SIMPLICIDADE versus COMPLEXIDADE § 76 – 78

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§ 76

A “meia-vida” da alma ou da consciência. Será que nossa gênese pode ser determinada assim como a das estrelas e galáxias? Digo a da alma, o atmã, puro em essência do Criador. Dele, qualquer rastro no plano físico seria um contrassenso, mas da consciência, através da qual ela se manifesta, muito provavelmente… Só não se sabe como, ainda! Alguma “impressão” do momento da criação, na Fonte, nós devemos carregar em nosso “corpo consciencial”. A meia-vida de um átomo não é determinada pela sua atividade radioativa? Por que então, da mesma forma, não poderíamos pensar em determinar a “meia-vida da consciência”, medindo a sua “atividade consciencial”? Parece deveras uma viagem metafísica, certo?! Aguardemos, então, a evolução da ciência neste campo, dos estudos da mente humana, porque, antes de mais nada, precisamos desenvolver os instrumentos capazes de medir esta tal “atividade consciencial” que certamente existe e é detectada pelos seres sensitivos. Ainda não conseguimos sequer comprovar a sua existência, a da consciência e não da alma, muito embora eu acredite piamente nela, assim como também nos dogmas científicos que a sociedade deverá romper para chegar na verdade.

§ 77

Mais sobre o “corpo consciencial”. Já vimos sua distinção com relação à consciência propriamente dita. Também já vimos que a alma é a nossa verdadeira essência divina, enquanto a consciência é apenas o canal de comunicação com a mente que se manifesta, afinal, no plano físico. Já o “corpo consciencial”, por sua vez, é composto pelos campos energéticos (ou vibracionais) gerados pela consciência e não necessariamente pela alma. Lembre-se, existe uma multitude de entidades que podem se manifestar através dela, a começar pelo subconsciente egoico: a principal ilusão existencial gerada pela própria mente. Todo corpo consciencial resulta, portanto, de interferências construtivas e destrutivas de ondas geradas pelos próprios pensamentos e também pela interação com o meio à sua volta que representa um verdadeiro “oceano energético”. Aqui, deve-se observar que os pensamentos são comandados pela consciência, promovendo assim as manifestações físicas. Ressalta-se ainda que nos seres mais evoluídos, aqueles que já romperam os percalços até atingir samadhi,1 a consciência é dirigida quase que absolutamente pela própria alma. Esta, segundo os grandes mestres yogis, é a chave para a transcendência do plano sutil ao físico e vice-versa.

§ 78

Uma mecânica quântica avançada. Isto mesmo. É o que se entende por um meio energético propriamente dito, tal como a ciência o explica, haja vista que não pode haver dois deles numa realidade causal dentro do mesmo plano físico. Após a revolução da mecânica quântica,[*] foi descortinado o universo de interações dos corpos físicos com os campos energéticos gerados pela radiação eletromagnética convencional (o famoso experimento do corpo negro) ou, porque não extrapolar este conceito, para as vibrações geradas pela consciência, através dos pensamentos, continuamente gerados pela mente. É desta energia que falamos, nada além disso. A ciência da meditação já revelou o poder destes pensamentos,2 de modo que a única diferença aqui é que a chamamos de “energia consciencial”.


[*] É a parte da física que analisa o movimento, as variações de energia e as forças que atuam sobre um corpo. Aqui estamos no campo da “ciência de fronteira”, também conhecida por metafísica. Ou seja, atualmente são teorias que não passam de uma especulação filosófica, mas pode ser que um dia até que faça bastante sentido, mesmo que alguns estejam além do seu tempo, já desenhando experimentos dentro desta perspectiva mais ampla de entendimento do universo.

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Da obra no prelo CULTURA DE VALOR: aforismos para uma vida plena

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Saiba mais:

1. Patanjali, Os yoga sutras de Patanjali, São Paulo: Mantra, 2015.

2. Goleman, D., Davidson, R. J. A ciência da meditação: como transformar o cérebro, a mente e o corpo, Rio de Janeiro: Objetiva, 2017.

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