PUREZA versus KARMA – 115 – 117

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§ 115

Fenômenos de materialização e ressurreição. Não é nada fácil de acreditar, porém são inúmeros os credos religiosos com relatos deste tipo de fenômenos que só acontecem entre os puros ou praticamente livres de karma… Sabemos que onde há seres “santos”, há milagres! E milagre nada mais é do que um evento inusitado que choca a humanidade e cuja explicação ainda é desconhecida da ciência. São, via de regra, conduzidos por seres evoluídos, versados nas técnicas de manipulação da energia cósmica universal. Existem inúmeros relatos de fenômenos de materialização de objetos, curas de enfermos irreversíveis e, o mais impressionante de todos os fenômenos de materialização: a ressurreição. Recentemente tomei contato com relatos de fiéis do grande líder espiritual indiano, Sai Baba, que era capaz de materializar objetos tão variados quanto um relógio de ouro ou operar curas inacreditáveis de paralíticos.1 A materialidade dos fatos é inequívoca, com testemunhos recentes de inúmeras autoridades científicas e de diversas religiões. Já a ressurreição é um fenômeno bem mais raro. Acontece no intercurso evolutivo da humanidade quando seres muito evoluídos, que já se libertaram da necessidade de reencarnar, carecem de se manifestar com uma missão evolutiva específica, através de comunicação individual e/ou coletiva. Talvez o caso mais conhecido tenha sido a ressureição de Jesus Cristo que foi crucial para sustentar a fé entre seus discípulos e apóstolos. Paramahansa Yogananda, em sua autobiografia, também relata materializações e aparições lúcidas do seu guru Sri Yukteswar.2

§ 116

Perturbações da mente consciente e subconsciente. Já falamos um pouco sobre como podemos acessar estados de “superconsciência” através da concentração seguida de meditação. Também reforçamos o poder dos estados meditativos para manter o controle da mente. Agora veremos o contrário:

O que realmente nos tira do sério ou nos faz sorrir? Na verdade, não se trata de “algo” ou “alguém”. O grande segredo está em aceitar que só depende de nós mesmos…

Nós somos 100% responsáveis pelo que nos acontece! É o nosso karma que determina o agora, o daqui a pouco e o mais adiante… São, na verdade, os “gatilhos emocionais” que disparam determinada ação (ou reação) ligada à interpretação da nossa mente sobre aquele fato, a qual pode ser positiva, neutra ou negativa, de acordo com as experiências “gravadas” em nossa memória consciente ou subconsciente. A visão budista é um belo exemplo dessa teoria milenar, da época dos Vedas indianos. A explicação para todo sofrimento provém de apenas duas condições: o apego ou a aversão. Ou sentimos “apego” por algo que nos atrai ou sentimos “aversão” por algo que tenhamos experiência traumática anterior. Se me apego demais a alguém e esta pessoa morre ou me deixa, sofro imensamente. Ao passo que, se tenho pavor de altura e sou forçado a viajar de avião, dá arrepios só de pensar! Para complicar ainda mais, quando durmimos, a mente subconsciente popula a “tela dos sonhos” com um mix de todos estes medos…            

§ 117

Karma coletivo e evolução planetária. Existe muita gente que já se apercebeu que esta pandemia vai muito além da tragédia humanitária dos lares arrasados pelas vítimas do Covid-19, dos desafios contra o relógio para médicos e cientistas, das “cabeçadas” políticas aqui e até mesmo em nações desenvolvidas para organizar o sistema de saúde, das empresas farmacêuticas impulsionando seus balanços com uma verdadeira “corrida pelas vacina”, dos impactos macro e microeconômicos como desemprego e pressão inflacionária empobrecendo ainda mais a população das economias pobres e emergentes, bem como tantos outros efeitos que não nos venceriam as páginas… Primeira grande lição de tudo isso: o vírus (ou melhor, a natureza) merece respeito! Precisamos conhecer os limites da biologia molecular e tantas outras ciências que estão “brincando de deuses”, haja vista que os resultados podem ser catastróficos para toda humanidade. Do ponto de vista espiritual, o significado pode e deve ser muito positivo. Tanto que Divaldo Franco, expoente da doutrina espírita no Brasil, está apregoando que os grandes Mestres do plano sutil, estão em uníssono com os preparativos de transição do mundo de provas e expiações para o mundo de regeneração.3 Será mesmo este o significado de tudo isso?! Bem, o karma coletivo perante o planeta Terra é um só, mas o “remédio” certamente é diferente para cada povo e seus diferentes graus de responsabilização. De qualquer forma, a evolução como um todo é inconteste, assim como o foi nos dois períodos pós-guerra que amargamos no século XX, a gripe espanhola e tantas outras epidemias e guerras em diferentes escalas e países que marcaram decisivamente nossa história e, acima de tudo, o nosso porvir!      

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Da obra no prelo VALOR: desvendando conceitos e quebrando mitos

VOLUME II – CULTURA DE VALOR: aforismos para uma vida plena

Saiba mais:

1. Murphet, Howard, Trilhando o caminho com Sai Baba, 5a ed., Rio de Janeiro: Nova Era, 2010.

2. Yogananda, Paramahansa, Autobiografia de um Iogue, 3a ed. Self-Realization Fellowship, 2016.

3. Divaldo Pereira Franco, No Rumo do Mundo de Regeneração, Editora Leal, 1ª edição, 2021.

PUREZA versus KARMA – 112 – 114

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§112

Propósito da economia consciencial. Numa economia em que o valor não reside mais em riquezas materiais do plano físico, qual seria o seu principal ativo? Algo intangível é claro, mas que ajude a elevar a consciência, ou seja, torná-la mais lúcida.

Uma consciência mais lúcida é aquela que está numa busca constante pela conexão com o Criador, até atingir o que os iogues chamam de autoiluminação ou autorealização.

No topo da escala de lucidez, ou seja, no estado de autoiluminação ou autorealização, podemos dizer que o corpo, a mente e o espírito se fundem num só, em conexão plena com a consciência cósmica. É através dessa conexão que se permite que a “energia criadora” (ou energia vital) crie, flua e sustente a vida na Terra e outros mundos. São acessadas camadas inacessíveis do plano sutil que só os estados meditativos da “superconsciência” são capazes de desvendar. No budismo chama-se tal estado de nirvana e na cultura yogue de samadhi. Na maior parte do tempo, quando encarnados, estamos no estado de “vigília consciente”, em que a mente, guiada pela “Consciência”, mantém o controle total sobre nossas pensamentos e ações. Somente durante o sono, quando se libera o “subconsciente”, é possível alguma conexão entre nossa alma e as camadas mais elevadas. Como já dizia Paramahansa Yogananda, se não dormíssemos a vida se tornaria insuportável! Os níveis elevados de consciência, portanto, não dependem de riquezas ou estados mundanos e sim da nossa capacidade de controle da mente em estados meditativos. A cada instante determina-se o quanto deveremos viver para voltarmos ao estado original. Este é o único e verdadeiro propósito da economia consciencial.

§113

Evoluindo da inovação social para inovação consciencial. Digamos que a humanidade já tenha atingido o estágio de “inovação social”, aquela que cria valor para sociedade e não somente para indivíduos ou um pequeno grupo a ele associado na forma de empresas.1 Esta na hora de evoluirmos para o próximo estágio: o estágio da “inovação consciencial”. É esta capaz de nos elevar para outros patamares existenciais e que pode tomar uma escala global (na verdade universal) conferindo verdadeiras “fortunas” em termos de valores no plano sutil. Mas os “bilionários”, neste caso, são seres como um São Francisco de Assis, Buda, Jesus Cristo, Madre Tereza, Chico Xavier, Babaji e mais alguns outros seres “santos” que compõem esta lista limitada no nosso planeta de provas e expiações. Só vencem aqueles que se tornarem “bilionários” de fato, mais propriamente aqueles que geram karma positivo para toda humanidade e não somente para eles! Na chamada economia consciencial não adianta simplesmente manter o saldo positivo… É preciso ir além. É preciso tornar-se o próprio Buda, ou senão, comungar com o espírito da “consciência crística”.

§114

Mais sobre a autorealização e autoiluminação. Como você descreveria o estado de pureza alcançado por estes seres santificados? Imagino um estado dependente de conexão e liberdade plena. Ou seja, aquele em que o ser permanece constantemente conectado a Deus e, consequentemente, não tem a obrigatoriedade de estar em dado lugar, nem de interagir com dadas consciências. Atingi o que chamamos de onipresença, ou ubiquidade espiritual. A mobilidade não tem amarras veiculadas pelos próprios pensamentos. São totalmente controladas as projeções lúcidas, sempre com um propósito de criação de valor para outras consciências. Não existe mais as preocupações de criar valor para si porque já se encontra repleto de valor. Mesmo que ainda não se encontre exatamente no ceio de onde partiu, goza da certeza de que já reverteu a “rota de fuga” e se aproxima cada vez mais rápido da fonte criadora, a Consciência cósmica universal.

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Da obra no prelo VALOR: desvendando conceitos e quebrando mitos

VOLUME II – CULTURA DE VALOR: aforismos para uma vida plena

Saiba mais:

1. Sílvio Anaz, HSM Management, A inovação social aponta novos caminhos para as empresas, março/abril de 2014 (p. 58).

PUREZA versus KARMA – 109 – 111

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§109

Uma conta de valores. Eis uma palavrinha indiana tão pronunciada hoje em dia, mas tão mal compreendida: o karma! Na verdade, certo mesmo seria dizer que ela é outrossim muito mal administrada… Seria como uma típica conta bancária em que os “depósitos” equivalem ao valor que criamos em nossa existência sutil e, por outro lado, os “débitos” equivalem ao valor que destruímos. Mas qual seria o saldo inicial desta conta? Sempre nulo como há de ser. Nossa conta é “aberta” somente no momento da criação da nossa consciência. Sem histórico bancário, diz-se que o ser consciente é puro, “à imagem e semelhança do Criador”. Preceito este completamente coerente do ponto de vista metafísico, dado que a Fonte não poderia criar (ou emanar) nada que não estivesse em consonância com o seu padrão vibratório. Ou seja, no momento da criação somos puros porque ainda não temos saldo algum: nem positivo, nem negativo! Ainda não fizemos nenhum depósito nem pagamos contas oriundas da nossa interação, construtiva ou destrutiva, com o universo e seres que nos rodeiam a partir do tempo (T0), qual seja o momento da nossa criação.

§110

Nosso tempo também é curvo. Einstein conseguiu comprovar de maneira brilhante que “o tempo é curvo”. Ora, pode parecer uma grande bobagem, mas o que será que ele nos responderia ao indagarmos como poderíamos determinar nosso T0? Não há experimento mental capaz de tal proeza, nem mesmo para um Einstein! As dimensões de tempo oscilam a cada diminuto instante. Dependem do nosso padrão vibratório e do ambiente que nos cerca (do “éter”, como já chamaram um dia e talvez voltem a chamar…). Não teríamos como fazer um retrospecto de cada instante, cada momento de interação com o universo físico e sutil, os seres que o permeiam e cujas realidades temporais são completamente distintas. Para medirmos este tempo, nos depararíamos com o paradoxo da impossibilidade de o fazê-lo com precisão, sem afetar a realidade do que se está sendo medido, ou seja, do que se é de fato… Para medirmos teríamos de deixar de existir como entidades reais! Isto mesmo, como o momento de uma partícula, assim fica mais claro o entendimento pelo menos aos leitores físicos ou estudiosos de plantão. Deveras complexo, mas quem disse que seria mais ou menos interessante se não o fosse. 

§111

Existem débitos e débitos. A classificação dos débitos em conta é muito simples e depende basicamente de duas variáveis que dizem respeito à sua “origem” e “intencionalidade”. No primeiro caso sabe-se que podemos ter débitos cuja causa primária se originou por nós mesmos (I) ou por conta de um evento externo (II), ou seja, do meio em que convivemos. Com relação à intencionalidade, há, por sua vez, os débitos voluntários (a) ou involuntários (b). Se cometo adultério, afligindo um relacionamento de anos de amor e confiança, gero um débito do tipo (Ia), em que eu mesmo fui o causador intencional da aflição. Por outro lado, se um motorista de ônibus atravessa o sinal vermelho e arrasta o seu carro por uns 20 metros, retirando a vida da sua filha que dormia tranquilamente no banco de trás e, num ato de fúria, você sai do carro, ainda cambaleante, e desfere golpes no tal motorista até desfigurar sua face, temos aí um débito do tipo (IIb). Aquele em que a causa primária foi externa (o motorista que irresponsavelmente furou o sinal vermelho) e involuntário no sentido de que o pai saiu completamente do seu estado de equilíbrio emocional, mesmo que por um instante, e cometeu um ato que nunca cometeria em juízo perfeito! Notadamente, até mesmo a lei terrena de responsabilidade civil tem seus atenuantes nas penas para este tipo de situação.

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Da obra no prelo VALOR: desvendando conceitos e quebrando mitos

VOLUME II – CULTURA DE VALOR: aforismos para uma vida plena