SIMPLICIDADE versus COMPLEXIDADE § 79 – 81

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§ 79

Holística psicossomática. E a tal energia criadora e imanente, oriunda da Fonte, não pode afetar “positivamente” os corpos físicos? Não diretamente, como muitos afirmam. Ela afeta, outrossim, as consciências que, por sua vez, influenciam os corpos físicos, emanando pensamentos que interagem com as células no nível supramolecular, ativando ou desativando determinados mecanismos bioquímicos que podem ser saudáveis ou não. Quem nunca ouviu falar das doenças psicossomáticas ou, por outro lado, das terapias holísticas aplicadas pela medicina corpo-mente? Sim, este é o único canal de intercâmbio entre o plano físico e sutil. Algumas doutrinas religiosas espiritualistas apregoam outros canais evocando teorias complexas e até mesmo cientificamente ousadas, mas no fundo são apenas consciências influenciando os pensamentos de outras consciências em planos distintos. Mesmo nos fenômenos tidos como físicos, notem que é sempre o pensamento que dispara a ação. Veremos em detalhes este mecanismo cognitivo.

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Descrição gerada automaticamente
Figura. Representação da consciência no século XVII.

§ 80

Da falácia humana. Por que o meio físico é tão importante neste processo se ele é puramente energético? O plano físico não é passível de interação somente com as energias eletromagnéticas e fotoelétricas. Seria uma falácia humana pensar de forma tão rígida e restrita! E olha que muitos cientistas assim o fazem. E é exatamente por isso que reconheço e amo os “teóricos” como Einstein que, via de regra, estão muito além do seu tempo… Pois bem. O meio físico é importante pelo único fato dele propiciar os sinais que são transmitidos pela consciência através dos pensamentos. Lembre-se mais uma vez para reter: a energia criadora que provém da Fonte não age diretamente sobre as “coisas físicas”, senão pelo intermédio da consciência.

§ 81

Sinais dos novos tempos. Agora fiquei curioso… Quais tipos de “sinais” podem ser transmitidos pela nossa consciência? Tanto sinais químicos como energéticos. Aqui precisaremos estender o conceito da física em que a energia está associada à capacidade de qualquer “corpo” de produzir “trabalho”, ação ou movimento. Este conceito fica limitado porque se entende como trabalho a capacidade de promover o deslocamento de um corpo físico. Mas e se assumirmos a existência do corpo sutil, aquele gerado pela consciência, ou melhor, pelos pensamentos? Essa mesma “energia sutil” poderia mover tanto a consciência aos estados projetivos como também ativar a telomerase em processos que afetam a reprodução celular através dos “sinalizadores celulares”. Aqui só precisamos adotar mais um “dogma” e pensar nas células como uma pequena entidade viva como o são. Mas quem falou que a ciência teórica assim não o faz. Existem teorias amplamente aceitas pela comunidade científica que nunca passaram por perto de uma experimentação laboratorial pelo menos por um tempo…

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Da obra no prelo CULTURA DE VALOR: aforismos para uma vida plena

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SIMPLICIDADE versus COMPLEXIDADE § 73 – 75

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§ 73

Do microcosmos mental ao corpo consciencial. Começamos aqui a nos enveredar mais propriamente nos terrenos da metafísica, mesmo que ainda tratando dos valores no plano físico. Não nos referimos a algo “simples” dentro da compreensão usual, relacionada ao minimalismo estético, nem tampouco do simples fatídico, aquele oriundo do desprendimento das posses ou da humildade em atitudes. Trataremos, outrossim, do “simples” como elemento básico da vida, responsável pela origem dos nossos pensamentos e, claro, de tudo que deles decorre, o que está por detrás do intricado arcabouço das memórias e conexões nervosas que regem a nossa mente, aquela que pode ser considerada o nosso próprio cosmos! Vejam: temos de um lado o “macrocosmo universal” e, do outro, um “microcosmos mental” altamente complexo… Eis o nosso próprio universo: aquele que criamos com a vastidão dos nossos pensamentos e experiências. E é daí que faremos (na segunda parte desta obra) a “ponte” com o plano sutil e os valores conscienciais.

§ 74

Consciência versus corpo consciencial. O simples, portanto, é a consciência, o foco da energia consciencial. É a centelha de vida que anima o nosso corpo físico. O complexo é, por sua vez, o que modula nosso “corpo consciencial”, as intrincadas leis da matéria que possibilitam a manutenção da vida a partir desta “energia vital” ou, como gosto de chamá-la, a “energia criadora”. Sem ela não há pensamentos. Não há percepção da própria existência. É o que nos caracteriza como indivíduos, seres sencientes, ou os pretensos seres humanos. É o que dirige nossa mente e pensamentos. É o que permite nos relacionarmos com outras consciências. É, acima de tudo, o que nos conecta ao “macrocosmo universal”. Ou seja, a simplicidade da consciência nos conecta à complexidade do universo, ao passo que o complexo intrincado da realidade material, o emaranhado do “microcosmos mental”, nos conecta à simplicidade da criação, fruto de uma Fonte infinita em valores conscienciais, de onde provém a energia imanente das criaturas. De onde provém a consciência e para onde ela regressa após o processo de depuração ou iluminação (mais um assunto para a próxima parte desta obra).

§ 75

Da energia vital ou energia criadora. Eis o elemento mais simples do cosmos.[*] Simples porque ela é única e se propaga indefinidamente por qualquer meio, físico ou sutil. É, por este mesmo motivo, onipresente, bicorpórea na sua essência, passível assim de materialização ou espiritualização ao mesmo tempo, a propósito, que para ela não existe… Sem os dualismos característicos da complexidade das leis materiais. É também a única que não é suscetível de interferências. É por este motivo eternamente estável ou imutável. É, finalmente, o elo de ligação vital entre toda e qualquer consciência. E, claro, com explicações inacessíveis aos conhecimentos científicos que detemos no mundo material.


[*] Lembrar que estamos no campo da metafísica, bem distantes das explicações científicas da física quântica para as partículas subatômicas.

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Da obra no prelo CULTURA DE VALOR: aforismos para uma vida plena

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Mundo redondo, universo plano

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O mundo pode ser redondo, mas o universo é plano. Ao navegar no cosmos, em sua magnitude infinita, pode-se assumir somente 2 direções: a que nos leva a Deus e a que nos afasta Dele!

Cada Ser, em sua singularidade de vida, apresenta-se tal como um vetor numa trajetória incomparável de interações mentais, espirituais e conscienciais que podem ser “geradoras” ou “destruidoras” de valor, dependendo de como afetam o meio que estão inseridos nos planos físico e extrafísico.

Figura. Trajetória vetorial dos Seres rumo a Deus.

Somos, assim, compostos essecialmente de apenas 3 atributos existenciais que permitem toda a expressão do Ser, quais sejam:

  1. Inteligência: manifesta através da mente no plano físico;
  2. Espírito: manifesto pela alma no plano extrafísico;
  3. Consciência: canalizada pela conexão com Deus.

Este conceito é de vital importância. Devemos sedimentá-lo, com total serenidade e aceitação. Em última instância, são afetadas as inteligências, espíritos e consciências, sempre num certo raio de interferência que depende da intensidade da energia criadora emitida.1

O problema do ser, portanto, reside no discernimento de como controlar suas faculdades moldando estes 3 únicos atributos. Lapidar a inteligência, o espírito e a consciência: eis os verdadeiros objetivos da nossa existência!

Ao contrário dos atributos, temos inúmeras faculdades que são basicamente aquelas ações que conseguimos realizar graças aos nossos atributos. Ou seja, o atributo leva à faculdade e nunca o contrário.

Veja só. O pensamento (faculdade de pensar) brota da mente que é acionada pela inteligência. É assim que decido, por exemplo, se preciso sair para comprar pão agora, se devo vender um determinado ativo na bolsa de valores antes da reunião do FED ou se, por ventura, preciso fazer um check-up para não arruinar o feriadão da família!

As faculdades da alma são muito mais sutis e ainda tem gente que acha que se resolve com pílulas… A faculdade de sentir com os “olhos d´alma” requer a sensibilidade dos sentidos extrasensoriais, velados aos que se iludem pelo mundo material. Você realmente acredita que é a ocitocina que move o coração de um pai que revê a filha depois de uma longa viagem de trabalho? 

Se controlar os sentimentos que regem as relações entre os Seres já é uma missão tão desafiadora, que dizer então da maior de todas as missões, aquela que deveria ser nosso grande propósito existencial e que, por certo, pouquíssimos estão perseverando? Orar e meditar são indubitavelmente as faculdades supremas e olha que ainda assim tão poucos as volarizam…

Veremos que os valores que realmente importam são os conscienciais, ou seja, aqueles que nos conectam a Deus!

Isto não quer dizer que os valores da mente ou do espírito devam ser negligenciados. Muito pelo contrário… São eles que nos conduzem, afinal, aos verdadeiros valores. É que o Deus que existe em cada um de nós é a única realidade que importa. Acreditem: tudo o mais é realmente, como já diziam os Vedas, pura ilusão!

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Da obra no prelo CULTURA DE VALOR: aforismos para uma vida plena

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Saiba mais:

1. Indo além dos nossos propósitos, completamente despreocupado com o rigor matemático que não seja puramente filosófico, podemos elucubrar o quantum de energia vital, tal como revelado pelo guru da Kriya Yoga Paramahansa Yogananda em 1949, como sendo o menor valor que esta grandeza possa assumir. E, ainda, denominar este “pacote” energético de vitráton. Sabendo-se que este tipo de energia associa-se à capacidade de “gerar” ou “destruir” valor, quanto maior for a quantidade de vitrátons, tanto maior será a sua intensidade e, consequentemente, a sua capacidade de interação com outros seres. Para saber mais, acesse AQUI.

Ciclo da Cultura de Valor (CCV)

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Qualquer animal, terrestre ou não, inclusive o próprio ser humano, carrega em si um foco singular de “energia vital”, também chamada de “energia criadora” ou “energia cósmica universal”, derivada da Fonte criadora de todas as consciências do universo: Deus.

Este, para mim, é um axioma propriamente dito! Já vimos, segundo o conceito milenar de karma, que a pureza da criação divina vai se perdendo ao longo da existência por interações mal sucedidas com outras consciências que afetam nosso Estado de Coerência e alimentam, desta forma, as atitudes destruidoras de valor.1

Existe uma única forma de resgatar esta pureza original da Criação: conectando-se constantemente à Fonte. Para tal é preciso atuar em duas frentes: primeiro a prática disciplinada da meditação/oração e, concomitantemente, desenvolver em si os valores outrora perdidos. Mas será que existe uma técnica sem quaisquer vínculos religiosos capaz de acelerar este resgate?

Longe da sofisticação do silogismo aristotélico,2 qual um fio condutor que nos guia pelos conceitos mais importantes a serem aqui apresentados, o Ciclo da Cultura de Valor (CCV) é a estratégia de escolha para reposicionar radicalmente o sentido das nossas vidas!

Ele prima pela prática e por isso abstêm-se dos debates filisóficos ou teológicos nos quais muitos se esbarram no caminho para o progresso espiritual. Afinal, como se processa no nível mental (digo dos algoritmos emocionais que disparam reações bioquímicas nos nossos cérebros) este tal CCV?

Foi Gandhi, o homem que libertou a Índia pela paz, uma consciência certamente à frente do seu tempo, através da palavra escrita, quem me inspirou decisivamente a traçar o Ciclo que é muito simples, constituído de 7 passos comportamentais e que nos propicia um método eficaz para busca do verdadeiro sentido da vida.3

Figura. O Ciclo da Cultura de Valor (CCV).

São deveras muitas e diversificadas as motivações por detrás dos nossos comportamentos, no entanto identificou-se um padrão processual que invariavelmente respeita a sequência dos 7 passos (ou máximas) enunciados pelo CCV, a saber:

  1. Ao “programar” nossa mente (algoritmos), nasce uma crença;
  2. As crenças geram, por sua vez, os pensamentos subjetivos;
  3. Os pensamentos se materializam, inicialmente, pelas palavras;
  4. As palavras são, muitas das vezes, seguidas por ações concretas;
  5. Já as ações, sejam recorrentes ou reincidentes, tornam-se hábitos;
  6. Sem os hábitos, por certo, não há concepção de valor consciencial;
  7. E tão somente os valores que conduzem ao que chamamos destino.

Alerto de antemão que este feito só será possível àqueles que se debruçarem num estado profundo de compreensão e prática dos mecanismos comportamentais que apresentaremos. Arrisco-me até a dizer, como Nietzsche o fez, que este preceito destina-se especialmente aos “espíritos livres”, aqueles seres impávidos e despidos de preconceitos. Os verdadeiros livre-pensadores de todos os tempos.4

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Da obra no prelo CULTURA DE VALOR: aforismos para uma vida plena

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Saiba mais:

1. Segundo o Dr. Rollin McCraty, Diretor de Pesquisas do Institute of HeartMath, a Coerência seria caracterizada pelo estado em que o coração, a mente e as emoções das pessoas estão em cooperação e alinhados energeticamente, liberando mais energia que se manifesta em resultados harmoniosos para uma vida plena. Para saber mais, acesse AQUI.

2. Um silogismo (do grego antigo συλλογισμός, “conexão de ideias”, “raciocínio”; composto pelos termos σύν “com” e λογισμός “cálculo”) é um termo filosófico com o qual Aristóteles designou a argumentação lógica perfeita, constituída de três proposições declarativas que se conectam de tal modo que a partir das duas primeiras, chamadas premissas, é possível deduzir uma conclusão. A teoria do silogismo foi exposta por Aristóteles em Analíticos Anteriores.

3. Gandhi foi o idealizador e fundador do moderno Estado indiano e o maior defensor do Satyagraha (princípio da não agressão, forma não violenta de protesto) como um meio de revolução. Inspirou gerações de ativistas democráticos e antirracismo, incluindo Martin Luther King Jr. e Nelson Mandela. Frequentemente afirmava a simplicidade de seus valores, derivados da crença tradicional hindu.

4. Pensamento livre ou livre pensamento é o ponto de vista, filosófico ou não, que sustenta que os fenômenos e todas as coisas devem ser formados a partir da ciência, da lógica e da razão e não devem ser influenciados por nenhuma tradição religiosa, autoridade ou qualquer dogma.