SAÚDE versus DOENÇA: § 1 – 3

#ricardobarreto #culturadevalor #valores #cultura #aforismos #planofísico #saúde #doença

§ 1

Sobre o conceito holístico de saúde. Vamos nos esquecer do que diz a Organização Mundial de Saúde (OMS) e partir pelo princípio de que saudável é toda “entidade” que existe no plano físico, tem vida própria e está em harmonia para interagir colaborativamente com o meio a sua volta. Estamos aptos, agora sim, a dissecar cada um destes pontos.[1]

§ 2

O que vem a ser uma “entidade”? Na visão filosófica, o termo entidade é bem mais abrangente do que o termo ser. Enganam-se os simplistas que se apegam somente à característica comum que é a de existir. Como visto alhures, o ser, como tal, tem identidade própria, ou seja, sua existência é autônoma e é dotado de consciência. Já a entidade é autônoma em sua existência, mas não necessariamente é dotada de consciência. Portanto, todo ser é uma entidade, mas nem toda entidade é um ser. Um exemplo clássico de entidade é a célula. Ela tem todos os elementos para viver de forma autônoma dentro de um organismo, muito embora seja desprovida de consciência mesmo possuindo mecanismos inteligentes no nível molecular: a chamada “inteligência celular”.  

§ 3

A propósito da existência no plano físico. Caracteriza-se a existência carnal pela composição de um corpo físico, ou melhor, de um organismo vivo. Tanto o ser como a entidade podem existir no plano sutil e por isso somente concebemos uma existência real no plano físico quando assumem um corpo físico, seja pela reprodução de outros seres e entidades ou, mais raramente, pelos fenômenos de materialização.

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Da obra no prelo CULTURA DE VALOR: aforismos para uma vida plena

Gostou? Mãos ao BUZZ nas redes!


[1] Lembre-se que neste livro nos esquecemos dos artifícios puramente científicos e buscamos inadvertidamente o sentido mais amplo das coisas, na profundidade e ousadia que só a filosofia e a metafísica permitem.

Sobre os aforismos

#ricardobarreto #culturadevalor #valor #cultura #aforismos #valores #Nietzsche #aforistas

Vivemos numa época de aforistas que não têm a menor ideia do que é um aforismo. Esta é a mais triste realidade! Não se trata de vociferar pelas redes sociais, falando aquilo que todo mundo quer ouvir ou, pelo menos, sua plêiade de seguidores…  

Um aforismo tem que ter qualquer coisa de profundo, de mítico, filosófico melhor dizendo… Algo que nos remeta ao devaneio, que nos revolte ou, minimamente, que nos deixe boquiabertos. Isto mesmo. Seria a síntese perfeita de algo: uma crença, um conceito ou coisa que o valha, desde que o estrondo seja, porque não dizer, apocalíptico!

 A palavra aforismo tem origem no grego aphorismós, cujo significado é de limitação, definição breve, uma sentença. Já o dicionário Houaiss os caracteriza como:1

“Máxima ou sentença que, em poucas palavras, explicita regra ou princípio de alcance moral; apotegma, ditado. Texto curto e sucinto, fundamento de um estilo fragmentário e assistemático na escrita filosófica. Relacionado a uma reflexão de natureza prática ou moral.”

O grande filósofo Nietzsche foi um dos que primaram pela consagração de tal gênero textual. Não só pela maestria em “desconstruir” conceitos ou crenças (um ávido crítico do cristianismo),2 mas sobretudo pela sua genialidade em exprimir verdades nas entrelinhas… Transcrevo aqui 10 dos considerados seus maiores aforismos:

  1. Deus está morto. Viva perigosamente. Qual o melhor remédio? – Vitória!
  2. A diferença fundamental entre as duas religiões da decadência: o budismo não promete nada, mas assegura. O cristianismo promete tudo, mas não cumpre nada.
  3. Aquilo que se faz por amor está sempre além do bem e do mal.
  4. O amor é o estado no qual os homens têm mais possibilidades de ver as coisas como elas não são.
  5. Há sempre alguma loucura no amor. Mas há sempre um pouco de razão na loucura.
  6. As convicções são cárceres.
  7. A moralidade é o instinto de rebanho do indivíduo.
  8. Cada pessoa tem que escolher quanta verdade consegue suportar.
  9. O desespero é o preço pago pela autoconsciência.
  10. E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música.

Pois bem, longe da busca dos provérbios populares, mesmo pleiteando algo difícil de se conceber, algo como a condensação de conceitos amplos em poucas palavras, assim como Nietzsche, nesta obra não se pretende “construir” verdades, outrossim buscar a Verdade!

Foto em preto e branco de homem com gato no colo

Descrição gerada automaticamente
Figura i.12. Nietzsche, isolado, ao final da sua vida.

Nossos aforismos não seguirão estrutura definida pela brevidade e precisão, por meio tão somente de pequenas sentenças. Nem tampouco serão taxativos, apresentando um discurso filosófico doutrinador. Precisamos, outrossim, de uma metodologia que nos ajude a expressar o “pensamento livre” sobre os temas principais que permeiam os 7 passos do Ciclo da Cultura de Valor (CCV).

Sempre os abriremos com uma breve indagação, seguida do aforismo propriamente dito, o qual poderá se materializar numa única sentença de impacto ou até mesmo desdobrar-se em alguns poucos parágrafos quando o assunto se der por merecer. Daí os distinguiremos de uma simples seção de perguntas e respostas!

Se virarão máximas, veja bem, isto não sabemos e nem sequer temos a pretensão de vir a ser tal como um Nietzsche! Tenham certeza ao menos de uma coisa, haverá muitos casos em que terão o sentimento de que aquilo era justamente o queriam ouvir, ou exprimir. Por certo, em outras tantas, o repúdio será evidente. De todo modo, assim me darei por satisfeito.

Agora, finalmente, pensem comigo: será que Nietzsche estava realmente preocupado em ser fazer ouvir? Sua foto, ao final da vida, fala per se.

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Da obra no prelo CULTURA DE VALOR: aforismos para uma vida plena

Gostou? Mãos ao BUZZ nas redes!

Saiba mais:

1. Antônio Houaiss, Grande Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, Editora Objetiva/ Instituto Antônio Houaiss, 2001.

2. Nietzsche, F. Obras Incompletas, com destaque para: Aurora – Pensamentos sobre os preconceitos morais, Nova Cultural: São Paulo, 2001.

PASSO 7: nosso destino

#ricardobarreto #culturadevalor #valor #cultura #aforismos #valores #destino #avatar #mundoastral #ubiquidadeconsciencial #seresdeluz

Chegamos ao sétimo e último passo do Ciclo da Cultura de Valor (CCV): exatamente “aquilo” que nos está reservado, como consequência óbvia, após passar por todos os outros passos.

Para todos os seres dotados de consciência que acreditaram, pensaram, falaram, agiram, praticaram e, consequentemente, geraram valores continuamente ao longo da sua existência não há com o que se preocupar!

Acabamos de ver onde pode chegar um empresário que prima pelo valor do “empreendedorismo”. Agora, imagine comigo onde um ser consciente pode chegar ao se destacar em todos os valores que discorremos? Vamos aqui perscrutar, mesmo que de relance…

Mundo astral

Realmente Einstein estava certo ao dizer que Deus não joga dados… Somos nós mesmos que dificultamos a compreensão! Vivemos num corpo físico que habita o planeta Terra, mas esta é uma situação ilusória, ou mais propriamente transitória.

O “mundo astral” que é a verdadeira realidade da alma, quando abandona o plano físico. Ao desvencilharem-se da limitação imposta pela realidade material do espaço-tempo, poderão estar onde quiserem e na velocidade do pensamento, vivendo o eterno presente.

Isto mesmo, na realidade do “mundo astral” não existe mais passado nem futuro. Só o presente!

A grande pegadinha é que permanecemos, de certa forma, ligados ao plano físico enquanto estamos em déficit com a nossa “conta kármica”, de modo que precisamos resgatar as dívidas através da interação proativa com outros seres conscientes, na roda das encarnações.

Enquanto isso, o acesso ao “mundo astral” pela nossa alma é limitado ao período entre encarnações, no sono (em estágio profundo) ou em Estado Alterado de Consciência (EAC) como, por exemplo, no transe meditativo ou oração sincera.

Fora isso, o “mundo astral” só ganha importância de fato quando não há mais a necessidade de estar no plano físico, passando a habitar somente no plano sutil, com a liberdade de criarem o mundo que desejarem com os seus próprios pensamentos (alguns o chamam também de “mundo das ideias”).

Somente aqueles que atingiram o estado de pureza absoluta, libertando-se da necessidade de interações com outras consciências para estabilizarem-se, permanecendo ininterruptamente em estado de superconsciência, em conexão com o Criador, permitindo projetarem-se para onde quiserem.

Estarão, assim, em ressonância plena com aqueles que estiverem no mesmo padrão vibratório, muito embora nunca deixem de vibrar pela coletividade de seres, nos diversos mundos habitados, compondo a inesgotável energia criadora que compreende o somatório das vibrações de uma plêiade de consciências puras (os verdadeiros “avatares”) que orbitam ao redor do núcleo Criador.

Avatares: os mestres espirituais

Os “avatares” são seres de luz que assumem, via de regra, uma missão peremptória, algo sublime, relacionado ao planejamento evolutivo de comunidades conscienciais inteiras.

Ficam, assim, responsáveis pelas estratégias evolutivas que regem os universos físico e sutil. Mais propriamente pode-se dizer que se tornam os verdadeiros “gestores celestiais”!

Raramente voltam ao plano físico e, quando o fazem, são facilmente reconhecidos como verdadeiros profetas, os “líderes espirituais” que estão muito além do seu tempo… Acontece quando a intervenção superior se faz necessária para corrigir desvios de planejamento evolutivo, os quais podem comprometer a trajetória de um conjunto de comunidades conscienciais inteiras.

Podemos reconhecer facilmente na história da humanidade alguns momentos cruciais em que este tipo de intervenção dita “divina” foi necessária. Não precisamos detalhar aqui o papel evidente de missionários como Jesus Cristo, Buda, Krishina, entre outros seres de luz que por aqui passaram e deixaram marcas profundas no curso evolutivo da humanidade. A passagem de um avatar, portanto, é rara mas impactante.

Ubiquidade consciencial

Cabe salientar que estes “seres de luz” não são exclusivos do nosso planeta. Seríamos muito pretensiosos de achar que a Terra é o único planeta habitado por seres vivos e conscientes… O fato é que temos apenas uma pequeníssima visão do planejamento evolutivo do universo sutil.

Tais seres de luz caracterizam-se por apresentar presença difusa, ou seja, podem estar em diversos lugares ao mesmo tempo. Não lhes é imposto o confinamento oriundo da matéria, limítrofe pelas leis que regem a relatividade geral einsteiniana!

É a propriedade especial de coabitar a Consciência, em qualquer ponto no universo sutil e de forma instantânea, a que chamamos aqui inequivocamente de ubiquidade consciencial.

Antes de perpetrar a trajetória evolutiva retornando à Fonte como um Avatar, qualquer ser consciente passa por diversos estágios evolutivos, assumindo uma posição referencial com relação àqueles que se encontram em estágios inferiores de depuração (ausência de karma). Diz-se que, neste ponto, tornaram-se uma Consciência-guia.

Quer dizer que tais Consciências foram promovidas para comunidades conscienciais mais evoluídas e tornaram-se exemplos para aqueles que os conheceram ou que tiveram contato através da história de suas realizações que nada mais são do que reflexos da ubiquidade consciencial. Muitas crenças os chamam de santos!  

Gandhi, Madre Tereza de Calcutá, Francisco Xavier, São Francisco de Assis e Paramahansa Yogananda são apenas alguns dos exemplos que temos nesta categoria de seres ultra evoluídos, muito embora deva-se observar que muitos permanecem incógnitos apesar das suas obras de profundo valor consciencial.

§

Tudo isso pode parecer, por ora, um tanto quanto surreal, ou até mesmo duvidoso sob a ótica daquelas crenças religiosas mais arraigadas. Mesmo assim, estamos aptos a adentrar na primeira parte desta obra que trata dos valores no plano físico.

Certifique-se antes de mais nada que a torrente de pensamentos suscitados até aqui está lhe instigando a busca pela essência dos seus próprios valores, sem dogmas religiosos ou filosóficos, caso contrário recomendo parar por aqui.

A permanência na quietude de suas crenças é uma opção extremamente louvável. Afinal, não são muitos os caminhos que nos levam à mesma morada… O caminho de retorno à Fonte da criação, no seu devido momento, é dado como certo, criaturas que somos!

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Da obra no prelo CULTURA DE VALOR: aforismos para uma vida plena

Gostou? Mãos ao BUZZ nas redes!

PASSO 6: nossos valores

#ricardobarreto #culturadevalor #valor #cultura #aforismos #valores #neogênesedovalor #valorreal #valoresperado #valorpercebido #Habis

Relembremos, antes de mais nada, da sua conceituação: valor nada mais é do que tudo aquilo que a nossa “consciência” deseja acumular e/ou manter ao longo da existência, seja no plano físico ou “sutil”, cuja distinção já foi bem esclarecida alhures.

Não se pode restringi-lo a um “ente”, um ser espiritual ou até mesmo à capacidade de influência sobre os mesmos, nem tampouco aos objetos físicos, ou ao sentimento de posse dos mesmos, propiciado pela riqueza mundana. É, outrossim, um conceito complexo, dotado de caráter abstrato, tão relativo como o espaço-tempo einsteiniano!

Para entendê-lo é preciso, antes de mais nada, desvendar sua origem, a neogênese, como ele se deriva das coisas, dos seres, das situações… Enfim, como gerar valor de fato?! O valor, via de regra, relaciona-se à satisfação de uma “necessidade” ou de um “desejo” não atendido.

Neogênese do valor

Em primeiro lugar, uma “necessidade” dita consciente é aquela de que precisamos para realizar uma atividade que seja capaz de afetar positivamente uma consciência, digo a sua a de outrem. Para ilustrar, apliquemos a técnica schumpeteriana da “destruição criativa”,1 que apresenta uma forma elegante de fazer análises do tipo reducionistas, até chegarmos às necessidades primárias, aquelas que vão ao âmago das coisas… Primeiro um exemplo prático como de costume.

Imagine que você está desempregado há mais de um ano e decide montar uma empresa. Deve primeiro escolher um ramo de atuação, levantar o capital, encontrar o local apropriado, um nome certeiro, etc. Então vem a dúvida cruel: analisando-se todos estes quesitos, será que você está realmente apto para montar este negócio?

A estatísticas não mentem, mas o fato é que muitos o fazem até com um certo grau de sucesso, gerando uma renda capaz minimamente de sustentar suas famílias.  Mas o que difere estes “seres mortais” daqueles como o fundador da rede Habibs,2 que de uma padaria alçou voos mais altos, criando uma das maiores redes de fast food do país? Isto mesmo: valor. Em especial, neste caso, o valor do empreendedorismo.

Figura. Primeiro Habib’s em São Paulo.

O valor do empreendedorismo, portanto, nos diferencia da população mediana. Exige trabalho duro, disciplina, ousadia e uma série de outros atributos… É algo extremamente árduo de se conquistar, tanto que para grande maioria parece algo até mesmo inatingível, coisa de super-homem mesmo!

Quem diria que Steve Jobs era um cara normal, quando na garagem da casa dos seus pais, fundaria aquela que seria por muito tempo a empresa mais valorizada do mundo? Vejam o que ele próprio disse sobre o seu legado, em suas últimas palavras já no estágio terminal do câncer que o levou: 3

Minha paixão foi construir uma empresa duradoura, onde as pessoas se sentissem incentivadas a fabricar grandes produtos. Tudo o mais era secundário. Claro, foi ótimo ganhar dinheiro, porque era isso que nos permitia fazer grandes produtos. Mas os produtos, e não o lucro, eram a motivação.

 Valor: real, esperado ou percebido?

Ainda nos falta falar brevemente sobre o conceito de valor real, valor esperado e valor percebido. A análise probabilística bayasiana nos permite determinar de maneira bem simplificada cada um deles, aplicando-se apenas o conceito, sem lançar mão de quaisquer cálculos matemáticos mais rebuscados.4 Abaixo um exemplo inequívoco!

O valor esperado é aquele em que cada um estabelece uma inferência estatística, baseada nas suas próprias observações, sobre a frequência e o impacto com que gera determinado tipo de valor. Digamos que em 100 circunstâncias de encontros sociais, familiares e profissionais, você acredita que gerou o valor da “felicidade” em 50% deles. Isto quer dizer que, muito provavelmente, numa escala de 0 a 5, sua avaliação sobre o valor esperado seria neste caso de 2,5.

Imagine agora que, numa enquete com 50 das 500 pessoas com quem você interagiu nestes 100 encontros, apenas 5 (ou 10%) enxergaram de fato este valor em você e, na média, sua avaliação entre elas tenha sido de 1,5 (na mesma escala de 0 a 5). Isto é o que chamamos de valor percebido, aquele que os outros enxergam sobre você dentro de certo espaço amostral.

Aplicando-se então o tal modelo bayasiano que prevê o procedimento de atualização e validação das inferências, ou seja, sua auto avaliação versus a avaliação dos outros, temos o que mais se aproximaria do valor real da felicidade que você gerou, ou seja, algo entre 1,5 e 2,5, muito próximo de 2,0…

§

Podemos dizer agora o mais importante: um “desejo” consciente é muito maior do que uma “necessidade” consciente, isto porque envolve cargas emocionais intimamente ligadas ao Ser, sua alma mais propriamente.

Ao mesmo tempo, não precisa nos levar necessariamente às alturas, entretanto o que o difere deveras de um desejo comum, ordinário, é o fato de estar forçosamente relacionado com o nosso “sistema de crenças”.

É no prazer gerado pelo “gozo” da consciência, o que chamamos aqui de VALOR em suas diferentes acepções, que se encontra a verdadeira essência da nossa existência, o propósito maior das nossas vidas!

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Da obra no prelo CULTURA DE VALOR: aforismos para uma vida plena

Gostou? Mãos ao BUZZ nas redes!

Saiba mais:

1. A destruição criativa ou destruição criadora em economia é um conceito popularizado pelo economista austríaco Joseph Schumpeter em seu livro Capitalismo, Socialismo e Democracia (1942), ganhando força no contexto da ascensão do neoliberalismo e do neoconservadorismo. Extraído da Wikipedia em 12.02.2020 às 11:42h. Acesse AQUI.

2. Vejam o excerto que conta esta rica história do início de um empreendimento: “Em 1988, o que parecia um sonho torna-se uma jornada de sucesso! Nasce o primeiro Habib’s na Avenida Cerro Corá, no bairro da Lapa, em São Paulo (SP). A loja inaugurada com a filosofia de oferecer os melhores produtos, com os menores preços e com um atendimento diferenciado”, extraído do website do Habib´s em 1.03.2015.

3. Walter Isaacson, Steve Jobs: a biografia, São Paulo: Companhia da Letras, 2011.

4. A primeira vez que vi uma análise probabilística bayasiana foi na obra The organized Mind, de Daniel J Levitin (Dutton: New York, 2014, p. 231).  Ele a aplica para avaliar a incerteza de uma pessoa realmente ter determinada doença, dado que ela observou um teste positivo. Acontece que o Teorema Bayes é muito mais amplo e me dei conta que poderíamos utilizá-lo (ainda que de maneira bastante simplificada) para determinação do valor real, esperado e percebido de uma Consciência. Vejamos seu conceito para ficar mais claro: é um tipo de inferência estatística que descreve as incertezas sobre quantidades invisíveis de forma probabilística. Incertezas são modificadas periodicamente após observações de novos dados ou resultados. A operação que calibra a medida das incertezas é conhecida como operação bayesiana e é baseada na fórmula de Bayes. A fórmula de Bayes é muitas vezes denominada Teorema de Bayes.

Uma crise de valores

#filosofia #ciência #valores #ricardobarreto

FORMATO DO CONTEÚDO: blog post

TEMPO DE LEITURA: 00:02:33

Milhares de anos se passaram desde as primeiras discussões filosóficas, preconizadas por Sócrates, na famosa praça do conhecimento: Ágora. Mas será que as pessoas atingiram o estado de felicidade pelo qual têm lutado incessantemente desde os primórdios da existência?

Sem dúvida que não. Mas então no que conseguimos progredir ao longo de todo este tempo? É certo dizer que muito no âmbito das “coisas materiais”, no entanto, cabe ressaltar que estas conquistas somente nos proporcionaram conforto e nada mais…

Nos primeiros capítulos do terceiro milênio, a humanidade “engatinha” no que diz respeito à evolução intelecto-moral. O dinheiro ainda é sinônimo de poder e os ditames de Maquiavel nunca tiveram tamanha força!

São as grandes organizações empresariais que ditam as diretrizes político-econômicas dos países, enquanto que a desigualdade social é a “sombra” que assola o aparente desenvolvimento de alguns poucos que persistem nos mesmos erros…

Por outro lado, o progresso científico-tecnológico parece ter atingido seu ápice: a comunicação global instantânea, hoje, é uma realidade. A era da robótica e da engenharia genética saíram do campo da ficção e a economia pulsa na onda do “neoliberalismo” que, dentro de um contexto puramente capitalista, é mais do que natural…

Entretanto, apesar de todo este aparente desenvolvimento, o que se tem visto é uma crise existencial generalizada de valores.


As pessoas lutam com “unhas e dentes” por bens materiais, os quais depois de conquistados perdem o valor. A felicidade é efêmera e a chaga do século XXI contagia mais os ricos que os pobres, ela é a depressão e vem regada por muita ansiedade!


Muitos de nós, em virtude do ritmo acelerado da vida moderna, perdemos a paixão pela vida. Passamos a acordar e dormir sem agregar nada de bom, enfim, viramos autômatos! E o que é pior: somos totalmente conscientes disso…

O novo papel da filosofia, mais forte que nunca  (mesmo que não pareça para muitos), é o de resgatar os valores espirituais, ou melhor, os valores da Consciência, dando sentido ao conhecimento.

Certa vez, li uma frase (não me lembro ao certo onde) que de alguma forma mexeu muito comigo, lá no âmago mesmo… Ela dizia mais ou menos assim:

A maior qualidade de um filósofo é que ele pode possuir apenas um pequeno bem material, no entanto, sabe enriquecê-lo de valor.

Vê-se, portanto, que a verdadeira riqueza de um homem é a sua formação intelecto-moral, haja vista que esta é pessoal e imperdível. Lançamos mão aqui a uma sequência de citações que, ao meu ver, exprimem a epifania do ser pensante!

Em suma, ser filósofo, segundo Thoreau:

Não consiste meramente em ter sutis pensamentos, nem em fundar uma escola, mas em amar a sabedoria tanto quanto a própria existência, acomodada a seus ditames, uma vida simples, independente, magnânima e confiante.

Exorta-nos ainda Bacon o seguinte:

Devemos primeiro buscar as coisas do espírito, pois o resto será suprido, ou melhor, não sentiremos sua perda.

Fechando com esplendor, Will Durant nos lembra com propriedade que:

O que ficou foi o especialista científico que conhece mais e mais a respeito de menos e menos e também o especulador filosófico que conhece menos e menos a respeito de mais e mais.

Nossa missão, portanto, é buscar o equilíbrio dessas qualidades e despir a filosofia dos devaneios pseudo-sábios, lembrando-nos da simplicidade e eficiência de seu maior ícone: Sócrates. Mas fiquem tranquilos que o sacrifício com a cicuta não se faz mais necessário, não desta forma… É mais propriamente um suicídio intelectual!

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Conteúdo exclusivo de ricardobarreto.com

Gostou? Mãos ao BUZZ nas redes sociais!

Saiba mais:

  1. Barreto, R. L. LIVROVIVO: 2000-2002, 1a ed., Editor-Autor, 2003.
  2. Durant, W. História da Filosofia, 1926, 2a ed., p. 1.