Filtrando dados com inteligência digital

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Vimos anteriormente que a primeira etapa do ciclo FRD de feedback inteligente envolve técnicas de data mining, visando filtrar dados de um acervo de big data. Detalhe importante: dados que possam vir a ser realmente úteis em alguma área específica. Mas como poderemos cumprir com esta missão no caso do marketing de conteúdo em que o universo de dados é delimitado pela vastidão da internet?

Bem, só para se ter uma ideia, pondere que a quantidade de dados armazenados atualmente é de aproximadamente 4,4 zettabyetes (ZiB) e que, em até 5 anos, esse volume deve passar para cerca de 44 ZiB ou 44 trilhões de gigabytes. É isto mesmo: a cada segundo cada um de nós cria um novo dado! [1]

Veremos aqui algumas formas de sistematizar estas buscas para encontrar informação realmente inusitada, ou seja, algo que difira pelo menos um pouco da tão “batida” primeira página de resultados de uma busca padrão no Google…

Bases de dados versus ferramentas

Você já deve ter percebido que após implementar uma estrutura adequada de processos você passará a acumular uma grande quantidade de dados em sua organização. Correto? E certamente já sabe que estes dados são valiosíssimos para tomada de decisão em marketing de conteúdo!

Não é à toa que hoje em dia são chamados de “ativos de dados” e existem diversas ferramentas utilizadas para sua gestão que são conhecidas como Digital Asset Management (DAM). Não se preocupe de antemão, basta compilar as informações numa boa e velha planilha Excel. O importante é manter a disciplina nos controles. Mas como posso distinguir uma base de dados de uma ferramenta de marketing de conteúdo?

Antes de mais nada é importante definirmos o que é uma base de dados. É preciso ir além do conceito de “repositório” que apenas estoca dados, assim como também é fundamental entender qual é o seu papel na abordagem da “inteligência de conteúdo”. As bases de dados são muito valiosas hoje em dia e caracterizam-se pela capacidade de estocar, referenciar e distribuir dados em determinada área do conhecimento.

Já as ferramentas são “instrumentos” que facilitam a execução de determinada atividade. Portanto, temos que toda base de dados pode ser considerada uma ferramenta já que ela pode fornecer informação relevante para desempenhar determinada função. No entanto, conforme o Leitor já deve ter percebido, nem toda ferramenta constitui uma base de dados. Comecemos com um exemplo prático: Como levantar dados acerca do seu público-alvo, mais propriamente a sua persona?

Conhecendo a sua persona

O levantamento de dados sobre a sua persona pode ser feito com bases de dados digitais internas ou externas. No primeiro caso, falamos de informações sobre os seus clientes, as quais podem ser extraídas, por exemplo, do seu sistema de CRM. Consultar internamente como anda a demanda de conteúdos pelo seu público de relacionamento é um bom começo para saber com quem você vai se comunicar e ainda não é cliente…

O primeiro passo, portanto, é manter o histórico de como o seu público interage com os seus conteúdos já publicados, dependendo do perfil e também da etapa que estiver dentro do funil de marketing. É fundamental saber, por exemplo, qual é o formato (exs. texto, infográfico, foto ou vídeo) que melhor ressoa com a sua persona em cada uma das etapas de aquisição, retenção e crescimento.

Importante também conhecer detalhes demográficos através do tráfego por países, idade dos visitantes, sexo, interesses, origem do tráfego, entre outros. A SimilarWeb é uma base de dados com acesso gratuito onde se pode ter uma rápida “radiografia” de algumas destas informações, sendo reconhecida pelo seu ranking mundial de websites e ainda provê dados dos seus competidores digitais em determinada categoria.

Reconhecendo influenciadores

A escolha do canal de distribuição para o conteúdo produzido é também estratégica e depende muito do perfil de acesso da sua persona. Em suma, você precisa fazer um estudo detalhado de canais antes de sair disparando seus posts a esmo! Há tempos que a diversificação de mídias deixou de ser a melhor estratégia…

Cada canal de mídia apresenta suas peculiaridades e precisa ser constantemente alimentado para sortir os efeitos esperados sobre o seu público. Nem sempre os canais pagos são a melhor alternativa… Conheça as 3 categorias de canais, divididas de acordo com a sua “disponibilidade” em canais proprietários, pagos ou “ganhos”.

Uma imagem contendo relógio

Descrição gerada automaticamente
Figura. Categorias de canais de distribuição de conteúdo.

Particularmente sou fã das ferramentas que propiciam a captura de dados de conteúdos distribuídos. O importante mesmo é utilizar estes dados para alguma ação estratégica de social marketing. É por este motivo que resolvi destacar um exemplo de ferramenta que permite encontrar influenciadores: a BuzzSumo.

Apesar de ser uma base de dados paga, com ela você terá acesso aos engajamentos nas principais redes sociais de todos os seus posts, permitindo inclusive que você descubra quais são os usuários que mais compartilharam seus conteúdos… São estes os seus influenciadores. Reconheça-os que o “universo” online estará a seus pés!

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Uma lista extensiva de bases de dados e ferramentas de inteligência digital será apresentada ao final desta obra (Apêndice). Por ora, o conhecimento das suas personas e o reconhecimento dos seus influenciadores é o suficiente para galgar os primeiros passos para uma estratégia de inteligência digital mais robusta.

Vamos adentrar agora naquela que considero a mais nobre das informações online através dos “rastros” deixados pela sua persona: suas TAGs! Isto mesmo. São as palavras-chave utilizadas em suas pesquisas que nos dão a “dica” de quais são os seus interesses… E é a partir daí que você deve planejar toda a sua estratégia de conteúdo!


Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Obra no prelo: INTELIGÊNCIA DE VALOR: boas decisões sempre

Gostou? Mãos ao BUZZ nas redes!

Saiba mais:

[1] Para mais curiosidades sobre a internet, acesse a reportagem da revista Forbes AQUI.

INTELIGÊNCIA DIGITAL

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Se você trabalha numa empresa, seja na indústria, comércio ou no setor de serviços, mesmo como profissional autônomo, certamente já deve ter ouvido falar que tudo hoje em dia, mas tudo mesmo, gira em torno do tal “marketing digital”.1

Não se assuste, mas o fato é que o típico “vendedor” de porta, aquela figura boa de lábia, com um catálogo de produtos debaixo do braço, tal como o conhecemos no século XX, está mais para “bicho em extinção” do que outra coisa!

Vejamos o que é mais comum hoje… Receber o email marketing de um e-commerce, um push da sua loja virtual preferida de tennis no feed do Instagram ou a visita inusitada de um vendedor de panelas na porta da sua casa?

Vamos conhecer um pouco mais sobre a estratégia de marketing que está revolucionando a forma como as empresas geram negócios: o inbound marketing!

Inbound marketing

O termo técnico chama-se inbound marketing,2 mas você também pode resumi-lo como sendo o conjunto de técnicas capazes de “atrair” o seu consumidor através de um tipo muito especial de funil, conhecido como “funil de marketing”, com etapas bem definidas de aquisição, retenção e crescimento dos clientes.

Não adianta mais contratar uma campanha publicitária caríssima se você não souber se relacionar com o seu público. Acreditem: a “moeda de troca” não é mais necessariamente dinheiro… São “conteúdos” especialmente planejados e elaborados antes do cliente sequer imaginar a possibilidade de comprar o seu produto ou serviço. Vivemos declaradamente a “ditadura” do consumidor!

É preciso chamar atenção pelas redes sociais. Fazer o BUZZ, o “zunido digital”, o novo boca-boca, enfim, muito barulho!

Mas como nutrí-lo (o consumidor) com informações que sejam realmente do seu interesse? Trocando em miúdos: conte uma “história” bem contada através de ebooks, infográficos, guias, etc. São muitos os formatos de conteúdos e lembre-se da “regra de ouro”: cada público tem um gosto, uma linguagem apropriada, a depender do tipo de informação…

O conteúdo, portanto, é a grande “isca” do inbound marketing para atrair o público de interesse e tranformá-lo em lead logo na primeira etapa de aquisição do funil de marketing. Somente assim sua empresa fortalecerá o vínculo com o público e sua marca galgará o topo do mercado. A venda se tornou algo óbvio somente para aqueles que souberem demonstrar autoridade em termos de “conhecimento” na sua área. Bem-vindo à era do “marketing de conteúdo”!

Marketing de conteúdo

O processo de marketing de conteúdo pode ser dividido didaticamente em duas fases temporais com atividades bem distintas: antes ou depois do momento da publicação do conteúdo. Na primeira fase o foco reside na produção e distribuição do conteúdo.3 Depois disso, o mais importante passa a ser a medição dos resultados, a organização dos dados e a otimização da conversão em resultados.

Figura. Fases do processo de marketing de conteúdo.

A produção de conteúdo é a primeira etapa do processo de marketing de conteúdo. Ela envolve todas as atividades técnicas e ferramentas utilizadas na criação de um conteúdo que pode ter três focos distintos: educar, informar ou entreter. Além disso, dependendo do perfil do seu público e também da etapa que estiver dentro do “funil de marketing”, é fundamental saber qual é o formato (exs. texto, infográfico, foto ou vídeo) que melhor ressoa com a sua  persona… Este é o primeiro grande segredo do marketing de conteúdo: conhecer o seu público!

Ok, conteúdo produzido com êxito. O que falta agora? Aí começa a etapa de distribuição que configura o ato de disponibilizar o conteúdo para o seu público virtual com o intuito de atingir a maior audiência possível. Sendo assim, o ponto crítico desta etapa é a escolha dos melhores canais de distribuição que podem se enquadrar em três categorias de acordo com a sua “disponibilidade”: canais proprietários, pagos ou “ganhos”.

Chegamos à medição dos resultados que é a etapa mais importante após a publicação do conteúdo. Existem ferramentas críticas para avaliar a internet como um todo, o website específico, as redes sociais ou o desempenho em Search Engine Optimization (SEO). Aqui o grande “trunfo” está na seleção das métricas mais importantes para o seu negócio. Se a sua empresa está focada no buzz marketing, por exemplo, deve ficar muito atenta às métricas de engajamento nas redes sociais. Por outro lado, se você roda um e-commerce, o mais importante é carrear tráfego direto para o website.

De posse dos dados, como faço agora para organizar tudo isso? Sem dúvida esta é a problemática atual para muitos dos “marketeiros” de plantão, até porque ainda não conheço um curso de publicidade que tenha uma disciplina de ciência de dados… Lembre-se: sem uma organização adequada, os dados não trarão insights e sim muita confusão! A primeira tarefa é transformar dados brutos através de um processo de classificação. Este é o desafio que tem sido chamado de “taxonomia” do marketing de conteúdo…

Finalmente, a otimização da conversão configura um método que emprega técnicas de analytics e o feedback contínuo dos usuários para melhorar a performance de um website, mais especificamente o aumento da taxa de conversão de visitantes a leads ou prospects, dependendo do seu foco estratégico. Em essência, a técnica se resume a capturar o que os usuários estão buscando ao visitar seu website e conduzi-los ao “objeto” da forma mais rápida e amigável possível, de modo a aumentar suas chances de clicar num call to action… 

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São estas, portanto, as etapas fundamentais do marketing de conteúdo! Vimos aqui o que você precisava conhecer de imediato para começar sua jornada rumo aos elevados patamares de resultados que só o marketing digital pode propiciar hoje em dia no universo online.

Você deve ter notado que a escolha das ferramentas corretas (e nem sempre as pagas) é a chave para impulsionar estes resultados, muito embora somente a vivência prática e estratégica, digo aquela baseada em fatos e dados, que dirá se a “inteligência digital” está sendo de fato bem empregada.

Não se iluda que terá resultados rápidos. O grande segredo aqui é a persistência e precisão ao rodar o processo de forma sistemática. Alguns já alcançaram um belo “lugar ao sol” trilhando estes passos… E há certamente mais espaço lá para você! Sucesso é o que desejamos a todos que se aventurarem nesta seara.

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Obra no prelo: INTELIGÊNCIA DE VALOR: boas decisões sempre

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Saiba mais:

1. Torres, Claudio. A Bíblia do Marketing Digital: tudo o que você queria saber sobre marketing e publicidade na internet e não tinha a quem perguntar, São Paulo: Novatec Editora, 2009.

2. Halligan, B., Shah, D. INBOUND MARKETING, attract, engage and delight customers oniline, Wiley, 2014.

3. Rez, Rafael, MARKETING DE CONTEÚDO: a moeda do século XXI, São Paulo: DVS Editora, 2016.

INTELIGÊNCIA DE VALOR

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Chegamos finalmente ao auge do nosso escopo introdutório! Agora, já é possível responder a duas questões de importância colossal, pelo menos dentro do contexto dos processos de tomada de decisão, quais sejam:

1. Será que competição e colaboração são mesmo realidades dicotômicas?
2. Por acaso existe alguma forma de automatizar ambas as estratégias?

A resposta é sim e a metodologia de Inteligência de Valor foi criada justamente para atender ambos os quesitos… Ela pode ser aplicada por entidades autônomas ou controladas para processos de geração de valor em qualquer dimensão: pessoal, profissional ou social (neste trabalho iremos nos ater especificamente à dimensão profissional).

Já vimos que “entidade” pode ser tanto uma pessoa como uma organização, empresarial, sem fins lucrativos ou estatal. Vimos também que entidades são, na verdade, estruturas de processos complexos governados por uma coletividade de algoritmos. Aí vem logicamente outra pergunta: como a Inteligência de Valor pode de fato ajudar tais entidades?

Parte-se do pressuposto de que o determinante para o sucesso de uma entidade é que tenham, na sua rotina, uma quantidade significativa de “boas decisões”, condição esta que só pode ser atingida quando governada por algoritmos de machine learning, livres dos “viés” típico da mente humana.  

Tudo que não for governado por algoritmos não tem lógica, está “aprisionado” pelas emoções, deve ser evitado e até mesmo banido!

Antes que me julguem mal, fique claro que não são todas as circunstâncias que devem ser analisadas sob a ótica pura, fria e, de certa forma, simplista dos algoritimos. Veremos aqui algumas aplicações nas sendas da inteligência digital, financeira, científica, tecnológica e de mercado que não deixarão dúvidas sobre o poder desta metodologia.

A espinha dorsal da metodologia de Inteligência de Valor se dá pelo preposto do ciclo FRD (acrônimo Filtre, Recomende e Decida) de feedback inteligente que se inicia com a extração e filtro dos dados através das técnicas de data mining.1

Num mundo rodeado de aplicações de big data, em que a presença dos dados massivos é dominante, se você não souber aplicar ou, minimamente, fazer uso de ferramentas capazes de selecionar e filtrar dados relevantes, formando uma base para descoberta de novos conhecimentos, certamente o fluxo de dados irá literalmente “engolir” toda sorte de interpretação estratégica para tomada de decisão.  

De posse dos dados, não há como prosseguir em qualquer tipo de análise de domínio sem antes tranformá-los antes em informação. É ela que dá sentido aos mesmos. Com este intuito, já vimos o papel dos BROKERs de informação que se utilizam de metodogias próprias para transformar os dados em informação verdadeiramente útil!

Uma imagem contendo equipamentos eletrônicos

Descrição gerada automaticamente
Figura. O ciclo FRD de feedback inteligente.

Chegamos então à etapa decisiva do FRD cujo proprósito é justamente o ranking das alternativas encontradas. Nela, são utilizados diferentes tipos de “sistemas de recomendação” que irão propiciar a seleção das melhores FONTEs de informação.2 Detalhe importante: observe antes que, para tal, todas as etapas do ciclo são permeadas por algoritmos de machine learning.3

Lembremos aqui de mais uma regra de ouro e das mais importantes:

Na era da informação, mais vale uma boa FONTE do que páginas e mais páginas de relatórios e análises que não passam de pura especulação!

Ao monitorar FONTEs fidedignas, o ciclo FRD será constantemente “retro-alimentado” por eventos que representam fatos realmente significativos sobre determinada aplicação e, com base neles, qualquer entidade poderá decidir sobre as atividades da sua rotina, tomando o devido cuidado de sempre registrar a performance para formar, aos poucos, sua base de conhecimento. É ela que dará os inputs para retro-alimentar um novo ciclo de tomada de decisão com base em novos dados e assim sucessivamente.

A metodologia de Inteligência de Valor, portanto, reside em respeitar cada uma destas etapas do ciclo FRD, independente do seu campo de atuação, garantindo assim suas chances de chegar a bons resultados através de boas decisões, ou seja, aquelas que geram valor sustentável que se retro-alimenta e evolui com o tempo!

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Obra no prelo: INTELIGÊNCIA DE VALOR: boas decisões sempre

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Saiba mais:

1. Goldschmidt, G. Data mining, 2a. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.

2. Cowan, D. et al. The use of machine learning algorithms in recommender systems, Expert Systems with Applicatons, 2017.

3. Souza, M. A. F. Algoritmos e lógica de programação, 2a. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2014.

BASES DE DADOS ESPECIALIZADAS

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Vimos o importante papel dos “brokers de informação”, mas não nos atemos devidamente ao seu principal insumo: os dados! De nada adianta produzir e disseminar documentos de inteligência (um tipo de produto do conhecimento) se a informação não tiver sido extraída de “fontes” fidedignas e obtida através de buscas sistemáticas em bases de dados especializadas.

Não falo aqui dos mecanismos de buscas onipresentes em nossa rotina como o Google. Na verdade, sendo mais formalista, nem sequer poderíamos enquadrá-lo como tal. Sem desmerecer sua funcionalidade e alcance indiscutível, nos orientando nas buscas de informações genéricas, ele funciona tão somente como um indexador de páginas web e ponto. Não trata-se propriamente de um gerador, nem tampouco um HUB de conteúdo!

Como nos desvencilhar deste hábito, já meio que automático e quase instintivo, de iniciar todas as nossas buscas de informação pelo Google?

Em se tratando da busca de informações técnicas, voltadas para inteligência competitiva e colaborativa, esta não é mais uma opção e sim uma obrigação! Deve-se considerar as chamadas bases de dados especializadas.

Categorias das bases de dados

De acordo com a aplicação, temos bases de dados digitais, financeiras, científicas, tecnológicas, de mercado, entre outras. Elas podem ser abrangentes ou específicas, dependendo da variedade de canais, ativos, disciplinas, tecnologias ou mercados. O número de backlinks, operações financeiras, artigos científicos, patentes ou registros de transações comerciais são dados preciosos que podem ser obtidos através destas bases.1

A busca de informações científicas, por exemplo, é indispensável nas atividades de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D), fornecendo uma visão global sobre os avanços em determinado ramo científico e permitindo ao pesquisador obter uma noção precisa sobre a influência dos seus trabalhos. Além disso, evita a realização de pesquisas duplicadas.2 É possível acessar um paper completo através da bases de dados das editoras de periódicos científicos, entre as quais pode-se citar a ScienceDirect da editora Elsevier.

Por sua vez, a demanda de informação tecnológica pelas empresas inovadoras é tão premente que já foi inclusive objeto de pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) para identificar as necessidades do setor industrial brasileiro.3 Apesar da baixa utilização das informações contidas nos documentos de patentes, ficou evidente o desejo de obterem informações sobre o mercado de atuação como um fator de competitividade. Neste sentido, pode-se destacar a PatentScope que congrega os principais escritórios de patentes ao redor do mundo.

É possível obter informações de mercado de diversos setores econômicos através de bases de dados nacionais gratuitas que contabilizam as transações de comércio exterior como a ComexStat no Brasil. Voltando-nos ao universo digital, destacam-se as bases de dados de backlinks e palavras-chave, tais como o SEMrush e SEOprofiler, bem como o BuzzSumo que monitora engajamentos nas redes sociais. Na área financeira, não poderíamos deixa de citar a Investing.com que compreende o monitoramento das diferentes classe de ativos, bem como a TradingEconomics que compila os principais indicadores econômicos dos países. Abaixo uma breve compilação dos principais exemplos de cada uma das categorias de bases de dados especializadas aqui citadas.

Tabela. Exemplos de bases de dados especializadas divididas por categoria.

Entenderemos melhor, na sequência, como a utilização contínua, sistemática e perspicaz dos dados extraídos destas bases especializadas (digitais, financeiras, científicas, tecnológicas e de mercado), fazendo uso de técnicas avançadas de data mining e analytics, pode impulsionar significativamente o valor gerado nas organizações. Por falar em valor, sem mais delongas, chegou o momento de introduzirmos o conceito principal da metodologia a ser aplicada daqui em diante: a “inteligência de valor”.

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Obra no prelo: INTELIGÊNCIA DE VALOR: boas decisões sempre

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Saiba mais:

1. Valentim et al. Revista de Ciência da Informação, 2003.

2. Firme et al. Química Nova, v. 31, nº 2, pp. 445-451, 2008.

3. CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA, Brasília: CNI, 1996.

BROKERS DE INFORMAÇÃO

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Vimos como se formula uma estratégia competitiva, começando pela definição da estratégia, estabelecimento dos objetivos de longo prazo e a elaboração das políticas para atingí-los. Vimos ainda que a análise dos fatores críticos de sucesso é crucial nesta tarefa: suas forças e fraquezas (fatores internos), bem como as ameaças e oportunidades (fatores externos). Estes são os pilares de toda e qualquer estratégica competitiva.

Iremos adiante. Buscaremos, antes de mais nada, a compreensão do PROCESSO de inteligência competitiva que se preza justamente para ampliar a noção dos nossos competidores, mais propriamente das suas forças e fraquezas. Mais do que isso. Entenderemos qual é o papel dos brokers de informação e o porquê que eles prometem dominar o cenário organizacional nos anos que estão por vir!

Processo de inteligência competitiva

O processo de inteligência competitiva é, sem sombra de dúvidas, uma das ferramentas estratégicas mais importantes que os tomadores de decisão têm à disposição para transformar dados desagregados em conhecimento estratégico acerca dos seus competidores e do ambiente em que estão inseridos, mais especificamente suas capacidades, performance, posicionamento e intenções.

 Apesar da sua evidente importância, o fato é que hoje em dia a grande maioria das organizações ainda não tem um mecanismo sistemático de inteligência competitiva. Elas dependem, outrossim, do “conhecimento tácito” de algumas pessoas consideradas essenciais à organização, o qual é subjetivo e difícil de ser externalizado, tornando assim suas estratégias altamente vulneráveis e susceptíveis ao erro.

Ao longo da sua evolução histórica, a inteligência competitiva se tornou um processo cíclico estruturado que pode ser dividido em 5 etapas independentes: planejamento, coleta, processamento, análise e disseminação. O processo sempre deve começar pelo planejamento das atividades que perpassa pela identificação das necessidades de inteligência da organização, visando direcionar as ações e seus “produtos de conhecimento” para os respectivos usuários. Técnicas conhecidas como 5W1H (What, Who, Where, When, Why e How) podem ser utilizadas para este diagnóstico inicial.

Figura.  Etapas do processo de inteligência competitiva.

As etapas seguintes de coleta e processamento da informação podem ser consideradas as mais importantes e controversas de todo o processo. É exatamente neste ponto que as “fontes” são consultadas… E é também aí que os limites entre a inteligência competitiva e a espionagem industrial se cruzam, impondo importantes dilemas éticos sobre esta importante atividade e suas consequências, benéficas ou não!

Acontece que nem todas as organizações, ou seus representantes, contentam-se com as “fontes secundárias” que são públicas ou acessíveis mediante a contratação de serviços de terceiros. Acabam utilizando-se de “fontes primárias” externas à empresa, entrevistando pessoas influentes em diferentes esferas da indústria que estão inseridos, associações e até mesmo do governo. Por ser este um assunto delicado, com muitos nuances e abordagens específicas, o trataremos num outro momento.

Importante mesmo o é observar com uma lupa o papel dos brokers de informação que são capazes de promover a interface entre os geradores e demandantes de informação. Via de regra eles aplicam as mais variadas ferramentas de analytics, data mining, algoritmos, machine learning, sistemas de recomendação, entre outras técnicas da ciência da informação, para viabilizar esta aproximação de forma segura e efetiva.

Os brokers de informação são mais propriamente plataformas web que podem assumir ou não uma estrutura de rede social, porém restrita aos especialistas . Na tabela a seguir apresenta-se os exemplos na área de Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação (PD&I). Caracterizam-se por propriciar um meio de intercâmbio de documentos como papers, patentes e grants que normalmente não são gerados através de metodologia própria.

Tabela. Exemplos de brokers de informação em PD&I.

Na etapa de análise é feita a transformação da informação bruta em “produtos de conhecimento”. Normalmente são relatórios contendo informações digeridas, ou seja, com conteúdo altamente relevante para tomada de decisão estratégica.  Existem algumas técnicas analíticas comumente utilizadas para produção destes relatórios, com destaque para as matrizes TOWS de Weihrich e a BCG do Boston Consulting Group, bem como os trabalhos sobre os fatores críticos de sucesso e benchmarking de Leidecker e Shetty, respectivamente.

A última etapa da processo consiste na disseminação para os decisores dos chamados “documentos de inteligência”.1 Por se tratarem de informações de suporte altamente estratégicas, devem seguir políticas rigorosas de confidencialidade. Os canais de distribuição variam de acordo com as políticas de cada organização, podendo ser veiculados somente em reuniões de diretoria, por email, intranet, internet ou na “nuvem”, segundo critérios específicos de compartilhamento, aliás esta é considerada hoje uma das formas mais seguras.

Para encerrar, deve-se destacar que de nada adianta cumprir a risca todo o processo de inteligência competitiva se os decisores das organizações não forem receptivos às informações colhidas, as quais não são necessariamente aquelas que esperam ou desejariam ouvir… Foi o que aconteceu na falha clássica do presidente americano Roosevelt e seus comandantes que simplesmente desprezaram os avisos do serviço de inteligência que precederam o ataque japonês de Pearl Harbour. Não é preciso dizer mais nada!

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

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Saiba mais:

1. Para um aprofundamento sobre os documentos de inteligência, como acessar as bases de dados e compilar as informações científicas, tecnológicas e de mercado, conhecer a obra do autor: Barreto, R. ITTINOMICS: um guia especial para inovação aberta, Valinhos-SP, Editor – Autor, 2010.

INTELIGÊNCIA COLABORATIVA

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Para se atingir um objetivo comum que envolva a solução de um problema desafiador, deve-se somar esforços entre vários atores, competidores ou não, sendo que todos são beneficiados com os resultados, em maior ou menor proporção. Este é o princípio da inteligência colaborativa!

Agora, cá entre nós, será que o conceito de colaboração em massa é mesmo tão recente assim? Veremos que não.

Sua origem se confunde com a própria história do método científico, cujos elementos vêm se desenvolvendo desde o Egito antigo, passando posteriormente pela Grécia e misturando-se com a filosofia islâmica, até culminarem no pensamento de Descartes, no sistema lógico de Francis Bacon e na aplicação do empirismo por Isaac Newton. Resumidamente, Descartes estabeleceu três regras de ouro para chegar à dita “verdade científica”: da evidência, da análise e da dedução 1

Figura. As três regras de ouro de Descartes que culminam na verdade científica.

Vê-se que o método científico não é somente uma receita caracterizada pela objetividade, causalidade e imparcialidade. Ele requer inteligência, imaginação e criatividade para experimentação contínua. Apresenta-se, assim, na forma de uma sequência de ações lógicas e sequenciais, desde a formulação de uma hipótese até a verificação experimental.

Deve-se observar que este processo distingue-se pelo fato de ser cíclico, possibilitando que outros cientistas possam analisar, reproduzir experimentos e verificar a confiabilidade dos resultados. Isto nada mais é do que a tal da colaboração em massa aplicada à solução de problemas científicos.

A única diferença com relação ao conceito atual do wikinomics, é que a divulgação dos resultados de uma pesquisa é imensamente potencializada pelo poder da internet, podendo atingir instantaneamente qualquer pesquisador ao redor do mundo. Assim, fica cada vez mais difícil de discordar da afirmação profética de Hans Selye: quem não sabe o que procura não entende o que encontra.2

Já vimos alguns exemplos bem recentes em que a aplicação da estratégia colaborativa é evidente, tais como a produção de conteúdos para o inbound marketing, a geração de créditos de carbono para economias sustentáveis ou até mesmo o processamento computacional de cálculos complexos para benefícios financeiros, mais propriamente o acúmulo de criptomoedas.  

Acontece que ainda não temos propriamente um Porter da estratégia colaborativa, nem tampouco seria preciso… A ações compreendidas pelo método científico se aplicam como uma luva para todos estes casos! Quando não se aplicarem, pode-se assumir, sem medo de errar na extrapolação, que não existe “vantagem colaborativa”.

A inteligência colaborativa, portanto, carece somente de um formalismo apropriado aos tempos de inteligência artificial e big data, com os devidos algoritmos de machine learning, sistemas de recomendação e técnicas de data mining, visando automatizar todo o processo. Mas paremos por aqui porque na sequência falaremos de um dos principais agentes de mudança nesta nova era: os BROKERs de informação!

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Obra no prelo: INTELIGÊNCIA DE VALOR: boas decisões sempre

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Saiba mais:

1.  Descartes, R. Discurso do método, São Paulo: Ed. de Ouro, 1970.

2. Selye, H. Stress a tensão da vida, São Paulo: IBRASA, 1965.

INTELIGÊNCIA COMPETITIVA

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O fenômeno da competição é uma característica intrínseca do ser humano. Está primariamente associada ao “instinto de sobrevivência”, bem como à preservação das organizações nas quais estamos associados.

Ajudar a compreender este fenômeno, bem como buscar estratégias para conquistar e sustentar a “vantagem competitiva” por longos períodos de tempo é o propósito maior do campo denominado inteligência competitiva.

As raízes da inteligência competitiva remontam às estratégias militares de tempos longínquos, com os escritos de Sun Tzu cerca de 500 a.c. Sua obra clássica, intitulada A Arte da Guerra, tornou-se a referência basilar da inteligência militar, muito embora estivesse por demais associada ao conceito de espionagem, conforme ilustrado no trecho: 1

“… Não se pode usar espiões sem sagacidade e conhecimentos; não se pode usar espiões sem humanismo e justiça; não se pode conseguir a verdade de um espião sem astúcia. Este é, na verdade, um assunto muito delicado …”

Passados mais mais de 2.000 anos, uma nova “onda” do uso da inteligência competitiva surgiu durante a 2a Guerra Mundial, em especial nos Estados Unidos e Inglaterra, onde o conceito foi visto pela primeira vez além da estratégia militar e passou a tatear os campos da ciência política e criptografia nos serviços secretos de Estado.

Teve destaque os trabalhos do matemático britânico Alan Turing que inventou uma máquina especificamente para quebrar os códigos secretos dos alemães. Sua invenção foi depois fundamental para o surgimento dos computadores e da própria lógica de programação. Nos Estados Unidos sobressaíram-se os trabalhos de segurança nacional da agência Central de Inteligência americana (a famosa CIA).

No entanto, foi somente na década de 80, com a publicação da obra incomparável do Prof. Michael Porter (da renomada Harvard Business School), chamada Estratégia Competitiva, que o conceito de inteligência competitiva chegou finalmente ao mundo dos negócios. 2

Antes disso as iniciativas eram mais informais e se limitavam à coleta de dados competitivos sobre a indústria e seus competidores em arquivos de bibliotecas, muito embora a área de marketing já fizesse uso extensivo destas informações em pesquisas. Mesmo assim, quase nenhuma empresa tinha capacitação em inteligência competitiva e o tema não tinha atenção alguma por parte da alta gerência nas empresas de grande porte.

Aos poucos a inteligência competitiva começou a ganhar importância nas organizações e passou para atividades de análise das informações e não somente de coleta (restrito às áreas de marketing e planejamento). No entanto, ainda era vista com cautela pelo nível gerencial que questionava principalmente os seus resultados práticos. Faltava histórico, mais propriamente estudos de caso de sucesso! As análises eram puramente quantitativas e pouco aproveitadas para tomada de decisão estratégica.

Os primeiros resultados visíveis começaram a surgir com a aplicação da técnica de benchmarking já quase no final da década de 80 e assim marcou-se o início da fase áurea da inteligência competitiva, com sua disseminação dentro e fora das grandes organizações e o início da visibilidade internacional.

O reconhecimento veio rápido, em especial pelas grandes escolas de negócios, e surgiram as primeiras unidades formais autônomas em organizações de ponta como a Corning Inc. nos Estados Unidos. Alguns anos depois muitas das empresas da Fortune 500 já contavam também com suas próprias áreas de inteligência competitiva (vide abaixo a cronologia).

Figura. A evolução da inteligência competitiva.

Na atualidade o uso da inteligência competitiva é especialmente empolgante. Em tempos de big data e computação em nuvem, quão promissoras não o são as aplicações das técnicas de analytics, sistemas de recomendação e data mining? Perceba a dimensão dos inúmeros algoritmos que estão somente começando a descortinar as aplicações da inteligência artificial…

Especificamente no Brasil, ainda são poucas as empresas com capacidade arraigada de inteligência competitiva, com áreas estruturadas para atender este propósito, mesmo assim quando muito dentro do departamento de marketing ou planejamento estratégico, enquanto deveriam ficar nas áreas diretamente relacionadas à Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação.

Estamos falando aqui em extrapolar as barreiras dos negócios e perscrutar as novas dimensões da inteligência, mais propriamente a digital, financeira, científica, tecnológica e de mercado. Estamos falando de novas métricas de avaliação de performance. Estamos falando da construção de ativos de inteligência. Estamos falando, enfim, do surgimento de novas plataformas de produtos e serviços de inteligência!

O tempo das consultorias especializadas das últimas décadas já passou. Elas se tornaram arcaicas, obsoletas. São inúmeras as formas de competição e estamos somente adentrando na quarta e talvez a mais empolgante… Falando do futuro, não podemos fechar os olhos para a estratégia oposta (ou complementar) que ainda está engatinhando, mas tem ganhado cada vez mais adeptos: a inteligência colaborativa. Nosso próximo assunto… Aguarde.

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Obra no prelo: INTELIGÊNCIA DE VALOR: boas decisões sempre

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Saiba mais:

1.  Tzu, S. A arte da Guerra: os 13 capítulos originais, 2a. ed. São Paulo: Clio Editora, 2012.

2. Porter, M. Competitive Strategy, The Free press, New York, 1980.

Valor consciencial

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A busca incessante do Ser consciente pela satisfação de uma necessidade ou desejo, seja qual for seu estado (material ou imaterial), eis o significado apriorístico de “valor consciencial”.

Percebe-se valor, portanto, naquilo que se quer acumular ou manter ao longo da existência, tanto no plano físico como extrafísico (ou sutil, melhor dizendo).1 Deve-se destacar, no entanto, respeitando a dicotomia própria da Criação, que também existem os “antivalores conscienciais”. E o significado é justamente o oposto!

Os 7 principais valores e antivalores conscienciais a serem tratados aqui são diferenciados didaticamente pela manifestação existencial que pode se dar ora no plano físico, ora no plano sutil. Conheça a lista completa (28 valores e antivalores) e tenha-a na ponta da língua com uma técnica mnemônica bem bacana (vide nota). 2

Figura. Valores e antivalores conscienciais.

Cabe salientar mais uma categorização quanto ao objetivo da geração de valor (ou antivalor). Dizemos ser um “valor de estado” quando este se volta exclusivamente para a pessoa em si mesma. Por outro lado, um “valor de ação” ocorre quando o benefício (ou malefício) é colhido ou sentido por outro Ser ou Seres.

Somente as pessoas que cultivam em essência os “valores de estado” são capazes de manifestar os mais sublimes “valores de ação”… Isto é o que chamo de autorealização!

Temos, assim, o Amor como um típico “valor de ação” em que a doação é usufruída pelo Ser consciente assistido na forma de caridade. Já a Paz trata-se de um “valor de estado” que sentimos e cultivamos interiormente. Por ora, guardemos tão somente a lógica deste conceito. Serão abordados exemplos da categorização de valores mais a frente, na medida que discorrermos sobre cada um deles.

É, sem sombra de dúvidas, uma forma bem diferente de encarar a Riqueza, a Paz, o Poder, a Feiura… Veremos o quê devemos cultivar e o que devemos banir definitivamente das nossas vidas! Veremos ainda como o controle sobre os pensamentos, através da meditação ativa, representa a “chave” do processo de autossugestão.

Aprenderemos, afinal, a “reprogramar” nossas crenças (que disparam os algoritmos bioquímicos) e direcionar os pensamentos, sentimentos e a meditação para uma existência de plenitude, aquela em que Inteligência, Espírito e Consciência, os verdadeiros atributos, são coerentes e alinhados rumo ao Criador.

Comecemos perscrutando cada um dos 7 passos do Ciclo da Cultura de Valor – CCV. Somente aí estaremos de fato preparados para ampliar o entendimento sobre a Consciência, como ela nos afeta, como é afetada por outros Seres, conscientes ou não, e como ela é capaz de formar, na coletividade, a tão sonhada CULTURA DE VALOR, aquela que gera muito mais valor do que destrói!

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Da obra no prelo CULTURA DE VALOR: aforismos para uma vida plena

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Saiba mais:

1.  Sem desmerecer quaisquer proposições consideradas metafísicas, vamos encarar o plano extrafísico (ou sutil, melhor dizendo) como tão somente aquilo que não se observa no universo físico pelos instrumentos naturais, científicos e tecnológicos da época atual, independente da perspectiva do observador e do instrumento de observação utilizado (ou seja, sem divisão entre as visões newtoniana e einsteiniana).

2. Não por acaso, foram selecionados 7 valores (e antivalores) conscienciais, de modo a facilitar a lembrança pelos dias da semana e iniciais de cada palavras, formando assim um acróstico bem facinho, segundo as boas práticas da mnemônica. Veja o acróstico (PPPPVAF): Paz: domingo; Poder: segunda; Pureza: terça; Prosperidade: quarta; Verdade: quinta; Amor: sexta; Felicidade: sábado. 

ESTRATÉGIA COLABORATIVA

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Voltemos à questão dos pontos de divergência e confluência. Esta é a chave! É muito fácil tipificar a primeira. Basta imaginar a atividade de comércio no centro da cidade em que vive. As lojas de roupas A, B e C naturalmente “divergem” na qualidade e preço das suas peças, competindo pela preferência de compra do mesmo público. Ou seja, se compro uma blusa em A, não comprarei outra blusa em C porque a demanda já foi suprida. E a segunda: você consegue identificar alguma atividade característica de imediato?

Certamente, a mais antiga e evidente é a base de toda a ciência moderna! Em realidade, trata-se da prerrogativa do próprio “método científico” que depende da construção coletiva do conhecimento, juntando-se uma miríade de fatos verificados por inúmeros cientistas ao redor do mundo que juntos comprovam (ou decifram) hipóteses específicas, formando as bases de uma teoria científica. Um exemplo clássico e de conhecimento do público amplo foi o projeto Genoma que decifrou o código genético humano.

Figura. Representação esquemática do método científico (adaptado da Wikipedia).

            Da mesma forma, podemos enquadrar a atividade de programação que pode envolver centenas ou até milhares de programadores ao redor do mundo, cada um produzindo uma pequena parte do código para desenvolver uma aplicação específica. Este conceito ficou conhecido como princípio do “código aberto” e deu origem ao sistema operacional Linux que chegou a rivalizar com o Windows por certo tempo (pelo menos entre os programadores profissionais).

Existem outras atividades não tão evidentes que também são pautadas pelos “pontos de convergência”, tais como a geração de bitcoins, o acúmulo de créditos de carbono ou o marketing de conteúdo, mas o importante aqui é entendermos a origem do conceito da “colaboração em massa” que ficou mundialmente conhecido pelo termo wikinomics.

Na verdade, wikinomics é um neologismo criado por Don Tapscott e Anthony Williams, enfatizando que o compartilhamento de informações dará “vantagens colaborativas” (e não competitivas) para as empresas que se abrirem a este novo paradigma. Eis uma frase que sintetiza muito bem esta visão de futuro no mínimo instigante: 1

A economia é vista como um meio de colaboração entre os atores sociais, baseada em códigos abertos e “ideágoras” que são as modernas praças do conhecimento, porém nunca tão verdadeiras!

Isto ocorrerá devido à oportunidade de interagir com uma diversidade de profissionais qualificados, mesmo que estes estejam geograficamente distantes e ainda a um custo consideravelmente menor, contando com a diversidade de contribuições para incrementar o processo de inovação dentro e fora das organizações. Uma dica: quem quiser se aprofundar no tema, não deixe de ler os trabalhos do Prof. Henry Chesbrough da Harvard Business School. 2

Aos meus olhos, este movimento é irreversível, de modo que as empresas deverão se adaptar mais cedo ou mais tarde, assim como a necessidade de se fomentar a inovação através das ferramentas propiciadas pela tecnologia da informação e inteligência artificial. Você já está preparado para este futuro incrível que está por vir?

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Obra no prelo: INTELIGÊNCIA DE VALOR: sempre boas decisões sem esforço

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Saiba mais:

1. Tapscott, D., Williams, A.D. Wikinomics, Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2007.

2. Chesbrough, H.W. Open business model: how to thrive in the new innovation landscape, Boston, MA: Harvard Business School Press, 2006.

ESTRATÉGIA COMPETITIVA

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Verdade seja dita! Foi o Prof. Porter,  da Harvard Business School, o primeiro a perscrutar este campo de estudos com análises muito bem estruturadas do fenômeno da competição, especificamente voltadas para o mundo dos negócios.1 Ele preconizou que, para o desenvolvimento de qualquer estratégia competitiva, é preciso de responder antes a 3 questões essenciais:

                                    1. Como você pretende competir?

                                    2. Quais são os seus objetivos no longo prazo??

                                    3. Por quais meios (políticas) você espera atingí-los???

Vamos começar avaliando as estratégias competitivas empresariais que já estão amplamente disseminadas e fazem parte da rotina de qualquer executivo que se preze nos dias de hoje. Porter nos ensinou a utilizar a “roda da competitividade” que é um dispositivo visual extremamente didático para visualizar rapidamente os aspectos cruciais da estratégia competitiva de uma empresa.

No centro da roda ficam os objetivos, sejam eles econômicos ou não-econômicos. Importante que estes sejam perfeitamente alinhados com a estratégia assumida. Como exemplo podemos citar: lucratividade, market share, fortalecimento da marca, reconhecimento social, entre outros. Por sua vez, os raios da roda representam as políticas assumidas para atingir cada um dos objetivos. Eles também se confundem com as áreas que desempenham as respectivas atividades dentro da empresa (marketing, P&D, produção, vendas, etc. ). Notem que, dependendo da estratégia escolhida, um ou outro raio da roda ganhará maior ou menor importância.

Figura. Roda da competitividade de Porter.

Se a empresa decide, por exemplo, ser a líder em tecnologia do seu setor, as atividades de P&D e marketing certamente terão maior relevância do que as de distribuição, muito embora a harmonia do conjunto e o alinhamento com todos os objetivos sejam críticos para o desempenho final da roda. E olha que tem muita “roda quadrada” rodando por aí!

Definida a estratégia, estabelecidos os objetivos, falta somente identificar os 4 fatores críticos de sucesso. Nunca o contrário! São sempre 2 fatores internos e 2 fatores externos, começando pelas suas forças e fraquezas… Pergunte-se: no quê você é muito bom mesmo? Qual é o seu “calcanhar de Aquiles” perante os competidores???

Uma empresa pode ser a única em sua tecnologia, no entanto, se tiver carência de recursos humanos, vai acabar morrendo é na praia!

Da mesma forma, os valores pessoais (leia-se as motivações e necessidades de cada um) dos seus executivos e das pessoas diretamente ligadas à implementação da estratégia escolhida são determinantes para o sucesso. Vocês acham realmente que o Zuckerberg estava interessado nos bilhões que viria a galgar quando passou 1 mês enfurnado num quarto em Harvard programando aquela que seria a maior rede social do planeta? Ou será que Jeff, isso mesmo o careca da Amazon, tinha necessidades “patológicas” de fazer compras sem sair de casa???

Já no ambiente externo ficam os riscos (tanto oportunidades como ameaças) associados à sua indústria especificamente e às expectativas da sociedade em geral, mais propriamente os marcos legais que refletem os interesses do Estado, os anseios da população e as preocupações com o meio-ambiente e justiça social.

Recentemente vimos no Brasil vários grupos empresariais do segmento das empreiteiras (do tamanho de uma Odebrecht, por exemplo) envolvidas num escândalo sem tamanho de propinas deflagrado pela operação Lava-Jato. O que representava, na lógica deles, uma oportunidade (políticos corruptíveis brasileiros) acabou se tornando a grande ameaça para continuidade do negócio e ainda uma “baita” oportunidade para as empreiteiras médias e honestas que antes sofriam para vencer uma concorrência sequer!

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Obra no prelo: INTELIGÊNCIA DE VALOR: tome boas decisões sem esforço

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Saiba mais:

17Porter, M. Competitive Strategy, The Free press, New York, 1980.

2. Tapscott, D., Williams, A.D. Wikinomics, Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2007.