Apêndice II

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Determinação da curva de valor

            Vimos primeiramente como determinar os três diferentes tipos de valores (esperado, percebido e real). Isto se aplica a avaliações de circunstâncias pontuais como, por exemplo, o valor da “felicidade” numa festa de aniversário…

            Vejamos, agora, como traçar a sua própria “curva de valor” que contempla os principais valores em múltiplas interações e num período mais longo (ex. 1 ano). Este procedimento serve para sabermos como somos “percebidos” pelas pessoas com que convivemos e de alguma forma estamos conectados.

            Só existe uma forma fidedigna de cumprirmos com essa importante missão e requer método, tal como o empregado nos departamentos de recursos humanos das empresas. São realizadas consultas, via questionários orientados, aos nossos diversos públicos de relacionamento, incluindo nós mesmos!  

            É preciso saber como nossos familiares, amigos, parceiros de academia e colegas de trabalho, aqueles com quem interagimos no dia a dia, nos avaliam em termos dos valores conscienciais, tanto no plano físico como no plano sutil. Só assim, teremos uma fotografia mais clara de onde estamos em termos de valores humanos e poderemos traçar um plano para o desenvolvimento daquelas características que mais precisamos melhorar.

            São três os passos para uma consulta estruturada, a saber:  

                1. Seleção das pessoas;

                2. Avaliação dos valores;

                3. Construção da curva de valor.

Seleção das pessoas

            Alguns critérios devem ser respeitados para que você obtenha êxito na seleção representativa das pessoas. Antes de qualquer coisa é preciso fazer uma lista daquelas com as quais você mais convive, nos diferentes ambientes que frequenta: casa, trabalho, escola, academia, igreja, etc. Uma dica: escolha os nomes ao acaso à medida que surgirem em sua mente. Tente obter uma lista de pelo menos cinco nomes de cada ambiente.

Figura 1. Lista de pessoas por ambiente de convívio.

            Olhe agora para esta lista e procure ordená-la de acordo com a quantidade de tempo que você interagiu com cada uma destas pessoas no último ano. Isto porque quanto mais tempo você se relacionou com elas, maiores são as chances de elas terem uma percepção mais apurada dos seus valores…

            Uma dica: não confunda quantidade de interações com intensidade (ou a carga emotiva) das interações… Faz-se mister aqui evitar o viés da afinidade ou repulsa neste processo de seleção. Claro que sempre existirão casos em que os tipos de interações se confundirão, mas não podemos induzir isto propositalmente.

Figura 2. Lista ordenada por ambiente de convívio.

    Interessante observar, neste caso, que os ambientes de convívio se restringem basicamente à casa, escola e rede social na internet. E que os melhores amigos da escola não são necessariamente os mesmos do Facebook…

Você está, enfim, apto para concluir o processo de seleção. Escolha ao menos duas pessoas de cada ambiente que você mais frequenta, respeitando a ordem de quantidade de interações. Recomenda-se que sejam escolhidas no máximo doze pessoas como um todos.

Avaliação dos valores

            Antes de iniciar, não se esqueça de fazer a sua auto avaliação, respeitando uma escala de 0 a 5 pontos que representa como você se enxerga com relação a cada um dos principais valores da sua existência física, ou sutil, se preferir.

Figura 3. Escala de avaliação das pessoas.

Procure enriquecer sua auto avaliação com exemplos de casos típicos que pesaram significativamente nas notas aplicadas. Estes comentários normalmente são lembranças que vêm naturalmente em nossa mente durante a avaliação de cada um dos valores.

Figura 4. Auto avaliação de valores sutis.

            Finalmente, você deverá contatar cada uma das pessoas selecionadas para explicar que está construindo sua “curva de valor” e gostaria de contar com um pouquinho do tempo delas para preencherem um formulário de avaliação.

    É muito importante que você explique pessoalmente qual é o propósito desta avaliação e combine de encaminhar o formulário por email para a pessoa se sentir mais à vontade para o preenchimento em seu tempo livre.

    Dê um prazo longo (algumas semanas). Caso a pessoa não responda neste período, encaminhe um lembrete e aguarde por mais 1 semana. Se ainda assim não obtiver resposta, não insista. Cada um tem suas prioridades e devemos respeitá-las. Passe para a próxima pessoa da lista.

Construção da curva de valor

            Depois de receber os formulários preenchidos, compile as notas e comentários das avaliações numa mesma tabela e aplique uma média simples das avaliações de cada valor. Compare então as notas obtidas com as da sua autoavaliação. Aplique novamente uma média simples entre estes valores. Terás, então, as notas finais.

Figura 5. Avaliação de valores sutis.

    Para concluir a construção da sua curva de valor só falta agora plotar as notas finais na forma gráfica para facilitar a visualização.

Figura 6. Exemplo de curva de valor.

    Ao analisar sua curva de valor ficará evidente quais são os seus valores que precisam ser desenvolvidos. Neste caso específico os valores da paz e felicidade mereceriam especial atenção. Você poderá então estabelecer um plano de desenvolvimento, constando ações que visem prioritariamente o desenvolvimento destes valores.

    Com o passar do tempo (normalmente após 5 ou 10 anos) é recomendável que atualize sua curva de valor com o intuito de avaliar como está sua evolução. Se estiver estagnado, é sinal de que precisa rever seu plano porque não está gerando resultados práticos.          

    Trocando em miúdos: não tem havido nenhuma melhora da sua percepção de valor pelas pessoas com quem você se relaciona. E isto é sinal de que precisa mudar mais radicalmente algum aspecto do seu “ciclo de cultura de valor”.

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Da obra no prelo VALOR: desvendando conceitos e quebrando mitos

VOLUME II – CULTURA DE VALOR: aforismos para uma vida plena

Apêndice I

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Detalhamos aqui algumas das ferramentas apresentadas neste livro, visando impulsionar a geração de valor consciencial.

Determinação de valor esperado

            Comecemos definindo algum valor específico que você gostaria de realizar a sua autoavaliação. Usando o mesmo exemplo empregado na Introdução, vamos tratar aqui do valor da “felicidade”.

            Vimos que o “valor esperado” é aquele em que cada um estabelece uma inferência estatística, baseada nas suas próprias observações, sobre a frequência e o impacto com que gera determinado tipo de valor no dia a dia.

            Digamos que, em cada 100 circunstâncias de encontros sociais, familiares e profissionais, você acredita (isto mesmo, uma crença porque via de regra o “valor esperado” é significativamente distinto do “valor percebido”) que gerou o valor da felicidade em 50% deles. Desenhando isto numa análise típica de quadrantes, temos:

Figura 1. Análise de valor esperado.

            Isto quer dizer que, muito provavelmente, numa escala 0 a 5, sua autoavaliação sobre este valor específico da felicidade, seria algo em torno de 2,5.

Determinação do valor percebido

            Imagine agora que, numa espécie de enquete com 50 das 1.000 pessoas com quem você efetivamente interagiu nestes 100 encontros, apenas 5 (ou 10%) enxergaram de fato este valor em você. Teríamos então o seguinte quadro:

Figura 2. Análise de valor percebido.

            Notem que, na média, sua avaliação entre elas necessariamente está deslocada para o lado negativo (menor que 2,5), ficando possivelmente bem próxima de 1,0.

            Isto é, portanto, o que chamamos de “valor percebido”, aquilo que os outros enxergam sobre você dentro de certo espaço amostral. Importante observar que, segundo os conceitos estatísticos, quanto maior o espaço amostral, maior a precisão dessa medida.

Determinação do valor real

            Então, aplicando-se o modelo bayesiano que prevê o procedimento de atualização e validação das inferências (sua autoavaliação contra a avaliação dos outros), temos o que mais se aproximaria do seu “valor real” de felicidade, ou seja, algo entre 1,0 e 2,5, ou muito próximo de 2,0. Teríamos, mais propriamente, a seguinte análise de quadrantes para este caso:

Figura 3. Análise de valor real.

            Seria como se fizéssemos o teste com todas as 1.000 pessoas com quem você interagiu. Note como existem circunstâncias dúbias, ou seja, ocorreram casos em que você não gerou valor de felicidade e algumas pessoas entenderam que sim (100 entre 600), ou algo como 17% dos casos. Por outro lado, também houve casos em que você gerou de fato valor, mas este não foi entendido como tal (100 entre 400), ou 25% de incidência.

            Este tipo de análise estatística é muito interessante porque nos mostra como o pensamento consciente pode influenciar no fluxo do subconsciente e vice-versa… Mais um motivo para buscarmos o pleno domínio dos pensamentos e não ficar a mercê dos domínios do nosso subconsciente.

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Da obra no prelo VALOR: desvendando conceitos e quebrando mitos

VOLUME II – CULTURA DE VALOR: aforismos para uma vida plena

Corpo consciente

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A inércia, ou inapetência, é a maior inimiga do corpo consciente. De nada adianta arrumar uma desculpa para si ou para o seu médico… Fato é que a prática contínua de atividades físicas pode sim prevenir a ocorrência de diversas doenças crônicas e, consequentemente, mortes prematuras. Pelo menos é o que indica uma série de estudos científicos a respeito.1

            Os benefícios se dão, mais propriamente, por diversos efeitos fisiológicos, dentre os quais destaca-se aqui a melhoria do funcionamento do sistema imunológico. Evidências mostram que até mesmo alguns tipos de câncer podem ser sinalizados e contidos logo no início por conta do melhor desempenho autoimune.2   

Não é preciso ser um “superatleta”. Uma breve caminhada de apenas 30 minutos, quando praticada com frequência, já é o suficiente.3 Pessoa comuns, com uma jornada de trabalho de mais de 8 horas, ainda arrumam tempo para ir à academia quase todo santo dia… E aí reside outro grande problema: quando se esvai o maior objetivo que é a saúde e não o culto ao corpo!

Muitos, sem sequer perceberem, na verdade estão levando uma vida fútil, frívola, sem um propósito maior… E o resultado, invariavelmente, é um só: crise de estresse, depressão profunda, pânico!!

Vamos então propor uma terapêutica simples. Não precisa ser médico para estimular as boas práticas que melhoram a saúde e qualidade de vida. Mas lembrem-se, antes de mais nada, de pesquisarem sobre o Prof. Hermógenes: o pioneiro da Hatha Yoga no Brasil.

Se é a cabeça que já não anda funcionando como antes, pode esticar um pouquinho mais a soneca (uns 40 minutinhos já é o suficiente), três vezes por semana, e propiciar um aumento do tamanho do hipocampo, melhorando a memória.4 Ou ainda, se estiver adentrando na terceira idade, vai evitar as deficiências da senilidade devido ao estímulo do fluxo sanguíneo para o cérebro que ocasiona o aumento do tamanho do córtex pré-frontal e melhora o controle motor, da memória e do pensamento crítico.5

    Quando se trata da saúde do corpo físico, não adianta de nada atuar em qualquer etapa do ciclo de cultura de valor, seja reprogramando suas crenças ou cultivando pensamentos positivos, se você não fizer também a sua parte com relação aos mecanismos mais essenciais que regem a saúde do nosso corpo. Dores crônicas são capazes de tirar qualquer um do sério!

    Uma atitude consciente, segundo a ótica aqui abordada, perpassa pela conciliação de uma vida ativa fisicamente com uma vida igualmente ativa dentro das nossas mentes. Só assim você terá uma “intervenção mente-corpo” realmente efetiva, galgando os valores mais sutis de poder, prosperidade, pureza, paz, verdade, amor e felicidade. Não há outra forma de alimentar o espírito, senão pelo equilíbrio dessas duas dimensões da nossa existência física e sutil.

            Não vejo outra definição melhor para um “ser altruísta” que não aquele que gera estes valores em base contínua e os distribui a tudo e a todos que convive. E espero, caro leitor, que o ciclo da cultura de valor tenha se figurado como um meio para esta busca. Boa sorte nesta jornada!!

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Da obra no prelo VALOR: desvendando conceitos e quebrando mitos

VOLUME II – CULTURA DE VALOR: aforismos para uma vida plena

Saiba mais:

1. Warburton, D. E. et. al. (2006) Health benefits of physical activity: The evidence. Canadian Medical Association Journal, 174(6), 801-809.

2. Friedenreich, C. M. (2001) Physical activity and cancer prevention from observational to intervention research. Cancer Epidemiology Biomakers & Prevention, 10(4), 287-301.

3. Bassuc, S. S. et al. (2013) Why exercise works magic. Scientific Americam, 74-79.

4. Erickson, K. I. et. al. (2011) Exercise training increases size of hippocampus and improves memory. Proceedings of the National Academy of Sciences, 108(7), 3017-3022. Pereira, A. C. et al. (2007), An invivo correlate of exercise induced neurogenesis in the adult dentate gyrus. Proceedings of the National Academy of Sciences, 104(13), 5638-5643.

5. Calcombe, S. J. et al. (2006) Aerobic exercise training increases brain volume in aging humans, The Journals of Gerontology Series A: Biological Sciences and Medical Sciences, 61(11), 1166-1170. Calcombe, S. J. et. al. (2004), Cardiovascular fitness, cortical plasticity, and aging. Proceeding of the National Academy of Sciences, 101(9), 3316-3321.

Pensamentos conscientes

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Pensar de forma consciente é assumir que se entende e pratica-se, autômato e indiscriminadamente, o ciclo da cultura de valor. Em outras palavras, queremos dizer que as seguintes máximas foram, são e permanecerão plenamente incorporadas ao seu cotidiano:

  1. Assuma que a vida só existe porque há consciência: o centro de força da energia vital;
  2. Defina seu sistema de crenças, seja qual for… Apenas não fique em cima do muro! 
  3. Seja coerente ao pensar. Pense no que pensa, depois pense novamente, só então prossiga pensando… Isto é refletir.
  4. Fale com um propósito. E que este seja minimamente louvável… Caso contrário, o melhor é que guarde para si e olhe lá!
  5. Nada de mal há em levar uma vida contemplativa. Que seja resgatada a disciplina monástica, mas numa nova roupagem…
  6. Você é 100% responsável pelos seus atos? Espero que sim. Não existe destino, nem sorte e muito menos azar! Só carma.
  7. Lembre-se: valor, de fato, só se gera através de atos… E atos louváveis são raros aos que não praticam as outras máximas.
  8. Aja diferente. Pense diferente. Crie uma rotina de mudanças… Que esta seja a prerrogativa da sua vida! Nada é permanente.
  9. Gere valor. Tudo aquilo que tem impacto e é percebido… Será que, assim, as outras consciências irão propagá-lo? Decerto.
  10. Pratique estas máximas, rompa as amarras temporais e encontrarás, afinal, a Fonte de todas as criaturas: Deus.

Eis, caro leitor, o nosso “Decálogo da Consciência”. Que sirva tão somente como estímulo reflexivo, ou mais propriamente um breve convite para aqueles que anseiem por se perder num “romance com Deus”. Ter pensamentos conscientes é o primeiro capítulo – por certo o mais importante – dessa doce história chamada evolução criadora.

Você está preparado? Caso afirmativo, sem sombra de dúvidas, deves conhecer toda a obra de Paramahansa Yogananda: o grande propagador da Kriya Yoga nos tempos modernos, com especial ênfase no ocidente. Bata um Google, leia e verás! Depois experiencie… É isso.

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Autoria por Ricardo Barreto

Da obra no prelo VALOR: desvendando conceitos e quebrando mitos

VOLUME II – CULTURA DE VALOR: aforismos para uma vida plena

SAÚDE versus DOENÇA: § 13 – 15

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§ 13

Fatalidades do stress que não compensa. Existem situações ainda mais susceptíveis aos efeitos dos “sinais vibracionais” do stress descompensado (ou distress).[1] Na fase de gestação, por exemplo, a mãe que passar por situações de tensão exacerbada, seja por uma experiência traumática de curta duração ou pelo acúmulo contínuo de cargas de preocupações com o trabalho, podendo ocasionar, num limite, até mesmo a mutação gênica que se expressa na forma de uma má-formação do feto (ex. com o coração sem a válvula mitral). O resguardo do pré-natal é acima de tudo um respeito à vida. Deus o apraz. Benditas sois as mulheres que o fazem e que a consciência pese sobre aqueles que as perturbam!  

§ 14

Religiosidade dos hábitos saudáveis. Apesar dos esforços contrários encerrados pela “metodologia científica reducionista”, têm aparecido com frequência artigos e revisões da literatura em jornais de medicina conceituados sobre a ligação entre as práticas religiosas, oração e meditação como promotores de hábitos saudáveis e de sinais vibracionais que levam à saúde, tais como: longevidade; abstinência de álcool e cigarro; menores taxas de ocorrência de depressão; sentimentos subjetivos de bem-estar; menor envolvimento em crimes, delinquência ou comportamentos sexuais abusivos; melhor desempenho profissional.2

§ 15

Será que existe uma espécie de elixir da saúde? Conhecemos nos aforismos precedentes um cabedal de evidências científicas e ainda algumas especulações metafísicas para os efeitos benéficos ou deletérios das nossas crenças, pensamentos, ações e hábitos, como “geradores” ou “destruidores” do valor da saúde, integrando as etapas do nosso Ciclo da Cultura de Valor (CCV). Agora só depende de nós uma imersão nestas técnicas para escolher aquelas que melhor se adaptem à nossa rotina e visão do universo. No Epílogo desta obra apresentarei uma “fórmula de saúde”, física, mental e espiritual, capaz de banir, com grande eficácia, o antivalor da doença. Espero sinceramente que, a partir dela, você também encontre a SUA!


Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Da obra no prelo CULTURA DE VALOR: aforismos para uma vida plena

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Saiba mais:

[1] Segundo o Biomind, um conceito terapêutico que não distingui o corpo físico e energético, o stress é a resposta do corpo e da mente a toda pressão que perturba o seu equilíbrio. Ele pode ser benéfico (eustress) quando este estímulo está dentro do nosso limiar de adaptação, permitindo que o homem se adapte e se fortaleça diante das adversidades da vida, ou prejudicial (distress) quando ultrapassa esse limiar de adaptação e suas reações se perpetuam, corroendo o corpo. Conheça mais AQUI.

2. McCullough et al. Religion, Self-Regulation, and Self-Control: Associations, Explanations, and Implications, Psychological Bulletin, Jan. 2009, 135(1): 69-93.

Valor consciencial

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A busca incessante do Ser consciente pela satisfação de uma necessidade ou desejo, seja qual for seu estado (material ou imaterial), eis o significado apriorístico de “valor consciencial”.

Percebe-se valor, portanto, naquilo que se quer acumular ou manter ao longo da existência, tanto no plano físico como extrafísico (ou sutil, melhor dizendo).1 Deve-se destacar, no entanto, respeitando a dicotomia própria da Criação, que também existem os “antivalores conscienciais”. E o significado é justamente o oposto!

Os 7 principais valores e antivalores conscienciais a serem tratados aqui são diferenciados didaticamente pela manifestação existencial que pode se dar ora no plano físico, ora no plano sutil. Conheça a lista completa (28 valores e antivalores) e tenha-a na ponta da língua com uma técnica mnemônica bem bacana (vide nota). 2

Figura. Valores e antivalores conscienciais.

Cabe salientar mais uma categorização quanto ao objetivo da geração de valor (ou antivalor). Dizemos ser um “valor de estado” quando este se volta exclusivamente para a pessoa em si mesma. Por outro lado, um “valor de ação” ocorre quando o benefício (ou malefício) é colhido ou sentido por outro Ser ou Seres.

Somente as pessoas que cultivam em essência os “valores de estado” são capazes de manifestar os mais sublimes “valores de ação”… Isto é o que chamo de autorealização!

Temos, assim, o Amor como um típico “valor de ação” em que a doação é usufruída pelo Ser consciente assistido na forma de caridade. Já a Paz trata-se de um “valor de estado” que sentimos e cultivamos interiormente. Por ora, guardemos tão somente a lógica deste conceito. Serão abordados exemplos da categorização de valores mais a frente, na medida que discorrermos sobre cada um deles.

É, sem sombra de dúvidas, uma forma bem diferente de encarar a Riqueza, a Paz, o Poder, a Feiura… Veremos o quê devemos cultivar e o que devemos banir definitivamente das nossas vidas! Veremos ainda como o controle sobre os pensamentos, através da meditação ativa, representa a “chave” do processo de autossugestão.

Aprenderemos, afinal, a “reprogramar” nossas crenças (que disparam os algoritmos bioquímicos) e direcionar os pensamentos, sentimentos e a meditação para uma existência de plenitude, aquela em que Inteligência, Espírito e Consciência, os verdadeiros atributos, são coerentes e alinhados rumo ao Criador.

Comecemos perscrutando cada um dos 7 passos do Ciclo da Cultura de Valor – CCV. Somente aí estaremos de fato preparados para ampliar o entendimento sobre a Consciência, como ela nos afeta, como é afetada por outros Seres, conscientes ou não, e como ela é capaz de formar, na coletividade, a tão sonhada CULTURA DE VALOR, aquela que gera muito mais valor do que destrói!

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Da obra no prelo CULTURA DE VALOR: aforismos para uma vida plena

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Saiba mais:

1.  Sem desmerecer quaisquer proposições consideradas metafísicas, vamos encarar o plano extrafísico (ou sutil, melhor dizendo) como tão somente aquilo que não se observa no universo físico pelos instrumentos naturais, científicos e tecnológicos da época atual, independente da perspectiva do observador e do instrumento de observação utilizado (ou seja, sem divisão entre as visões newtoniana e einsteiniana).

2. Não por acaso, foram selecionados 7 valores (e antivalores) conscienciais, de modo a facilitar a lembrança pelos dias da semana e iniciais de cada palavras, formando assim um acróstico bem facinho, segundo as boas práticas da mnemônica. Veja o acróstico (PPPPVAF): Paz: domingo; Poder: segunda; Pureza: terça; Prosperidade: quarta; Verdade: quinta; Amor: sexta; Felicidade: sábado. 

Ciclo da Cultura de Valor (CCV)

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Qualquer animal, terrestre ou não, inclusive o próprio ser humano, carrega em si um foco singular de “energia vital”, também chamada de “energia criadora” ou “energia cósmica universal”, derivada da Fonte criadora de todas as consciências do universo: Deus.

Este, para mim, é um axioma propriamente dito! Já vimos, segundo o conceito milenar de karma, que a pureza da criação divina vai se perdendo ao longo da existência por interações mal sucedidas com outras consciências que afetam nosso Estado de Coerência e alimentam, desta forma, as atitudes destruidoras de valor.1

Existe uma única forma de resgatar esta pureza original da Criação: conectando-se constantemente à Fonte. Para tal é preciso atuar em duas frentes: primeiro a prática disciplinada da meditação/oração e, concomitantemente, desenvolver em si os valores outrora perdidos. Mas será que existe uma técnica sem quaisquer vínculos religiosos capaz de acelerar este resgate?

Longe da sofisticação do silogismo aristotélico,2 qual um fio condutor que nos guia pelos conceitos mais importantes a serem aqui apresentados, o Ciclo da Cultura de Valor (CCV) é a estratégia de escolha para reposicionar radicalmente o sentido das nossas vidas!

Ele prima pela prática e por isso abstêm-se dos debates filisóficos ou teológicos nos quais muitos se esbarram no caminho para o progresso espiritual. Afinal, como se processa no nível mental (digo dos algoritmos emocionais que disparam reações bioquímicas nos nossos cérebros) este tal CCV?

Foi Gandhi, o homem que libertou a Índia pela paz, uma consciência certamente à frente do seu tempo, através da palavra escrita, quem me inspirou decisivamente a traçar o Ciclo que é muito simples, constituído de 7 passos comportamentais e que nos propicia um método eficaz para busca do verdadeiro sentido da vida.3

Figura. O Ciclo da Cultura de Valor (CCV).

São deveras muitas e diversificadas as motivações por detrás dos nossos comportamentos, no entanto identificou-se um padrão processual que invariavelmente respeita a sequência dos 7 passos (ou máximas) enunciados pelo CCV, a saber:

  1. Ao “programar” nossa mente (algoritmos), nasce uma crença;
  2. As crenças geram, por sua vez, os pensamentos subjetivos;
  3. Os pensamentos se materializam, inicialmente, pelas palavras;
  4. As palavras são, muitas das vezes, seguidas por ações concretas;
  5. Já as ações, sejam recorrentes ou reincidentes, tornam-se hábitos;
  6. Sem os hábitos, por certo, não há concepção de valor consciencial;
  7. E tão somente os valores que conduzem ao que chamamos destino.

Alerto de antemão que este feito só será possível àqueles que se debruçarem num estado profundo de compreensão e prática dos mecanismos comportamentais que apresentaremos. Arrisco-me até a dizer, como Nietzsche o fez, que este preceito destina-se especialmente aos “espíritos livres”, aqueles seres impávidos e despidos de preconceitos. Os verdadeiros livre-pensadores de todos os tempos.4

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Da obra no prelo CULTURA DE VALOR: aforismos para uma vida plena

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Saiba mais:

1. Segundo o Dr. Rollin McCraty, Diretor de Pesquisas do Institute of HeartMath, a Coerência seria caracterizada pelo estado em que o coração, a mente e as emoções das pessoas estão em cooperação e alinhados energeticamente, liberando mais energia que se manifesta em resultados harmoniosos para uma vida plena. Para saber mais, acesse AQUI.

2. Um silogismo (do grego antigo συλλογισμός, “conexão de ideias”, “raciocínio”; composto pelos termos σύν “com” e λογισμός “cálculo”) é um termo filosófico com o qual Aristóteles designou a argumentação lógica perfeita, constituída de três proposições declarativas que se conectam de tal modo que a partir das duas primeiras, chamadas premissas, é possível deduzir uma conclusão. A teoria do silogismo foi exposta por Aristóteles em Analíticos Anteriores.

3. Gandhi foi o idealizador e fundador do moderno Estado indiano e o maior defensor do Satyagraha (princípio da não agressão, forma não violenta de protesto) como um meio de revolução. Inspirou gerações de ativistas democráticos e antirracismo, incluindo Martin Luther King Jr. e Nelson Mandela. Frequentemente afirmava a simplicidade de seus valores, derivados da crença tradicional hindu.

4. Pensamento livre ou livre pensamento é o ponto de vista, filosófico ou não, que sustenta que os fenômenos e todas as coisas devem ser formados a partir da ciência, da lógica e da razão e não devem ser influenciados por nenhuma tradição religiosa, autoridade ou qualquer dogma.