Corpo consciente

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A inércia, ou inapetência, é a maior inimiga do corpo consciente. De nada adianta arrumar uma desculpa para si ou para o seu médico… Fato é que a prática contínua de atividades físicas pode sim prevenir a ocorrência de diversas doenças crônicas e, consequentemente, mortes prematuras. Pelo menos é o que indica uma série de estudos científicos a respeito.1

            Os benefícios se dão, mais propriamente, por diversos efeitos fisiológicos, dentre os quais destaca-se aqui a melhoria do funcionamento do sistema imunológico. Evidências mostram que até mesmo alguns tipos de câncer podem ser sinalizados e contidos logo no início por conta do melhor desempenho autoimune.2   

Não é preciso ser um “superatleta”. Uma breve caminhada de apenas 30 minutos, quando praticada com frequência, já é o suficiente.3 Pessoa comuns, com uma jornada de trabalho de mais de 8 horas, ainda arrumam tempo para ir à academia quase todo santo dia… E aí reside outro grande problema: quando se esvai o maior objetivo que é a saúde e não o culto ao corpo!

Muitos, sem sequer perceberem, na verdade estão levando uma vida fútil, frívola, sem um propósito maior… E o resultado, invariavelmente, é um só: crise de estresse, depressão profunda, pânico!!

Vamos então propor uma terapêutica simples. Não precisa ser médico para estimular as boas práticas que melhoram a saúde e qualidade de vida. Mas lembrem-se, antes de mais nada, de pesquisarem sobre o Prof. Hermógenes: o pioneiro da Hatha Yoga no Brasil.

Se é a cabeça que já não anda funcionando como antes, pode esticar um pouquinho mais a soneca (uns 40 minutinhos já é o suficiente), três vezes por semana, e propiciar um aumento do tamanho do hipocampo, melhorando a memória.4 Ou ainda, se estiver adentrando na terceira idade, vai evitar as deficiências da senilidade devido ao estímulo do fluxo sanguíneo para o cérebro que ocasiona o aumento do tamanho do córtex pré-frontal e melhora o controle motor, da memória e do pensamento crítico.5

    Quando se trata da saúde do corpo físico, não adianta de nada atuar em qualquer etapa do ciclo de cultura de valor, seja reprogramando suas crenças ou cultivando pensamentos positivos, se você não fizer também a sua parte com relação aos mecanismos mais essenciais que regem a saúde do nosso corpo. Dores crônicas são capazes de tirar qualquer um do sério!

    Uma atitude consciente, segundo a ótica aqui abordada, perpassa pela conciliação de uma vida ativa fisicamente com uma vida igualmente ativa dentro das nossas mentes. Só assim você terá uma “intervenção mente-corpo” realmente efetiva, galgando os valores mais sutis de poder, prosperidade, pureza, paz, verdade, amor e felicidade. Não há outra forma de alimentar o espírito, senão pelo equilíbrio dessas duas dimensões da nossa existência física e sutil.

            Não vejo outra definição melhor para um “ser altruísta” que não aquele que gera estes valores em base contínua e os distribui a tudo e a todos que convive. E espero, caro leitor, que o ciclo da cultura de valor tenha se figurado como um meio para esta busca. Boa sorte nesta jornada!!

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Da obra no prelo VALOR: desvendando conceitos e quebrando mitos

VOLUME II – CULTURA DE VALOR: aforismos para uma vida plena

Saiba mais:

1. Warburton, D. E. et. al. (2006) Health benefits of physical activity: The evidence. Canadian Medical Association Journal, 174(6), 801-809.

2. Friedenreich, C. M. (2001) Physical activity and cancer prevention from observational to intervention research. Cancer Epidemiology Biomakers & Prevention, 10(4), 287-301.

3. Bassuc, S. S. et al. (2013) Why exercise works magic. Scientific Americam, 74-79.

4. Erickson, K. I. et. al. (2011) Exercise training increases size of hippocampus and improves memory. Proceedings of the National Academy of Sciences, 108(7), 3017-3022. Pereira, A. C. et al. (2007), An invivo correlate of exercise induced neurogenesis in the adult dentate gyrus. Proceedings of the National Academy of Sciences, 104(13), 5638-5643.

5. Calcombe, S. J. et al. (2006) Aerobic exercise training increases brain volume in aging humans, The Journals of Gerontology Series A: Biological Sciences and Medical Sciences, 61(11), 1166-1170. Calcombe, S. J. et. al. (2004), Cardiovascular fitness, cortical plasticity, and aging. Proceeding of the National Academy of Sciences, 101(9), 3316-3321.

Nutrição consciente

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Confesso que até pouco tempo atrás eu nunca tinha parado para refletir com maior seriedade sobre o tema. Além de bom gourmet, até debochava daqueles que faziam uma opção alimentar mais restritiva, seja qual fosse a razão: estética, crença ou saúde.

            Foi então que li um livro do polêmico filósofo australiano Peter Singer que chamava a atenção para o dilema ético da alimentação de proteína animal e o sofrimento dos animais criados para o abate.1 Na época (ainda antes dos meus 30 anos), tomei minha primeira decisão acerca do tema: nunca mais comeria carne de vitela!

            Também nunca fui tão preocupado com estética. No máximo, quando solteiro, cheguei a frequentar a academia com maior assiduidade para manter o abdómen levemente torneado (as veleidades de moçoilo), mas nem foi necessário fechar a boca haja vista que sobrava energia e o metabolismo ainda ajudava…

            A questão estava longe ganhar notoriedade mesmo depois dos trinta. Após os 5 primeiros anos de casado, com filha para criar, trabalhando e ainda estudando como nunca, claro que você sempre acaba encontrando breves momentos de prazer na comida: aquela picanha maturada na sexta à noite, pizza portuguesa aos sábados e, claro, uma bela feijoada no domingo para arrematar a semana!

            Então, pela primeira vez, recebi recomendações médicas para atentar mais para o peso e manter sob controle o colesterol, triglicérides, etc. Até aí nenhuma novidade. Faz-se como 99,9% das pessoas: corta-se o açúcar, tranca-se o congelador e começa-se, sofrivelmente, a praticar alguma atividade física, mesmo que esporádica.

            Só percebi realmente algo diferente quando estava à beira de um ataque de estresse e resolvi fazer um retiro espiritual nas montanhas para aprender meditação, mais especificamente raja yoga. Foram dois dias de reflexão, em que aprendi não apenas a meditar, mas também a preocupar-me mais com o que entra pela boca, não pela ótica científica das interações bioquímicas dos nutrientes e seus efeitos fisiológicos, mas sim pela análise de coerência com nossas crenças e seus efeitos sobre os pensamentos. Eis aí a quebra de paradigma! Vejamos uma argumentação bem simples.

            Se sou um ser consciente, em contínua evolução através da interação construtiva com outras consciências, independente de raça, credo ou quaisquer pré-julgamentos, como posso então alimentar-me de carne de origem animal, sabendo (ou acreditando) que estes seres também são dotados de consciência, mesmo que em estágios considerados inferiores aos da espécie humana?

Pronto, se você concordou com esse primeiro raciocínio, então são muitas as perguntas sem respostas: por que, aos olhos do Criador, a consciência de uma vaca, uma leitoa ou um coelhinho silvestre seriam tão diferentes assim das nossas? Ou ainda: se comemos miúdos de galinha, por que não comeríamos miúdos de carne humana?! O Dr. Lecter, de Silêncio dos Inocentes, certamente não era vegetariano…

            Foi assim que, aos 36 anos de idade, decidi não comer mais regularmente carne de origem animal. No início me alimentava, por vezes, de camarão e alguns crustáceos que julgava apresentarem consciências num estágio rudimentar, ou seja, teriam uma tênue ligação com o plano físico e não sofreriam tanto com a morte. No entanto, mais recentemente descobri pela ciência que até mesmo o octupus apresenta um sofisticado sistema sensorial.2

Não me tornei um vegetariano convicto. Longe disso. Digo que sou um vegetariano sem vergonha! Após manter a disciplina por alguns anos, decidi levar a coisa mais suave. Seja com a família, ou amigos, sempre abro honrosas exceções…  Meu objetivo é poupar sei lá: umas 15 vaquinhas, uns 5 porquinhos e umas 70 galinhas até o final dessa minha vida.

Não aboli ovo, nem leite e seus derivados que, a propósito, são extremamente nutritivos e não recomendo que faltem em nossa dieta diária. De qualquer forma, respeito a opção tanto dos carnívoros quanto dos veganos. A sabedoria sempre reside no equilíbrio, independente de como o tenha alcançado.

           A coisa se torna premente quando se trata do direito animal. Sou a favor do movimento em defesa dos animais e também penso que está mais do que na hora de incorporamos leis de proteção severas a este respeito no código civil. É preciso evitar que estas consciências animais sofram durante o abate que é algo brutal, independente do método.

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Da obra no prelo VALOR: desvendando conceitos e quebrando mitos

VOLUME II – CULTURA DE VALOR: aforismos para uma vida plena

Saiba mais:

1. Peter Singer, Vida Ética, Ediouro: São Paulo, 1a ed., 2002.

2. Birch, Jonayhan et al. Dimensions of Animal Consciousness, Trends in Cognitive Sciences, October, 2020

Pensamentos conscientes

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Pensar de forma consciente é assumir que se entende e pratica-se, autômato e indiscriminadamente, o ciclo da cultura de valor. Em outras palavras, queremos dizer que as seguintes máximas foram, são e permanecerão plenamente incorporadas ao seu cotidiano:

  1. Assuma que a vida só existe porque há consciência: o centro de força da energia vital;
  2. Defina seu sistema de crenças, seja qual for… Apenas não fique em cima do muro! 
  3. Seja coerente ao pensar. Pense no que pensa, depois pense novamente, só então prossiga pensando… Isto é refletir.
  4. Fale com um propósito. E que este seja minimamente louvável… Caso contrário, o melhor é que guarde para si e olhe lá!
  5. Nada de mal há em levar uma vida contemplativa. Que seja resgatada a disciplina monástica, mas numa nova roupagem…
  6. Você é 100% responsável pelos seus atos? Espero que sim. Não existe destino, nem sorte e muito menos azar! Só carma.
  7. Lembre-se: valor, de fato, só se gera através de atos… E atos louváveis são raros aos que não praticam as outras máximas.
  8. Aja diferente. Pense diferente. Crie uma rotina de mudanças… Que esta seja a prerrogativa da sua vida! Nada é permanente.
  9. Gere valor. Tudo aquilo que tem impacto e é percebido… Será que, assim, as outras consciências irão propagá-lo? Decerto.
  10. Pratique estas máximas, rompa as amarras temporais e encontrarás, afinal, a Fonte de todas as criaturas: Deus.

Eis, caro leitor, o nosso “Decálogo da Consciência”. Que sirva tão somente como estímulo reflexivo, ou mais propriamente um breve convite para aqueles que anseiem por se perder num “romance com Deus”. Ter pensamentos conscientes é o primeiro capítulo – por certo o mais importante – dessa doce história chamada evolução criadora.

Você está preparado? Caso afirmativo, sem sombra de dúvidas, deves conhecer toda a obra de Paramahansa Yogananda: o grande propagador da Kriya Yoga nos tempos modernos, com especial ênfase no ocidente. Bata um Google, leia e verás! Depois experiencie… É isso.

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Da obra no prelo VALOR: desvendando conceitos e quebrando mitos

VOLUME II – CULTURA DE VALOR: aforismos para uma vida plena

VERDADE versus EGOCENTRISMO – 127 – 129

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§ 127

Da lógica filosófica ao método científico. Como reconhecer a verdade? Sem um método lógico de verificação estamos fadados à eterna dúvida e, assim, susceptíveis ao domínio do ego, da ausência de conhecimento, dos falsos profetas… A verdade caracteriza-se pela imutabilidade, carecendo de variáveis, ou seja, ela é independente. Não importa se relativiza o material ou imaterial, o temporal ou atemporal. O que importa é que ela passe incólume por “atos de verificação”. Estes devem ser necessariamente reprodutíveis, o que implica na existência de fatos observáveis de forma sistemática e controlada. Pasmem. Aqui, 99,9% das falsas teorias vão por água abaixo! Daí em diante, tudo o mais resulta de elaborações do raciocínio, com as devidas implicações, conclusões e previsões. Foi assim que a lógica filosófica evoluiu para o tão famoso “método científico”, mas foi assim também que assistimos muitos falsos profetas apregoando a tal da “verdade científica” como absoluta quando já comprovadamente demonstrou que não o é! Somente um tipo especial de ato de verificação com impactos vitais para nossas existências, evitando a ilusão do egocentrismo humano.

Figura. Fluxo lógico do método científico.

§ 128

Como sonhar acordado. Vamos realizar um breve experimento de lógica filosófica para ampliar este conceito dos “atos de verificação”. Veja bem. Se hoje tenho consciência de quem sou, amanhã, ao acordar, devo confirmar este fato, caso contrário corro o risco de sonhar acordado, ou o que seria ainda pior, achar que o sonho pode tornar-se realidade. Uma técnica bem simples é contar a sua respiração até dez e só então se levantar. O simples fato de conseguir emitir o comando mental significa que você está de fato consciente e não propriamente sonhando. Aqueles que praticam constantemente meditação precisam ter o pleno domínio desta técnica para não perscrutarem os liames da loucura. Vemos, portanto, que o contrário da verdade é a dissimulação, a hipocrisia, a inconsistência. Ou seja, a verdade nada mais é do que o corolário da constatação dos fatos. Tão simples e lógico quanto isto! Ela existe e está a nossa volta em todos os momentos. Não é algo surreal, inimaginável, somente à altura dos seres angelicais… Basta ter olhos de ver, a percepção da realidade simples como é, nua e crua, sua impermanência e a vacuidade do zen,1 desde o primeiro instante da sua existência. O fato de existir, per se, é a mais pura verdade, o Deus em si, aquele que nos remete indubitavelmente à consciência cósmica.

§ 129

 Mais um lobby da consciência. Se a verdade é assim tão simples, por que mentimos tanto? Na verdade, faltar com a verdade é sempre muito mais fácil porque não depende de verificação, basta soltar a mente no piloto automático! Temos uma imensa dificuldade de aceitar as nossas próprias fraquezas. Este é o peso do egocentrismo. Sim, o ego, inabalável, atua como um verdadeiro “lobista” da nossa consciência. E quando percebe uma circunstância que pode representar qualquer tipo de ameaça de rebaixamento, atua no sentido contrário: o da autoafirmação. Em realidade, este é mais um tipo de mecanismo que pode afetar as nossas crenças e os nossos pensamentos (já vimos anteriormente o mecanismo de gatilho emocional). É o que os psicólogos chamam de mente inconsciente, aquela nossa voz interior que vive a nos pregar peças, criando situações irreais, exacerbando medos ou apegos que acabam por nos convencer de algo que não somos, ou algo que gostaríamos de ser, num verdadeiro truque de auto ilusionismo que só serve para nos trazer infelicidade. Portanto, seja implacável consigo mesmo e não abra mão do escrutínio da própria consciência!

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Autoria por Ricardo Barreto

Da obra no prelo VALOR: desvendando conceitos e quebrando mitos

VOLUME II – CULTURA DE VALOR: aforismos para uma vida plena

Saiba mais:

1. Suzuki, D.T. Uma introdução ao zen-budismo, São Paulo: Mantra, 1ª ed., 2017.

PAZ versus CONFLITOS § 94 – 96

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§ 94

Desvendando suas próprias “janelas Killer”. Vimos na paródia sobre “o sofá da dona de casa” que a causa primária das nossas verdadeiras crises existenciais não decorre de meras circunstâncias do cotidiano, nem tampouco de atitudes alheias, por mais atrozes aos nossos princípios que o sejam. A “ferida” do Ego reside, outrossim, nos traumas que ficaram “cravados” no nosso inconsciente, os quais ativam certas reações emocionais indesejáveis, tais como os sentimentos de medo, revolta e até mesmo a ira, cujas consequências são, invariavelmente, avassaladoras. A psicologia moderna perscrutou estes fenômenos comportamentais ligados ao inconsciente de forma extensiva, muito embora os mesmos tenham sido preconizados desde os primórdios do budismo (conceito de Alaya Vijnana) como o repositório das “sementes” Kármicas que determinam o nosso comportamento.1 Fica assim evidente que a base da identidade do indivíduo não se encontra no “estrato” mais visível da personalidade (a consciência). Na verdade, o cerne do processo reencarnatório reside justamente na mente inconsciente que mantém sua integridade ao longo dos ciclos de vida, muito embora um dos grandes mistérios da autoiluminação seja justamente a capacidade de desvendar as “portas” do inconsciente. Normalmente estas ficam “cerradas” como um mecanismo natural de autodefesa da mente. Eis aí a verdadeira arte dos poucos que são realmente preparados para psicanálise! Um dos propósitos do ciclo da cultura de valor é ajudar no autoconhecimento, desvendando suas próprias “janelas killer“,2 sem necessariamente ter de abri-las para um terapeuta profissional (ou holístico), muitas vezes despreparado para lidar com seus próprios gatilhos emocionais apesar das boas intenções.

§ 95

Nada de piloto-automático! Como poderíamos evitar tais conflitos conscienciais? Trocar de sofá (para nossa dona de casa) seria, sem sombra de dúvidas, a forma mais fácil. Ou trocar de emprego no caso do chefe, mudar de casa no caso do vizinho, etc. Acontece que o “custo emocional” vai ficando cada vez mais alto… Até mesmo arrancar o cunhado do mapa ou encarar uma separação judicial ainda é uma atitude plausível em alguns casos, mas o que dizer quando constatamos que o problema está na nossa mãe ou até mesmo no seu filho (o pestinha)? Na vida estamos, via de regra, buscando soluções paliativas que agem somente nos efeitos, ignorando as verdadeiras causas. Evitamos, sempre que possível, olhar para dentro de nós mesmos e desvendar os mecanismos de funcionamento da nossa mente, os seus recônditos mais obscuros com o destemido rigor!

Só encontraremos a Paz interior quando fizermos sistematicamente revisões criteriosas do nosso sistema de crenças, buscando eliminar os equívocos que geram as emoções deletérias que bloqueiam a geração de valor.

Nosso pensamento pode, portanto, ser afetado (ou dirigido) de duas formas: pela nossa consciência quando o “eu” está em pleno controle da direção, ou pelas nossas emoções despertadas pelo inconsciente, isto é, quando a direção fica completamente descontrolada, ou ainda, quando muito, no “piloto-automático” da vida… Aliás, este é o modo de condução de boa parcela dos indivíduos. Lembrem-se: basta uma fração de segundo de descontrole para colocar em risco toda uma existência de esforços evolutivos!

§ 96

O porquê dos “5 porquês”. Estamos diante de um típico processo de melhoria contínua, neste caso do nosso próprio sistema de crenças. Isto mesmo, todos aqueles conceitos do famoso sistema de produção da Toyota seriam perfeitamente aplicáveis neste contexto. Basta nos atermos num único e primordial conceito que veio a nascer das necessidades de produção ágil e reprodutível no Japão industrial do século XX, quando Taiichi Ohno, Shingeo Shingo e Eiji Toyoda propuseram a análise de causa raiz, mais especificamente a técnica dos “5 porquês”. Ela aplica-se a qualquer tipo de evento e está fundamentada na lei de causa e efeito. Seu axioma: nem tudo que aparenta ser a causa realmente o é. Nos enganamos quase que intuitivamente e acabamos encontrando soluções temporárias mais fáceis, de modo que o problema original permanece. O ser humano tem um mecanismo mental muito perspicaz de defesa que é a negação inicial do problema. E contenta-se, desta forma, com as chamadas “ações de contenção”, os mais variados e criativos paliativos. Tudo para evitar a dura realidade que está sempre na origem do problema.

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Da obra no prelo CULTURA DE VALOR: aforismos para uma vida plena

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Saiba mais:

1. Peter Harvey, A tradição do Budismo: história, filosofia, literatura, ensinamentos e práticas, São Paulo: Cultrix, 2019.

2. Augusto Cury, Ansiedade: como enfrentar o mal do século, Saraiva: São Paulo, 2014.

SIMPLICIDADE versus COMPLEXIDADE § 79 – 81

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§ 79

Holística psicossomática. E a tal energia criadora e imanente, oriunda da Fonte, não pode afetar “positivamente” os corpos físicos? Não diretamente, como muitos afirmam. Ela afeta, outrossim, as consciências que, por sua vez, influenciam os corpos físicos, emanando pensamentos que interagem com as células no nível supramolecular, ativando ou desativando determinados mecanismos bioquímicos que podem ser saudáveis ou não. Quem nunca ouviu falar das doenças psicossomáticas ou, por outro lado, das terapias holísticas aplicadas pela medicina corpo-mente? Sim, este é o único canal de intercâmbio entre o plano físico e sutil. Algumas doutrinas religiosas espiritualistas apregoam outros canais evocando teorias complexas e até mesmo cientificamente ousadas, mas no fundo são apenas consciências influenciando os pensamentos de outras consciências em planos distintos. Mesmo nos fenômenos tidos como físicos, notem que é sempre o pensamento que dispara a ação. Veremos em detalhes este mecanismo cognitivo.

Foto em preto e branco com texto preto sobre fundo branco

Descrição gerada automaticamente
Figura. Representação da consciência no século XVII.

§ 80

Da falácia humana. Por que o meio físico é tão importante neste processo se ele é puramente energético? O plano físico não é passível de interação somente com as energias eletromagnéticas e fotoelétricas. Seria uma falácia humana pensar de forma tão rígida e restrita! E olha que muitos cientistas assim o fazem. E é exatamente por isso que reconheço e amo os “teóricos” como Einstein que, via de regra, estão muito além do seu tempo… Pois bem. O meio físico é importante pelo único fato dele propiciar os sinais que são transmitidos pela consciência através dos pensamentos. Lembre-se mais uma vez para reter: a energia criadora que provém da Fonte não age diretamente sobre as “coisas físicas”, senão pelo intermédio da consciência.

§ 81

Sinais dos novos tempos. Agora fiquei curioso… Quais tipos de “sinais” podem ser transmitidos pela nossa consciência? Tanto sinais químicos como energéticos. Aqui precisaremos estender o conceito da física em que a energia está associada à capacidade de qualquer “corpo” de produzir “trabalho”, ação ou movimento. Este conceito fica limitado porque se entende como trabalho a capacidade de promover o deslocamento de um corpo físico. Mas e se assumirmos a existência do corpo sutil, aquele gerado pela consciência, ou melhor, pelos pensamentos? Essa mesma “energia sutil” poderia mover tanto a consciência aos estados projetivos como também ativar a telomerase em processos que afetam a reprodução celular através dos “sinalizadores celulares”. Aqui só precisamos adotar mais um “dogma” e pensar nas células como uma pequena entidade viva como o são. Mas quem falou que a ciência teórica assim não o faz. Existem teorias amplamente aceitas pela comunidade científica que nunca passaram por perto de uma experimentação laboratorial pelo menos por um tempo…

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Autoria por Ricardo Barreto

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SIMPLICIDADE versus COMPLEXIDADE § 76 – 78

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§ 76

A “meia-vida” da alma ou da consciência. Será que nossa gênese pode ser determinada assim como a das estrelas e galáxias? Digo a da alma, o atmã, puro em essência do Criador. Dele, qualquer rastro no plano físico seria um contrassenso, mas da consciência, através da qual ela se manifesta, muito provavelmente… Só não se sabe como, ainda! Alguma “impressão” do momento da criação, na Fonte, nós devemos carregar em nosso “corpo consciencial”. A meia-vida de um átomo não é determinada pela sua atividade radioativa? Por que então, da mesma forma, não poderíamos pensar em determinar a “meia-vida da consciência”, medindo a sua “atividade consciencial”? Parece deveras uma viagem metafísica, certo?! Aguardemos, então, a evolução da ciência neste campo, dos estudos da mente humana, porque, antes de mais nada, precisamos desenvolver os instrumentos capazes de medir esta tal “atividade consciencial” que certamente existe e é detectada pelos seres sensitivos. Ainda não conseguimos sequer comprovar a sua existência, a da consciência e não da alma, muito embora eu acredite piamente nela, assim como também nos dogmas científicos que a sociedade deverá romper para chegar na verdade.

§ 77

Mais sobre o “corpo consciencial”. Já vimos sua distinção com relação à consciência propriamente dita. Também já vimos que a alma é a nossa verdadeira essência divina, enquanto a consciência é apenas o canal de comunicação com a mente que se manifesta, afinal, no plano físico. Já o “corpo consciencial”, por sua vez, é composto pelos campos energéticos (ou vibracionais) gerados pela consciência e não necessariamente pela alma. Lembre-se, existe uma multitude de entidades que podem se manifestar através dela, a começar pelo subconsciente egoico: a principal ilusão existencial gerada pela própria mente. Todo corpo consciencial resulta, portanto, de interferências construtivas e destrutivas de ondas geradas pelos próprios pensamentos e também pela interação com o meio à sua volta que representa um verdadeiro “oceano energético”. Aqui, deve-se observar que os pensamentos são comandados pela consciência, promovendo assim as manifestações físicas. Ressalta-se ainda que nos seres mais evoluídos, aqueles que já romperam os percalços até atingir samadhi,1 a consciência é dirigida quase que absolutamente pela própria alma. Esta, segundo os grandes mestres yogis, é a chave para a transcendência do plano sutil ao físico e vice-versa.

§ 78

Uma mecânica quântica avançada. Isto mesmo. É o que se entende por um meio energético propriamente dito, tal como a ciência o explica, haja vista que não pode haver dois deles numa realidade causal dentro do mesmo plano físico. Após a revolução da mecânica quântica,[*] foi descortinado o universo de interações dos corpos físicos com os campos energéticos gerados pela radiação eletromagnética convencional (o famoso experimento do corpo negro) ou, porque não extrapolar este conceito, para as vibrações geradas pela consciência, através dos pensamentos, continuamente gerados pela mente. É desta energia que falamos, nada além disso. A ciência da meditação já revelou o poder destes pensamentos,2 de modo que a única diferença aqui é que a chamamos de “energia consciencial”.


[*] É a parte da física que analisa o movimento, as variações de energia e as forças que atuam sobre um corpo. Aqui estamos no campo da “ciência de fronteira”, também conhecida por metafísica. Ou seja, atualmente são teorias que não passam de uma especulação filosófica, mas pode ser que um dia até que faça bastante sentido, mesmo que alguns estejam além do seu tempo, já desenhando experimentos dentro desta perspectiva mais ampla de entendimento do universo.

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

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Saiba mais:

1. Patanjali, Os yoga sutras de Patanjali, São Paulo: Mantra, 2015.

2. Goleman, D., Davidson, R. J. A ciência da meditação: como transformar o cérebro, a mente e o corpo, Rio de Janeiro: Objetiva, 2017.

SIMPLICIDADE versus COMPLEXIDADE § 73 – 75

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§ 73

Do microcosmos mental ao corpo consciencial. Começamos aqui a nos enveredar mais propriamente nos terrenos da metafísica, mesmo que ainda tratando dos valores no plano físico. Não nos referimos a algo “simples” dentro da compreensão usual, relacionada ao minimalismo estético, nem tampouco do simples fatídico, aquele oriundo do desprendimento das posses ou da humildade em atitudes. Trataremos, outrossim, do “simples” como elemento básico da vida, responsável pela origem dos nossos pensamentos e, claro, de tudo que deles decorre, o que está por detrás do intricado arcabouço das memórias e conexões nervosas que regem a nossa mente, aquela que pode ser considerada o nosso próprio cosmos! Vejam: temos de um lado o “macrocosmo universal” e, do outro, um “microcosmos mental” altamente complexo… Eis o nosso próprio universo: aquele que criamos com a vastidão dos nossos pensamentos e experiências. E é daí que faremos (na segunda parte desta obra) a “ponte” com o plano sutil e os valores conscienciais.

§ 74

Consciência versus corpo consciencial. O simples, portanto, é a consciência, o foco da energia consciencial. É a centelha de vida que anima o nosso corpo físico. O complexo é, por sua vez, o que modula nosso “corpo consciencial”, as intrincadas leis da matéria que possibilitam a manutenção da vida a partir desta “energia vital” ou, como gosto de chamá-la, a “energia criadora”. Sem ela não há pensamentos. Não há percepção da própria existência. É o que nos caracteriza como indivíduos, seres sencientes, ou os pretensos seres humanos. É o que dirige nossa mente e pensamentos. É o que permite nos relacionarmos com outras consciências. É, acima de tudo, o que nos conecta ao “macrocosmo universal”. Ou seja, a simplicidade da consciência nos conecta à complexidade do universo, ao passo que o complexo intrincado da realidade material, o emaranhado do “microcosmos mental”, nos conecta à simplicidade da criação, fruto de uma Fonte infinita em valores conscienciais, de onde provém a energia imanente das criaturas. De onde provém a consciência e para onde ela regressa após o processo de depuração ou iluminação (mais um assunto para a próxima parte desta obra).

§ 75

Da energia vital ou energia criadora. Eis o elemento mais simples do cosmos.[*] Simples porque ela é única e se propaga indefinidamente por qualquer meio, físico ou sutil. É, por este mesmo motivo, onipresente, bicorpórea na sua essência, passível assim de materialização ou espiritualização ao mesmo tempo, a propósito, que para ela não existe… Sem os dualismos característicos da complexidade das leis materiais. É também a única que não é suscetível de interferências. É por este motivo eternamente estável ou imutável. É, finalmente, o elo de ligação vital entre toda e qualquer consciência. E, claro, com explicações inacessíveis aos conhecimentos científicos que detemos no mundo material.


[*] Lembrar que estamos no campo da metafísica, bem distantes das explicações científicas da física quântica para as partículas subatômicas.

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Da obra no prelo CULTURA DE VALOR: aforismos para uma vida plena

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Valor consciencial

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A busca incessante do Ser consciente pela satisfação de uma necessidade ou desejo, seja qual for seu estado (material ou imaterial), eis o significado apriorístico de “valor consciencial”.

Percebe-se valor, portanto, naquilo que se quer acumular ou manter ao longo da existência, tanto no plano físico como extrafísico (ou sutil, melhor dizendo).1 Deve-se destacar, no entanto, respeitando a dicotomia própria da Criação, que também existem os “antivalores conscienciais”. E o significado é justamente o oposto!

Os 7 principais valores e antivalores conscienciais a serem tratados aqui são diferenciados didaticamente pela manifestação existencial que pode se dar ora no plano físico, ora no plano sutil. Conheça a lista completa (28 valores e antivalores) e tenha-a na ponta da língua com uma técnica mnemônica bem bacana (vide nota). 2

Figura. Valores e antivalores conscienciais.

Cabe salientar mais uma categorização quanto ao objetivo da geração de valor (ou antivalor). Dizemos ser um “valor de estado” quando este se volta exclusivamente para a pessoa em si mesma. Por outro lado, um “valor de ação” ocorre quando o benefício (ou malefício) é colhido ou sentido por outro Ser ou Seres.

Somente as pessoas que cultivam em essência os “valores de estado” são capazes de manifestar os mais sublimes “valores de ação”… Isto é o que chamo de autorealização!

Temos, assim, o Amor como um típico “valor de ação” em que a doação é usufruída pelo Ser consciente assistido na forma de caridade. Já a Paz trata-se de um “valor de estado” que sentimos e cultivamos interiormente. Por ora, guardemos tão somente a lógica deste conceito. Serão abordados exemplos da categorização de valores mais a frente, na medida que discorrermos sobre cada um deles.

É, sem sombra de dúvidas, uma forma bem diferente de encarar a Riqueza, a Paz, o Poder, a Feiura… Veremos o quê devemos cultivar e o que devemos banir definitivamente das nossas vidas! Veremos ainda como o controle sobre os pensamentos, através da meditação ativa, representa a “chave” do processo de autossugestão.

Aprenderemos, afinal, a “reprogramar” nossas crenças (que disparam os algoritmos bioquímicos) e direcionar os pensamentos, sentimentos e a meditação para uma existência de plenitude, aquela em que Inteligência, Espírito e Consciência, os verdadeiros atributos, são coerentes e alinhados rumo ao Criador.

Comecemos perscrutando cada um dos 7 passos do Ciclo da Cultura de Valor – CCV. Somente aí estaremos de fato preparados para ampliar o entendimento sobre a Consciência, como ela nos afeta, como é afetada por outros Seres, conscientes ou não, e como ela é capaz de formar, na coletividade, a tão sonhada CULTURA DE VALOR, aquela que gera muito mais valor do que destrói!

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Da obra no prelo CULTURA DE VALOR: aforismos para uma vida plena

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Saiba mais:

1.  Sem desmerecer quaisquer proposições consideradas metafísicas, vamos encarar o plano extrafísico (ou sutil, melhor dizendo) como tão somente aquilo que não se observa no universo físico pelos instrumentos naturais, científicos e tecnológicos da época atual, independente da perspectiva do observador e do instrumento de observação utilizado (ou seja, sem divisão entre as visões newtoniana e einsteiniana).

2. Não por acaso, foram selecionados 7 valores (e antivalores) conscienciais, de modo a facilitar a lembrança pelos dias da semana e iniciais de cada palavras, formando assim um acróstico bem facinho, segundo as boas práticas da mnemônica. Veja o acróstico (PPPPVAF): Paz: domingo; Poder: segunda; Pureza: terça; Prosperidade: quarta; Verdade: quinta; Amor: sexta; Felicidade: sábado. 

Mundo redondo, universo plano

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O mundo pode ser redondo, mas o universo é plano. Ao navegar no cosmos, em sua magnitude infinita, pode-se assumir somente 2 direções: a que nos leva a Deus e a que nos afasta Dele!

Cada Ser, em sua singularidade de vida, apresenta-se tal como um vetor numa trajetória incomparável de interações mentais, espirituais e conscienciais que podem ser “geradoras” ou “destruidoras” de valor, dependendo de como afetam o meio que estão inseridos nos planos físico e extrafísico.

Figura. Trajetória vetorial dos Seres rumo a Deus.

Somos, assim, compostos essecialmente de apenas 3 atributos existenciais que permitem toda a expressão do Ser, quais sejam:

  1. Inteligência: manifesta através da mente no plano físico;
  2. Espírito: manifesto pela alma no plano extrafísico;
  3. Consciência: canalizada pela conexão com Deus.

Este conceito é de vital importância. Devemos sedimentá-lo, com total serenidade e aceitação. Em última instância, são afetadas as inteligências, espíritos e consciências, sempre num certo raio de interferência que depende da intensidade da energia criadora emitida.1

O problema do ser, portanto, reside no discernimento de como controlar suas faculdades moldando estes 3 únicos atributos. Lapidar a inteligência, o espírito e a consciência: eis os verdadeiros objetivos da nossa existência!

Ao contrário dos atributos, temos inúmeras faculdades que são basicamente aquelas ações que conseguimos realizar graças aos nossos atributos. Ou seja, o atributo leva à faculdade e nunca o contrário.

Veja só. O pensamento (faculdade de pensar) brota da mente que é acionada pela inteligência. É assim que decido, por exemplo, se preciso sair para comprar pão agora, se devo vender um determinado ativo na bolsa de valores antes da reunião do FED ou se, por ventura, preciso fazer um check-up para não arruinar o feriadão da família!

As faculdades da alma são muito mais sutis e ainda tem gente que acha que se resolve com pílulas… A faculdade de sentir com os “olhos d´alma” requer a sensibilidade dos sentidos extrasensoriais, velados aos que se iludem pelo mundo material. Você realmente acredita que é a ocitocina que move o coração de um pai que revê a filha depois de uma longa viagem de trabalho? 

Se controlar os sentimentos que regem as relações entre os Seres já é uma missão tão desafiadora, que dizer então da maior de todas as missões, aquela que deveria ser nosso grande propósito existencial e que, por certo, pouquíssimos estão perseverando? Orar e meditar são indubitavelmente as faculdades supremas e olha que ainda assim tão poucos as volarizam…

Veremos que os valores que realmente importam são os conscienciais, ou seja, aqueles que nos conectam a Deus!

Isto não quer dizer que os valores da mente ou do espírito devam ser negligenciados. Muito pelo contrário… São eles que nos conduzem, afinal, aos verdadeiros valores. É que o Deus que existe em cada um de nós é a única realidade que importa. Acreditem: tudo o mais é realmente, como já diziam os Vedas, pura ilusão!

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Da obra no prelo CULTURA DE VALOR: aforismos para uma vida plena

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Saiba mais:

1. Indo além dos nossos propósitos, completamente despreocupado com o rigor matemático que não seja puramente filosófico, podemos elucubrar o quantum de energia vital, tal como revelado pelo guru da Kriya Yoga Paramahansa Yogananda em 1949, como sendo o menor valor que esta grandeza possa assumir. E, ainda, denominar este “pacote” energético de vitráton. Sabendo-se que este tipo de energia associa-se à capacidade de “gerar” ou “destruir” valor, quanto maior for a quantidade de vitrátons, tanto maior será a sua intensidade e, consequentemente, a sua capacidade de interação com outros seres. Para saber mais, acesse AQUI.