Genômica consciencial

#ricardobarreto #filosofia #genômicaconsciencial

Antes que me entendam mal, já respondo: não, este não é mais um “megaloprojeto” de sequenciamento genético, outrossim, mera divagação filosófica que pretende lançar uma hipótese minimamente ousada sobre a grande interrogação que assola a mente dos mais competentes biólogos moleculares do Brasil e do mundo!

Além do sequenciamento das bases nitrogenadas que constituem o DNA humano, o Projeto Genoma constatou que o código genético presente nas células da unha do nosso dedão do pé é simplesmente idêntico ao das complexas células neurais… [rss]

Persiste em nossas mentes, então, aquela dúvida cruel: o que exatamente determina a expressão de um determinado gene em uma célula especializada?

Pasmo fiquei ao fazer esta mesma pergunta a um dos maiores especialistas da época sobre o assunto na UNICAMP e obter a seguinte resposta categórica:

Esta é a grande limitação da ciência no momento, visto que conseguimos obter o livro, no entanto, estamos ainda bem longe de compreender sua linguagem”.

No meio acadêmico existem correntes que acreditam na influência da natureza conformacional da molécula de DNA como fator determinante das regiões gênicas expressivas. Mas mesmo que isto venha a ser comprovado um dia, o que além das interações supramoleculares determinaria estes diferentes arranjos conformacionais?

A constatação experimental destes fenômenos ainda é implausível experimentalmente dada a extrema complexidade dos referidos sistemas supramoleculares, mesmo com as mais sofisticadas ferramentas de cálculos computacionais e imageamento.

Tal limitação científica abre margem para proposição de modelos filosóficos hipotéticos, ou metafísicos como preferem denominar os detentores do método…

Sou um profundo admirador da filosofia, a qual tem sido inadvertidamente ignorada nos últimos tempos. Injusto o é haja vista que ela tem impulsionado o desenvolvimento da humanidade desde os seus primórdios, muito antes de se fazer ciência como a concebemos hoje.

A concepção da Conscienciologia, proposta por Waldo Vieira no século XX (vide Um olhar sobre a CONSCIENCIOLOGIA), postulou a existência de uma espécie de “envoltório consciencial” que une o corpo físico e a Consciência.

Outros estudioso da ciência de fronteira como Richard Gerber, em suas pesquisas no campo da Medicina Vibracional, propuseram uma espécie de “mapa energético” que contém as informações espaciais a respeito da matriz fisiológica que os organismos devem assumir.

Urge assim mais uma indagação um pouco menos perturbadora: não seria esta “matriz energética sutil”, ou o tal “corpo consciencial”, uma espécie de molde capaz de influenciar inclusive as conformações protéicas e por que não a expressão gênica?

Será que realmente somos literalmente “programados” por algoritmos moleculares via informações impressas em nosso “código consciencial”, as quais se expressam materialmente através de nosso código genético?

Mais recentemente a epigenética tem trazido luz científica à questão. Vamos aguardar as preciosas descobertas neste campo que ainda estão por vir…

De qualquer forma, isto não é metafísica nem conscienciologia e sim filosofia!

Seja pela biologia molecular, genômica ou epigenética, o que realmente importa é que a ciência avança a passos largos na compreensão da interação dos fenômenos da Consciência com as células do corpo e a manifestação de doenças somáticas, o que nos estimula ainda mais a continuar refletindo sobre os mecanismos da vida tanto na esfera física com extrafísica.

 

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  1. Barreto, R. L. LIVROVIVO: 2000-2002, 1a ed., Editor-Autor, 2003.
  2. Gerber, R. Medicina Vibracional, 1997, Cultrix, 12a ed., p. 98.
  3. http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/seminabio/article/view/5142/13877

Manifesto ao “cretinismo”

#ricardobarreto #crônicas #cretinismo

Quantos não o são?! Estes que “sabem o que julgam, mas ignoram o que não sabem”… Oh, Sócrates! Mestre dos imortais!! Ninguém jamais escapa ileso ao “cretinismo”, esta chaga que rumina até mesmo os doutos de sabedoria. Quem não tem seus momentos de afazia, neste mundo errante onde não há paz, só agonia!?!

No sentido literal, interpretado pelo senso comum da avassaladora maioria dos mortais, o “cretinismo” nada mais é do que a deficiência de desenvolvimento mental. Acontece que, se pararmos para observar suas manifestações mais profundas, constaremos estupefatos que é extremamente contagiante, como o mais temível vírus.

Já apregoava o grande Mestre que ninguém está ileso, pois vivemos desde os primórdios da humanidade entre “cegos guiando cegos”…

Como então não cairmos no abismo abissal da “santa ignorância”, haja vista que mesmo aqueles quase “super-homens” nietzscheanos vêm-se oprimidos e solitários diante dessa “demência” que assola a humanidade?

No Brasil parece que esta situação deplorável fica ainda pior. Quando não se houve falar da ladroeira institucionalizada, restam-nos os usuais comentários futebolísticos, a ciranda-remota dos “desinformantes” canais de televisão [agora YouTubers], ou o som infame do “tapinha”… [vixe, nesta época este era o hit de sucesso do verão]

Santa ignorância! Que fazer? Oh, Céus!! Por falar das “Alturas”, me perdoem os sinceros e desinteressados crentes d´alma: que sacrilégio, hein!?!

Segundo analistas da economia informal, um dos melhores “negócios” da atualidade [com isenção fiscal para ONGs] é abrir uma “igrejinha” lá para as bandas da periferia, bem pertinho daquele bar “destruidor de lares” e repleto da mais desoladora falta de perspectiva humana!

Como toda dicotomia, o tão manjado “ópio do povo” sempre mostra suas facetas e muito bem balanceadas… Certo, pastorado de araque?! Em nome de Jesus, o catzo!!

Cristo, o grande Mestre espiritual da civilização ocidental, vivenciava o amor desprendido dos anseios materiais, bem diferente destes aproveitadores da desgraça social. Quem nos dera ser “100 % Jesus”…

Quanto àqueles corruptos que impregnaram-se no poder, ou ainda aos que se opõem até chegarem lá [sim, esta história a gente já conhece aos montes e não só no Brasil], meus mais sinceros pêsames, pois vocês definitivamente “não sabem o que fazem”…

Enquanto não houver crescimento ético-moral, seja político, intelectual ou religioso, vamos continuar neste pardieiro! E o que mais me entristece são os “pequenos safados”!! Não pela gravidade das suas faltas, mas porque são muitos e somados  resultam nesta miséria social em que estamos assolados!!!

Vamos a um exemplo despretensioso de “pequena safadeza”. Outro dia [na verdade já faz um bom tempinho] fui ao cinema e não me atentei para o fato de que era quarta-feira (dia de meia-entrada). Dei, então, o valor integral do ingresso e não fosse pela namorada vigilante teria sido convenientemente enganado… Que desgrama!

Por este e alguns outros motivos aqui evidentes [só contar o número de exclamações, rss], a crônica livre talvez seja a forma mais adequada e direta de expressar tamanha indignação! Isto mesmo, colocar a boca no trombone!! Primando pela sua base fundamental: não importar-se com as consequências… Amo o preceito da liberdade de expressão.

Àqueles que porventura sintam-se ofendidos com qualquer crítica um pouquinho mais felina, mesmo que despretensiosa na sua intenção, perdoem-me pois presumo seja eu mesmo o maior alvo delas pelo simples fato de acreditar que na autoanálise reside a melhor forma de evoluirmos.

Salve a reforma íntima! Que ela seja, sempre, o mais verdadeiro “pão nosso de cada dia”.

 

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Monólogo de um poeta

 

HOMENAGEM: ao meu avô e consagrado poeta Silva Barreto

#ricardobarreto #poesia #poetas

FORMATO DO CONTEÚDO: poesia

TEMPO DE LEITURA: 00:00:34

Exorta-nos o poeta,

ao sentir com as letras

inspiração concreta,

o atributo mais sublime d´alma.

 

Com ele não se sabe o que é dor,

sem ele não concebe a alma

nem mesmo um Criador…

 

Onisciência, suprema inteligência,

perdida fica a mente ao ousar contemplá-la.

Verão as plantas algum dia a semente?

 

Deixemos estas questões para os Imortais!

Estes semi-Deuses, “Super-Homens”…

 

Deus,

aristotelicamente, ato puro,

ou, simplesmente,

segundo João, o apóstolo,

amor!

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Autoria por Ricardo Barreto

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  1. Barreto, R. L. LIVROVIVO: 2000-2002, 1a ed., Editor-Autor, 2003.

Um olhar sobre a CONSCIENCIOLOGIA

À primeira vista este termo pode nos parecer uma forçosa  elucubração linguística, mas se fugirmos das apelações neologísticas constataremos o valor da sua significância. E justamente na sua essência!

Ao pé da letra dir-se-ia que se trata do conhecimento da Consciência, a qual os dicionários continuam tratando de maneira simplista como sendo estritamente a “percepção do que se passa em nós”. Ou seja, além de injusto à sua importância humanística, a definição é totalmente aberta e imprecisa. Vamos mudar isto daqui para frente.

Talvez um dos primeiros estudiosos a utilizar este termo publicamente com outro sentido, elevando-o ao devido patamar, tenha sido o médico brasileiro Waldo Vieira em seu primoroso Tratado de Projeciologia.

Quis ele expandir as divisas da parapsicologia, criando um novo campo do conhecimento das ciências que estudam a mente, onde o escopo primordial é o entendimento da Consciência e as suas diversas formas de manifestação.

Sabe-se de longa data que a problemática consciencial tem sido discutida e estudada por diversos pensadores e cientistas ao longo da história da humanidade sob diferentes aspectos como alma, espírito, ego, self, prana, etc.

Chamou-me especial atenção a abordagem do filósofo alemão Emmanuel Kant, sobretudo ao confrontar o empirismo materialista de Hume com o seu racionalismo afiado. Disse ele que:

 

A consciência é o plano interior em que se processa a relação do sujeito com o objeto do conhecimento.

 

Vê-se que o objeto do seu racionalismo é a Consciência, ao passo que para o empirismo é a experiência… Encontramos aí o ponto de conturbação pelo qual os céticos materialistas e os crentes racionalistas não chegam nunca a um consenso!!

Ainda segundo Kant a Consciência manifesta-se de duas formas: a reflexão subjetiva pela qual cada indivíduo identifica a si mesmo e a reflexão profunda segundo a qual os seres comunicam-se entre si.

Nota-se a dualidade do processo cognitivo regido pela Consciência, em que por um lado reconhece o indivíduo a sua existência e por outro adquire conhecimento perceptivo. Isto é simplesmente maravilhoso!!

Pode-se inferir assim que o intelecto e a razão são as faculdades da Consciência que “corporificam” o conhecimento, muitas vezes inacessível ao experimentalismo materialista…

Numa abordagem distinta, transpondo o experimentalismo para o plano extrafísico, Waldo Vieira estabelece que a Consciência pode manifestar-se em três estados:

 

  1. Estado consciencial intrafísico;
  2. Estado consciencial extrafísico;
  3. Estado consciencial projetivo.

 

Necessário se faz neste ponto uma distinção entre a Consciência e o Espírito para que não se confunda os seus sentidos epistemológicos apesar da necessária complementaridade… Allan Kardec indaga em O Livro dos Espíritos (questão no 23):

 

“_ Que é o Espírito?”

“_ O princípio inteligente do Universo.”

 

Fica claro aí que o Espírito é a essência divina e imaterial do ser (não só humano), enquanto que a Consciência seria toda e qualquer manifestação do mesmo, independente do plano existencial (físico ou extrafísico).

Nesta linha podemos imaginar o pensamento como uma manifestação do Espírito através da mente que se processo fisicamente por impulsos eletroquímicos no cérebro onde fica a porta de comunicação interplanar dentro do nosso corpo.

Herculano Pires faz esta distinção com a sua costumeira elegância em obra basilar intitulada Os Filósofos:

 

“A causa das ideias é uma substância ativa incorpórea, ou espírito”.

 

Sempre que possível gosto de simplificar os conceitos e presumo que neste caso não se perderia a sublimidade de sentido se considerarmos a Consciência como sendo:

 

O atributo do Espírito de ter ciência de si e de ser percebido através de suas manifestações.

 

Seria de certa forma não muito diferente do “penso, logo existo” de Descartes… Poderíamos nos arriscar aqui a fazer algumas extrapolações quanto a outras indagações naturais neste contexto, mas vamos deixar este debate em profundidade mais para a frente.

E as conclusões virão naturalmente como que por indução intuitiva… A melhor forma criativa! Alimento para Espíritos livres como Waldo!! Salve o guru dos gurus!!!

 

Autoria por Ricardo Barreto

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Para saber mais:

  1. Barreto, R.L. LIVROVIVO: 2000-2002, 1a ed. Editor-Autor, 2003.
  2. Vieira, W. Projeciologia, 1999, IIPC, 4a ed., p. 1.
  3. Vieira, W. Conscienciologia, 1994, IIPC, 1a ed., p. 1.
  4. Kardec, A. O Livro dos Espíritos, 1992, IDE, 75a ed., p. 1.
  5. Pires, H. Os Filósofos, 2000, FEESP, 1a ed., p. 224.

 

A loucura benigna

Quem nunca ouviu esta frase machadiana de O alienista?

De médico e louco, todo mundo tem um pouco!

Bem, ao refletir sobre a problemática da loucura, vieram-me à mente as seguintes indagações:

Será realmente que somos todos loucos? Por que a loucura pode nos levar tanto ao sanatório como a uma posição de destaque entre as mentes geniais?? Afinal, qual o verdadeiro conceito que está por trás deste estado mental tão temeroso???

Evidentemente que as respostas estão muito longe do trivial! São elas tão abrangentes quanto a experiência de cada um sobre o tema… Seguindo-se a linha de raciocínio, aliada à convivência com os poucos “loucos” que tive oportunidade de conhecer pessoalmente, arrisco-me a sugerir uma teoria tão ousada quanto a minha própria pretensão!!! [rsss]

Como seria possível de tornar a loucura uma ferramenta evolutiva, algo assim benigno?

Inverossímil enveredarmo-nos nestes campos obscuros sem a luz dos conceitos anteriormente estabelecidos, cuja abordagem esclarece aspectos fundamentais como os diferentes níveis da Consciência (inconsciente, subconsciente e consciente), o fluxo informativo entre eles, a memória integral e os tais dos Estados Alterados de Consciência (EACs).

Comecemos então nossa análise. Conversando com um amigo filosófico na época da faculdade, este me confessou ter também grande apreciação pelos “loucos”. Então travamos o seguinte diálogo:

_ Meu caro, considero que os loucos são a nossa maior fonte de aprendizagem! O que achas?

Não contente ele ainda acrescentou:

_ Loucos são somente aqueles que não têm consciência da sua loucura…

Respondi mais do que entusiasmado:

_ Formidável o que acaba de dizer, meu amigo!

A loucura, portanto, nada mais é do que um descontrole do fluxo informativo entre o nosso inconsciente, subconsciente e consciente. Se eu estiver em um restaurante público e ao receber uma mensagem do subconsciente mandando que eu tire a roupa e assim o fizer, podem me mandar para o manicômio porque já estou de fato “doido varrido”!!

Acontece que nem sempre estas ações descontroladas são indesejáveis, podendo ser algumas das vezes determinantes para o nosso sucesso tanto amoroso e até mesmo profissional! Grandes gênios das ciências e das artes, como Mozart, Einstein e Leonardo da Vinci devem ter vivido constantemente sob EACs controlados…

Vemos assim que há uma linha bem tênue entre a loucura e a genialidade, sendo que o que rege o equilíbrio entre estes estados é a nossa capacidade de controlar o fluxo informativo entre nosso subconsciente, inconsciente e consciente.

Tenho outro amigo mais filosófico ainda (este dos tempos da escola secundária), cuja admirável capacidade intelectual nunca o transformou em uma pessoa orgulhosa e arrogante como a grande maioria daqueles que se julgam inteligentes… Só para se ter uma noção, seu pai me confidenciou que na ocasião da passagem do cometa Halley, mais precisamente em 9 de fevereiro de 1986, quando tinha meros oito anos de idade, ele proferiu uma palestra sobre astronomia para especialistas de todo país no Observatório de Capricórnio em Campinas-SP. Dá para imaginar?! Hoje não tenho dúvidas de que ele estava constantemente sob EACs, no entanto isto se dava de forma tão sutil e controlada que só recentemente pude perceber.

Vale ressaltar ainda, dentro desta lógica,  que as manifestações mediúnicas seriam outro tipo de fluxo informativo para o estado consciente, só que oriundo de uma Consciência externa ao plano físico. Neste caso, o chamado médium (sob EAC)  atuaria como um canal de comunicação, provendo o fluxo informativo entre planos normalmente incomunicáveis! Não nos surpreenderíamos agora ao perceber que muitas crenças espiritualistas se baseiem justamente nesta fenomenologia…

Hão de concordar comigo que a racionalização da loucura elucida uma série de fenômenos psíquicos, os quais muitos psicólogos e psiquiatras consideram ainda inexplicáveis ou erroneamente paranormais… Ademais, convencemo-nos que seja este talvez uma espécie de “tratamento de choque” a que todos nós deveríamos nos submeter, para desenvolver nossas potencialidades cognitivas. Em suma: praticar o controle dos seus EACs é o primeiro passo para tornar sua loucura, enfim, benigna!!

Autoria por Ricardo Barreto

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  1. Barreto, R.L. LIVROVIVO: 2000-2002, 1a ed. Editor-Autor, 2003.

As quatro estações da vida

A natureza se revela muitas das vezes através de ciclos temporais. É o que se observa, por exemplo, com o clima que sofre variações de temperatura bem determinadas ao longo do ano. Tais alterações, em realidade, decorrem da variação de proximidade entre as diferentes regiões do nosso planeta com relação ao Sol.

Didaticamente é sempre muito útil dividir estes ciclos em fases caracterizadas de acordo com suas propriedades específicas no tempo. Daí surge o conceito das quatro estações do ano. Entretanto, a atribuição de tais propriedades para certos ciclos humanos torna-se imprecisa, devido às falhas de compreensão fenomenológica na escolha dos parâmetros causais.

Segundo a OMS, divide-se a vida humana de acordo com a condição funcional do binário corpo/mente em cinco fases:

  1. Infância (1 – 12 anos);
  2. Adolescência (13 – 20);
  3. Juventude (entre os 20 e 30);
  4. Fase adulta (entre os 30 e 60);
  5. Terceira idade (depois dos 60).

Fazendo-se uma considerável mudança de parâmetros causais, ao se considerar como propriedade primordial a maturidade filosófica, Pitágoras fez jus ao ditado de que “a vida começa aos 40”! Para ele a vida também se distribui em fases só que anacronicamente diversas às usuais. Mais interessante ainda é a analogia que faz com as quatro estações do ano…

Esplêndido! Somente um “amante da sabedoria” faria tão sublime analogia!!!

Presumo que seja louvável acrescentar apenas um discernimento em virtude das elucidações originárias da literatura védica e difundidas no ocidente por uma série de doutrinas espiritualistas. Trata-se da concepção da existência de encarnações sucessivas, rompendo o paradigma da evolução restrita à tênue linha temporal de uma vida…

Nosso cotidiano está repleto de dicotomias neste sentido, haja vista a existência de crianças e adolescentes mostrando-se por vezes mais “sábios” do que muito adulto ou ainda prodígios das artes e das ciências revelados em tenra idade.  Veja o caso mais recente do pianista chinês Lang Lang que aos 5 anos de idade ganhou o Concurso de Piano Shenyang e tocou em seu primeiro recital público (não é preciso voltar na época de um Mozart…). Dá para acreditar uma performance de Rachmaninoff nesta idade?! [confiram ao final o video no YouTube] É indiscutível a existência de muitos outros pontos fora da reta!

Apesar de estarmos falando aqui de “objetos da crença humana”, segundo a lógica filosófica de uma existência consciencial que sobrevive à morte do corpo físico e que, pelo menos em teoria, poderia assumir outros corpos em continuidade à sua jornada evolutiva, deve-se louvar os mais recentes avanços da ciência no sentido de comprovar a sua existência, tanto em humanos como em outros animais (vale a leitura completa da Declaração da Consciência de Cambridge). Um texto primoroso àqueles que precisam ver para crer!

Por certo ainda um pequeno passo para os crentes convictos e praticantes que estão a anos luz em termos de auto-realização, mas sem dúvida “um grande passo” para implacável comunidade científica! E olhem que até o grande físico Stephen Hawking esteve por lá…

Muito bem. Resta-me, pelo menos por ora, o consolo de saber que em breve entrarei nos “enta” e somente começando minha fase da juventude pitagórica!!!

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  1. Barreto, R.L. LIVROVIVO: 2000-2002, 1a ed., Editor-Autor, 2003.
  2. Acesso ao texto da Declaração de Cambridge sobre a Consciência em: http://fcmconference.org/img/CambridgeDeclarationOnConsciousness.pdf
  3. Assista ao video de Lang Lang: https://www.youtube.com/watch?v=e-x01ddG0x4

Conhecimento, inteligência e moral: uma tríade que faz a diferença!

É perceptível certa confusão na aplicação destas palavras pela grande maioria das pessoas, sejam elas cultas ou ignorantes. Todos os seres humanos são dotados de inteligência, simplesmente por serem munidos de um computador muito avançado: o cérebro.

Isto significa que a inteligência nada mais é do que a faculdade de se pensar. Como tal, ela precisa ser desenvolvida através da prática. Assim como os músculos, o cérebro também necessita de exercícios, muito embora alguns prefiram um tríceps bem desenvolvido do que um cérebro “bombado”!

Já o conhecimento, por sua vez, é o arcabouço de todas as experiências adquiridas em virtude da boa aplicação da inteligência. Portanto, a melhor maneira de se desenvolver intelectualmente é através da prática intelectiva, como através da leitura, jogos, solução de problemas, artes, etc.

E a mente: onde fica nesta história toda? Digamos assim: esta é a que faz o “argamassa” entre o cérebro e a inteligência. Seria como os códigos de programação, ou melhor, os algoritmos que regem o pensamento e se materializam em nossos cérebros através de reações bioquímicas.

Os mais instigantes devem ainda estar se perguntando: faltou a Consciência? Bem, esta é uma outra longa história que deixaremos para tratar num capítulo a parte… Haja assunto!

Alguns acham que pelo simples fato de possuírem um currículo primoroso são dotados de inteligência privilegiada. Grave equívoco! Isto porque pessoas simplórias como um lavrador podem demonstrar inteligência superior à de um erudito…

Então, o que de fato os diferencia? Com certeza a resposta é muito ampla, dependendo do ponto de vista de cada um. Se fôssemos nos basear simplesmente nas definições dadas acima, chegar-se-ia facilmente à seguinte conclusão: o diferencial é o conhecimento.

Entretanto, como reencarnacionista que o sou, acredito que o nosso conhecimento é o resultado de todas as nossas experiências existenciais, inclusive as pregressas de outras vidas no plano físico ou extrafísico (veremos mais detalhes sobre este tema quando falarmos da Consciência). Neste sentido, aquele que hoje não passa de um humilde lavrador, em outra encarnação pode ter sido um grande cientista!

Existe outro elemento não mencionado ainda que influi diretamente tanto na inteligência como também no conhecimento… Ele é a moral. Poder-se-ia defini-la, essencialmente, como sendo a faculdade de se fazer o bem.

Quando o indivíduo é dotado de bons princípios, tudo o que ele produz tem grandes chances de dar certo, enquanto que a pessoa dotada somente de más intenções já parte equivocada, de modo que suas obras serão inexoravelmente inócuas.

Conclui-se, daí, que sábio é aquele que sabe harmonizar a tríade: inteligência, conhecimento e moral. O caminho é demasiado longo, no entanto, todos podem e deverão chegar lá. Pelo menos um dia!

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A memória e o tempo

Há tempos tenho refletido sobre esta problemática e sempre chego a novas concepções, visto que o assunto é inesgotável.

O ensejo desta análise vem da necessidade de se desenvolver nossas capacidades cognitivas quanto à utilização deste poderoso, mas muito mal utilizado recurso: a memória. No entanto, qualquer tentativa neste sentido seria absolutamente implausível sem a devida compreensão dos conceitos de tempo e memória.

Partindo-se do preceito da existência consciencial verdadeira no plano extrafísico e de sucessivas encarnações  no plano físico, poder-se-ia considerar que o ser integral é o somatório de todas as suas experiências pregressas, as quais devem encontrar-se armazenadas no arcabouço denominado ‘memória integral’.

Este conceito foi discutido com excelência no livro de Hermínio C. Miranda, cujo título inspirou este ensaio.  A memória, segundo a psicologia moderna, pode se dividida em três elementos básicos: o consciente, o subconsciente e o inconsciente. De fato, mas o que realmente nos interessa é o entendimento da dinâmica de funcionamento e intercomunicação entre tais elementos. Usaremos, como analogia, o modelo geológico do nosso planeta para melhor entendermos essa sinergia.

Sabe-se que a Terra é constituída, essencialmente, de um núcleo central, envolto por camadas sucessivas de magma líquido, um manto de consistência mais viscosa e a crosta terrestre, sólida, onde pisamos. A ‘memória integral’ pode ser compreendida da mesma forma, considerando-se o núcleo como sendo o ser instintivo, o magma seria o inconsciente, o manto o subconsciente e a crosta o consciente.

O ser instintivo seria a Consciência logo após sua criação (notar a diferença de consciente e Consciência); o inconsciente é a região onde ficam armazenadas as experiências das vidas passadas (no plano físico), já o subconsciente seria onde ficam guardadas nossas lembranças da vida atual, enquanto que, no consciente, ficariam somente os registros mais recentes da vida terrena.

O entendimento de como se procede o fluxo informativo entre estas ‘regiões conscienciais’ é muito importante para compreensão da dinâmica de funcionamento da ‘memória integral’. A mobilidade das informações cresce na progressão sólido, líquido viscoso e líquido. Sendo assim, poder-se-ia inferir que o inconsciente (magma líquido) possui a maior mobilidade dos registros, seguido do subconsciente (manto líquido e viscoso) e o consciente (crosta sólida).

Chegamos ao cerne de nossa abordagem e podemos agora responder uma questão de importância colossal! Como tirarmos o máximo proveito da nossa ‘memória integral’ ?

Basta trabalharmos mais com os registros localizados no sub e inconsciente. Estamos demasiadamente habituados a utilizar somente os registros do consciente, onde as informações, devido à baixa mobilidade, estão praticamente “cristalizadas”. É por isso que muitas vezes não nos lembramos de algo…

Para uma melhor compreensão, podemos ainda dividir o exercício da memória em duas fases: a gravação e a leitura. Quando queremos armazenar uma informação, o segredo é mandar uma mensagem para o subconsciente gravá-la. Claro que isto não é nem um pouco trivial, por requerer extrema concentração.

No outro caso, em que desejamos lembrar daquilo que foi registrado, precisamos emergir o registro do subconsciente. Para isso é necessário criar um canal de comunicação entre o consciente e o subconsciente, o que é conseguido somente sob Estados Alterados de Consciência – EACs (abordaremos este tema mais amiúde).

Portanto, o resgate e a análise das ocorrências registradas em nossa ‘memória integral’ são de suma importância para que se consiga tirar lições e aplicá-las em nossa existência, independente do plano. Ademais, vale ressaltar ainda que o primeiro passo é simples: fazermos um bom uso do nosso consciente, mantendo-o sempre “limpo” para que a Consciência possa, enfim, “aflorar”…

Como no computador, quando sobrecarregamos nossa memória, ela fica cada vez mais lenta, até o limite em que trava! Neste ponto, só um boot mesmo poderia sanar o problema.

 

Autoria por Ricardo Barreto

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Para saber mais:

  1. Barreto, R.L. LIVROVIVO: 2000-2002, 1a ed., Editor-Autor, 2003.
  2. Miranda, H.C. A Memória e o Tempo, Lachâtre, 6a ed., p. 17, 1999.