbio e sobreviver no comércio global… Qualquer semelhança, não é mera coincidência!

Imagine agora o seguinte cenário: há uma forte crise energética mundial e os preços dos fertilizantes nitrogenados dispararam. Trocando em miúdos: para cada US$ 100 de soja exportada, há uma perda de margem de US$ 7 por conta da uréia que disparou mais de 470% no período inferior a 1 safra! Alguém tem noção de quantos milhões (ou melhor, bilhões) isso representa em nossa balança comercial?! Posso dizer, sem medo de errar, que boa parte da população ficaria um pouco mais pobre…

Sabedor das suas responsabilidades, claro, o ministro da economia se antecipa e solicita aos seus assessores um estudo estratégico sobre quais países deveria isentar a alíquota de importação para cobrir este rombo de rentabilidade dos produtores de soja. Bingo! Eis aí o papel perfeito para uma análise de mercado que apresente uma listagem dos países com esforços de comercialização em determinado segmento de mercado. Veja abaixo a resposta ao minitro.

Figura. Exemplo de análise de mercado para o segmento de fertilizantes.

Monitoramento de mercado

Aqui o foco são os seus competidores diretos. Mais especificamente os documentos de monitoramento de mercado se propõem a varrer a literatura mundial e nacional atrás das transações comerciais que representem movimentos estratégicos que possam representar uma ameaça real à sua participação de mercado. Vejamos um exemplo concreto ainda no segmento de fertilizantes que é tão importante para o nosso país!  

O primeiro passo é a seleção dos “produtos similares”, ou seja, aqueles com uma proposta de valor e/ou atributos semelhantes aos seus produtos mesmo que em aplicações distintas… Veja bem. Aqui estamos tratanto especificamente do fertilizante fosfatado superfosfatos simples, muito conhecido pela sigla SSP (NCM 31031010) e com a peculiaridade de ser rico no nutriente complementar enxofre.

Ao buscar pela sua família de produtos com NCMs parecidos, observamos uma série de outros produtos mais concentrados em fósforo (ex. TSP, ou superfosfato triplo) ou um misto em fósforo e nitrogêncio (exs. MAP e DAP) que sabidamente acabam por deslocar a demanda em algumas culturas específicas… E o pior é que praticamente todo o DAP é importado, desprestigiando assim o SSP fabricado no mercado local e, mais uma vez, afetando nossa já tão desvalorizada balança comercial!

Prospecção de mercado

Aqui que mora o perigo! Como tudo na vida, o que mais assusta mesmo, chegando a tirar o sono daqueles que gostam de procurar manter o controle e prever tudo, sempre é o famigerado desconhecido… É nessa categoria que se encontram os “produtos substitutos”. São eles que definem as fronteiras dos mercados adjacentes e, como tal, podem ser definidos como algo totalmente inusitado em termos de proposta de valor e/ou atributos.

No caso do SSP, chegou-se a uma conclusão tão estapafúrdia quanto imprevisível (pelo menos aos olhos de alguns dos produtores): que a sua própria matéria-prima (no caso uma rocha fosfática), quando selecionada a dedo (uma rocha sedimentar com capacidade de liberação controlada dos elementos em solos ácidos), poderia representar, de fato e cientificamente comprovada, um produto literalmente superior, com destaque para grandes culturas brasileira com a pastagem que cobre boa parte do nosso território.

Foi assim que se identificou um “entrante” neste mercado (a empresa Cibrafértl) que importava recorrentemente este tipo de rocha pelo porto de Camaçari e passou-se a monitorar o seu histórico de preços mês a mês durante 5 anos, identificando tendências e auxiliando na tomada de decisão para o pricing.      

Finalmente, apenas olhando estes poucos exemplos de um único segmento de mercado, podemos já ter ao menos um vislumbre do poder da inteligência de mercado voltada para tomada de decisão estratégica dentro das organizações.

Não importa o tamanho, se a empresa é nacional o multinacional, se comercializa commodities ou tecnologia, seja uma startup do Vale do Silício ou uma mineradora de carvão na Autralia, todas precisam estar atentas ao mercado, mundial e nacional, se quiserem prevalecer nos ambientes altamente competitivos que estão inseridas!

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Da obra no prelo VALOR: desvendando conceitos e quebrando mitos

VOLUME I – INTELIGÊNCIA DE VALOR: algoritmos para boas decisões