Apêndice I

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Detalhamos aqui algumas das ferramentas apresentadas neste livro, visando impulsionar a geração de valor consciencial.

Determinação de valor esperado

            Comecemos definindo algum valor específico que você gostaria de realizar a sua autoavaliação. Usando o mesmo exemplo empregado na Introdução, vamos tratar aqui do valor da “felicidade”.

            Vimos que o “valor esperado” é aquele em que cada um estabelece uma inferência estatística, baseada nas suas próprias observações, sobre a frequência e o impacto com que gera determinado tipo de valor no dia a dia.

            Digamos que, em cada 100 circunstâncias de encontros sociais, familiares e profissionais, você acredita (isto mesmo, uma crença porque via de regra o “valor esperado” é significativamente distinto do “valor percebido”) que gerou o valor da felicidade em 50% deles. Desenhando isto numa análise típica de quadrantes, temos:

Figura 1. Análise de valor esperado.

            Isto quer dizer que, muito provavelmente, numa escala 0 a 5, sua autoavaliação sobre este valor específico da felicidade, seria algo em torno de 2,5.

Determinação do valor percebido

            Imagine agora que, numa espécie de enquete com 50 das 1.000 pessoas com quem você efetivamente interagiu nestes 100 encontros, apenas 5 (ou 10%) enxergaram de fato este valor em você. Teríamos então o seguinte quadro:

Figura 2. Análise de valor percebido.

            Notem que, na média, sua avaliação entre elas necessariamente está deslocada para o lado negativo (menor que 2,5), ficando possivelmente bem próxima de 1,0.

            Isto é, portanto, o que chamamos de “valor percebido”, aquilo que os outros enxergam sobre você dentro de certo espaço amostral. Importante observar que, segundo os conceitos estatísticos, quanto maior o espaço amostral, maior a precisão dessa medida.

Determinação do valor real

            Então, aplicando-se o modelo bayesiano que prevê o procedimento de atualização e validação das inferências (sua autoavaliação contra a avaliação dos outros), temos o que mais se aproximaria do seu “valor real” de felicidade, ou seja, algo entre 1,0 e 2,5, ou muito próximo de 2,0. Teríamos, mais propriamente, a seguinte análise de quadrantes para este caso:

Figura 3. Análise de valor real.

            Seria como se fizéssemos o teste com todas as 1.000 pessoas com quem você interagiu. Note como existem circunstâncias dúbias, ou seja, ocorreram casos em que você não gerou valor de felicidade e algumas pessoas entenderam que sim (100 entre 600), ou algo como 17% dos casos. Por outro lado, também houve casos em que você gerou de fato valor, mas este não foi entendido como tal (100 entre 400), ou 25% de incidência.

            Este tipo de análise estatística é muito interessante porque nos mostra como o pensamento consciente pode influenciar no fluxo do subconsciente e vice-versa… Mais um motivo para buscarmos o pleno domínio dos pensamentos e não ficar a mercê dos domínios do nosso subconsciente.

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Da obra no prelo VALOR: desvendando conceitos e quebrando mitos

VOLUME II – CULTURA DE VALOR: aforismos para uma vida plena

FELICIDADE versus MELANCOLIA 154 – 156

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§ 154

Significado dos mantras. Quer dizer que devo realmente decorar aqueles mantras “indecifráveis” do Yoga para conseguir meditar? Bem, cada um deve desenvolver sua própria técnica que pode ser, inclusive, um “mix” de técnicas… Não há uma regra para despertar o estado meditativo. Os mantras são apenas uma delas! Considerados ferramentas de conexão espiritual, originários do hinduísmo, porém utilizados também no budismo e outras tradições religiosas, são hinos, sílabas e frases, normalmente escritas em sânscrito, que apresentam vibração especial quando entoados, fazendo-se uso de um Japamala para marcar o ritmo, ou até mesmo pela força do pensamento para evocar divindades. Um dos mantras mais poderosos praticado pelo budismo tibetano é o seguinte: Om Mani Padme Hum. Sempre inicio minhas meditações entoando este mantra!   

Figura I. Simbologia de um mantra.

§ 155

Meditação autoguiada. Na minha técnica de meditação autoguiada, o mantra precedente Om é sempre acompanhado da visualização da Fonte Criadora, seguida dos grandes mestres espirituais, Jesus Cristo e Buda, finalizando com meu guru iogue: Paramahansa Yoganada. Inicia-se uma breve sessão de Zazen (cerca de 15 minutos),1 através da contagem ritmada com respiração e na posição típica com o auxílio de uma almofada Zafu. O objetivo, aqui, é a concentração da mente, assumindo o controle consciente e “tirando as rédeas” do Ego… Se algum pensamento lhe ocorrer, simplesmente o “abstraia” e volte ao estado de total ausência de pensamentos. Sinta a paz de estar pleno no momento presente. Então, estire o corpo num tapete de yoga e mentalize a energia criadora no seu primeiro chakra, o do valor da felicidade e de coloração violeta, localizado no topo da cabeça. Percorra, com este foco de energia, a coluna cérebro-espinhal até o “osso sacro”, chamado Múládhára, concentrando-se em cada um dos sete chakras com a luz correspondente que deve permeiar todas as células do corpo, formando uma corrente chamada de Kundalini que sustenta nosso ilimitado poder espiritual… Observe que adotamos, aqui, uma sutil alteração da correspondência dos chakras com os sete valores, sem prejuízo à sua significância original.  

 Figura II. Escala de cores dos chakras e seus valores correspondentes.

Finalizada a primeira etapa, se a meditação for matutina (logo quando acorda), procede-se breve sessão de energização, limitada a cinco exercícios para cada dia da semana, segundo os procedimentos das Lições da Sociedade de Autorrealização,2 descritas no Apêndice. Se for noturna (antes de dormir), os exercícios de energização devem ser substituídos pela leitura de um texto sagrado, preferencialmente a Bíblia cristã ou o Cânone budista. Finalmente, na terceira e última etapa, projeta-se a consciência na busca de um “refúgio”, qual seja um local reconfortante em meio à natureza. Pode ser um chalé de madeira nas montanhas ou um bangalô numa praia deserta, o importante é repousar seu olhar numa vista aprazível! Se for pela manhã, deve-se proferir mentalmente as famosas “afirmações científica” de Paramahansa Yogananda, cada dia focando no valor correspondente. Se for noite, recomendo a técnica tibetana da “bondade compassiva”, mentalizando a “doação” deste mesmo valor para algum Ser, ou uma coletividade de Seres, em situação de vulnerabilidade… Então, saio pelo refúgio e realizo alguma atividade corriqueira, tal como caminhar no bosque de araucárias, tomar banho de cachoeira, colher hortaliças e frutos frescos ou cuidar dos animais. O intuito é sentir-se “vivamente” naquele local revigorante, respirando daquele ar ameno, nem que seja por alguns instantes… Finalmente, retorno voltando a atenção ao momento presente, ouvindo os sons do ambiente e saúdo Namastê. Abro os olhos e terminou-se a meditação.

§ 156

Disciplina iogue. Felizes são aqueles que têm disciplina! Os sábios iogues, desde a época dos Vedas, já diziam que a meditação somente surti efeito após muitos anos de prática. Não tenha, portanto, a doce ilusão de que sua vida mudará da noite para dia. Nada de perene na natureza se faz assim. Tudo são processos contínuos, construídos ao longo do tempo e com muito esmero. É como no esporte: para se tornar um exímio “meditador” você deverá ter anos e anos de prática. Estou entrando em meu 10º ano e ainda tenho tanto a galgar! Mas, agora, deve estar se perguntando: com que frequência devo praticar a meditação autoguiada? Não se engane… Todo santo dia! Veja, com suas três etapas, pode levar entre 45 e 60 minutos. Portanto, organize-se para nunca perder este momento único de conexão consigo mesmo e, consequentemente, com o Criador. Confesso, caro leitor, que não consigo mais viver sem ela… Para aqueles com uma rotina atribulada, recomendo fortemente a prática diuturna, logo quando acorda e antes de dormir, com a casa mais tranquila. Os benefícios para o corpo e mente são indiscutíveis. Só tome cuidado para não dormir durante a prática. Recomendo a prática numa cadeira, preferencialmente forrada com um manto, mantendo a coluna e cabeça eretos e confortavelmente alinhados, mas não o suficiente para o corpo interpretar que está na hora de dormir. Pois bem, finalizo dizendo que, se algo eu pudesse escolher de verdadeiramente precioso neste livro, sem dúvida esta era seria a “lição de ouro”: meditar, meditar e, sempre, meditar. Não consigo pensar nada mais transformador, prático, ecumênico e providencial ao ser humano e à natureza quanto isso. Om shanti.

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Da obra no prelo VALOR: desvendando conceitos e quebrando mitos

VOLUME II – CULTURA DE VALOR: aforismos para uma vida plena

Saiba mais:

1. Kido Inoue, ZAZEN: the way to awakening, Bloomington: iUniverse, 2011.

2. Para acessar as Lições da Sociedade de Autorrealização, por Paramahansa Yogananda, 1956/1984, você deverá responder ao questionário específico e submeter à sede internacional da entidade, localizada em Los Angeles, California, US.

FELICIDADE versus MELANCOLIA 151 – 153

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§ 151

Da importância do silêncio interior. Como “domesticar” o turbilhão de pensamentos que povoam nossa mente? Comece pela busca do silêncio interior. Eis o templo da introspecção! Você precisa aprender a desligar-se de tudo que o rodeia, mesmo nos ambientes mais hostis. Só assim você poderá galgar passos rumo à felicidade plena. Imagine alguém que trabalha na bolsa de valores, ligado em qualquer flutuação das ações das empresas que podem representar milhões em perdas para os investidores que representa. É, de fato, um desafio para esta pessoa encontrar algum espaço para o cultivo do silêncio interior ao longo do dia. Mas não impossível! Só depende de você, da força dos seus pensamentos… É ela – sua mente – que gera poder. E é através da sua “controladora” – a consciência – que conseguirá romper os liames do comportamento padrão. Enfim, mantendo os pensamentos sob controle, a consciência pode finalmente gozar da liberdade de moldar o ambiente à sua volta, influenciando-o através das outras consciências. Este “gozo” é diferente de qualquer outro que já tenha experimentado e o único capaz de gerar o otimismo mais genuíno do Ser, aquele que nos impulsiona às grandes realizações.

§ 152

O verdadeiro segredo do otimismo. Que fazer então para despertar e sustentar este otimismo quando ainda não consigo sequer controlar os meus mais instintivos pensamentos? É preciso ir além e manter a constante conexão com o Criador. A energia imanente que dele provem reforça a vibração da nossa consciência, o que resulta na percepção de valor por todos que nos rodeiam. O iogue a perfaz por prana. As orações são bem-intencionadas, mas basta conexão. O Criador não ouve orações, mas suas consciências afins, entes que já se foram ou companheiros da existência terrena, sim. Ele apenas emana, a tudo e a todos, independente de credo, de posição no espaço ou no tempo. Para sorver da sua energia, somente conectando-se e ressonando com ela. Eis o verdadeiro segredo!  

§ 153

Meditação versus oração. De uns tempos para cá, temos ouvido falar cada vez mais sobre meditação, inclusive de maneira pejorativa no sentido de que está tomando o lugar da oração e outras formas de culto religioso. Não vejo tal dicotomia. Não seria uma faculdade em franca expansão na cultura ocidental, caso não fosse determinante à nossa existência no plano físico ou sutil.

Meditar é conexão. Orar é doação. Uma recebe “energia divina”, outra a distribui. Simples assim!

A meditação, propalada há tanto tempo entre as práticas budistas e iogues, nada tem a ver com religião, apesar da oração, ou da prática de repetição da prece, seja uma das inúmeras técnicas para se adentrar no tal “estado meditativo”. Outras técnicas de focalização da mente envolvem o controle da respiração, contagem mental, a fixação do olhar num ponto fixo, mantras, entre outras.

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Da obra no prelo VALOR: desvendando conceitos e quebrando mitos

VOLUME II – CULTURA DE VALOR: aforismos para uma vida plena

FELICIDADE versus MELANCOLIA 148 – 150

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§ 148

Sobre a raja yoga. Era preciso encontrar uma forma de sanar qualquer resquício de melancolia em meu Ser. Comecei a prática da meditação através de uma tradicional técnica indiana: a raja yoga. Em suma, aprendi a repousar minha mente e deixar-me “banhar”, pelo menos por alguns instantes, com as vibrações da energia cósmica imanente (aquela inesgotável que provém da Fonte), o suficiente para sorver da sua paz infinita, do seu poder infinito, da sua pureza infinita, da sua prosperidade infinita, da sua verdade infinita, do seu amor infinito e, no ápice, da sua felicidade infinita! Então, aprimorei a técnica através dos ensinamentos do Swami Vivekananda (um dos pioneiros na ocidentalização da raja yoga)1 e, com o tempo, desenvolvi minha própria rotina de meditação, sempre ao acordar e antes de dormir. No Apêndice poderão encontrar detalhes sobre o passo a passo de cada uma das meditações, de segunda a segunda.

§ 149

Mais, com hatha yoga. Num segundo momento, retomei aos primeiros passos do yoga, por onde aliás deveria ter começado… Voltei a praticar os asanas e pranayanas, mais propriamente as poses e respirações tão salutares à nossa saúde física e mental. Agora não mais “travestidas” de esoterismo e sim na sua essência, a qual somente o Prof. Hermógenes poderia nos revelar… A propósito, foi ele quem trouxe e disseminou a hatha yoga para o Brasil. Sua prática nunca é simples e cada um deve buscar aquela que melhor se adapta. Confesso que minha elasticidade é uma lástima, de modo que me restrinjo aos exercícios com menor grau de dificuldade. Através dos seus livros, o Prof. Hermógenes nos ensina a praticar hatha yoga da maneira mais elementar e introspectiva, em casa mesmo, nos seus momentos de intimidade, sem necessariamente buscar uma academia, um ambiente específico e alunos para interagir. Não que isso não seja recomendável. Talvez no início, para pegar gosto, assim como eu o fiz… O fato é que a hatha yoga é uma prática para vida, de modo que precisa ter seu espaço definitivo em nosso cotidiano. Vou além. Aprendi a gozar da verdadeira felicidade apenas quando conciliei a raja com a hatha yoga! Nunca mais me senti deprimido. Quem pratica yoga com afinco, não sabe mais qual a serventia dos psicotrópicos, nem tampouco de psicólogos e terapeutas holísticos.

§ 150

Da literatura yogue. Os livros do Prof. Hermógenes são ricos em ensinamentos filosóficos, ecumênicos bendizendo. Um deles, em especial, tocou meu coração. É uma verdadeira “pérola” de sabedoria! Tanto que resolvi tirar todos aqueles pequenos livrinhos de cabeceira, ala Minutos de Sabedoria e o deixei reinar, absoluto, em meu criado-mudo.2 Ademais, assim como toda primeira geração de yogues brasileiros, não pude resistir à facilidade com que nos ensina as mais diversas técnicas de hatha yoga, uma seleção de asanas e pranaymas, incluindo séries completas com diferentes propósitos, sempre relatando os benefícios psíquicos e para saúde física. Desde então, não tive mais dúvidas: passaria a praticar hatha yoga diariamente. Não deixem de experimentar. Irá mudar suas vidas!! Acesse, no Apêndice, as 7 séries que desenvolvi com base nos ensinamentos dos livros clássicos do Prof. Hermógenes, bem como do seu guru indiano B. K. S. Iyengar.3

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Da obra no prelo VALOR: desvendando conceitos e quebrando mitos

VOLUME II – CULTURA DE VALOR: aforismos para uma vida plena

Saiba mais:

1. Swami Vivekananda, Raja Yoga, Lexington, USA, 2016.

2. Hermógenes, José, Mergulho na paz, 25ª ed., Rio de Janeiro: Record, 2001.

3. i. Hermógenes, Autoperfeição com hatha yoga, 50a ed., Rio de Janeiro: Nova Era, 2009. ii. Hermógenes, Yoga para nervosos, 50a ed., Rio de Janeiro: BestSeller, 2015. iii. B. K. S. Iyengar, Light on yoga, Schocken Books, New York, 1979.

FELICIDADE versus MELANCOLIA 145 – 147

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§ 145

A chave da felicidade. Muitos consomem suas vidas buscando a tal chave do sucesso! Entretanto, ao final da jornada terrena, descobrem que não é este tipo de sucesso que gera a felicidade verdadeira, aquela que é considerada um dos 4 “valores de estado”. Mas de onde provém este estado de felicidade ou o seu oposto que é a melancolia? A resposta é tão clara e direta quanto o grau de conexão com o nosso Criador. Simples assim. Muitos confundem felicidade com euforia ou melancolia com tristeza. Apesar do tipo de reação fisiológica assemelhar-se em ambos, a natureza dos neurotransmissores envolvidos nas conexões nervosas, o grau de intensidade é completamente distinto. Uma dica é avaliar o espectro de tempo da sua duração. A euforia (ou a tristeza) são efêmeros: não mais do que minutos, horas, dias, no máximo, algumas semanas. Já os estados melancólicos, ou os felizes, permanecem longos períodos assim, ou seja, são constantes, perenes, sendo raramente afetados por externalidades. Os psicólogos e psiquiatras olham para estes estados sob as óticas mental e/ou fisiológica. Nós olharemos tão somente sob a ótica da consciência que é infalível!

§ 146

O papel da epigenética. Por muito tempo o ser humano perscruta a elucidação do grande enigma qual seja, fisiologicamente, como se dá esta tal conexão das nossas consciências com o Criador? Após longa overdose literária sobre meditação, da yoga ao budismo, percebi que existe um procedimento meio que padrão envolvendo um primeiro passo: concentrar os pensamentos no foco de energia da consciência, mais propriamente situado, quando no plano físico, em um ponto na parte frontal do nosso cérebro. Tomado dessa mentalização energética, devo direcionar meus pensamentos à Fonte, buscando sorver da sua energia imanente, envolvendo não somente a consciência, mas também cada parte integrante de corpo físico, até o nível celular. Sim, essas também são permeadas pela energia que provém da consciência, a energia vital que carrega suas membranas e aciona os canais de comunicação extracelulares. No entanto, o que ainda poucos sabem, é que seu funcionamento sadio está diretamente relacionado com este estado de conexão. Digo poucos porque a ciência ocidental ainda está desvendando a teoria que rege tais conexões. Ela é a epigenética, uma ciência bem recente que estuda os mecanismos que acionam os genes, como um botão de liga e desliga! Está envolvida em todos os aspectos que regem a vida, tais como mudanças reversíveis e hereditárias.1 Vemos, portanto, a ciência médica adentrando num caminho mais que instigante, convergindo com a antiga ciência sagrada da yoga!

§ 147

Da ciência sagrada. Os hindus e outros povos orientais já praticam os estados meditativos de conexão há muito tempo e aprimoraram suas técnicas através das diversas modalidades do yoga, cuja significância pode ser traduzida literalmente a um “estado de união” com o Divino. Quando comecei a praticá-la, confesso que tinha um certo preconceito ocidentalizado da coisa… Isto até que se justifica porque peguei uma primeira professora de hatha yoga esotérica ao extremo! Um dia ela começou a intercalar as poses e respirações e veio com um papo de “planeta chupão” que não deu para segurar… Bem, um bom tempo depois comecei a me aproximar novamente do yoga, desta vez pela necessidade mesmo… Estava numa época tumultuada da minha vida profissional, em que o nível de stress chegou a tal ponto que, se não achasse uma maneira eficaz de equilibrar minha mente, acho que iria entrar em colapso!! Decidi então fazer um breve retiro numa pequena cidade do interior paulista (a tão serena Serra Negra) para fazer um curso intensivo de raja yoga, ministrado pela organização internacional Brahma Kumaris. Ou seja, desta vez eu queria aprender primeiramente a meditar, controlar minha mente, “esvaziá-la” para, somente depois, exercer o domínio sobre os meus pensamentos. É o que chamamos de estados meditativos: ou a ciência sagrada que nos ajuda a atingi-los!

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Da obra no prelo VALOR: desvendando conceitos e quebrando mitos

VOLUME II – CULTURA DE VALOR: aforismos para uma vida plena

Saiba mais:

1. Agência Fapesp, Pioneiro da epigenética fala da relação entre ambiente e genoma, publicado online (agencia.fapesp.br) em 14.03.2013.