Ética evolucionista – parte I

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TEMPO DE LEITURA: 00:02:17

Quando tive a ideia de escrever sobre ética, imediatamente lembrei-me de um filme que havia assistido muito tempo atrás, cujo enredo, de alguma forma, tinha me influenciado sobremaneira no “turbilhão da adolescência” !

Este filme se chama Waytt Earp e foca na história da vida de um famoso delegado americano que vivia nos tempos do “velho-oeste”, uma época em que a justiça ainda era feita, em boa parte, pelas próprias mãos…

Fiquei muito impressionado não pelo roteiro em si, outrossim, pela mensagem de honra e bravura, por sinal muito bem protagonizada pelo ator Kevin Costner.

Recordo-me até hoje das palavras do seu pai, interpretado por ninguém menos que John Wayne, quando disse o seguinte para toda a família, num fatídico almoço de domingo e em tom de severidade:

Meus filhos, o mais importante na vida de um homem é estabelecer o quanto antes o que ele é para só depois decidir o que quer da vida…

Naquela época eu nem tinha a “maturidade intelectual” suficiente para refletir em profundidade sobre os ensinamentos de um Sócrates, através da preciosa apologia deixada por Platão, mas felizmente a mensagem estava dada.

Mais socrático: impossível! Só por isso, hoje, eu escrevo sobre ética…

Com certeza muito já se falou sobre este tema e, sem sombra de dúvidas, muito ainda se falará. Entre os inúmeros trabalhos já publicados, de diversas épocas e povos, pode-se citar, como exemplo basilar, a obra de Spinoza: Ética.

Este tratado foi escrito em latim, no final da sua vida, e publicado somente após a sua morte. Nele, o grande filósofo expõe seu primoroso “sistema metafísico”, procedendo através de axiomas, definições e demonstrações. Lindo, não é mesmo!?

Àqueles que quiserem se enveredar mais profundamente sobre o assunto, recomendo fortemente o seu trabalho como ponto de partida. Caso contrário, apenas sigam-me pelas reflexões que se seguem (na sequência de blog posts) e poderão ter ao menos uma amostra da sua relevância, contextualizada aos nossos dias…

Primeiramente, deve-se ressalvar que enquanto houver uma sociedade composta de indivíduos e instituições que se relacionam entre si, as mais variadas questões éticas estarão sempre em voga para delinear os limites morais dos relacionamentos humanos e institucionais.

Eis aí o seu importante e único propósito!


A concepção ética é uma experiência única, singular a cada indivíduo, resultante de todas as suas vivências pessoais e coletivas. São os pressupostos morais que determinarão o seu caráter, a razão dos seus juízos e das suas decisões.


Isto posto, urge aqui que se reflita sobre as seguintes indagações (nossos 2Qs e 3Cs):

  1. Qual é a natureza da ética?
  2. Qual é a sua ética pessoal?
  3. Como conceber um juízo moral?
  4. Como tomar uma decisão ética?
  5. Como levar uma vida socialmente ética?

Muito bem. São estas as questões cruciais à evolução do ser humano, na medida que o conduzem naturalmente ao AUTOCONHECIMENTO, permitindo-lhe traçar o seu próprio código de conduta ética e moral.

[na sequência de posts também versaremos sobre a distinção entre estes conceitos]

Enfim, mas não por último, cabe salientar que no convívio social torna-se mister a adequação dos seus princípios aos padrões éticos vigentes. É o que chamamos de “estado de coerência ética” ! Como anda a sua? Apenas para reflexão…

Só assim, o indivíduo estará apto a tomar decisões não-conflitantes e conceber “juízos morais” consoantes com a sua Consciência, o que é fundamental ao seu equilíbrio psico-social.

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

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Saiba mais:

  1. Barreto, R. L. ÉTICA EVOLUCIONISTA: a razão da moral, 1a ed., Editor-Autor, 2008.
  2. Platão, Diálogos: Apologia de Sócrates, 1996, 2a ed., Editora Nova Cultural, 63-97.
  3. Baruch, de Espinosa, Ética, 1973, 1a ed., Editora Abril, 79-307.

Uma crise de valores

#filosofia #ciência #valores #ricardobarreto

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TEMPO DE LEITURA: 00:02:33

Milhares de anos se passaram desde as primeiras discussões filosóficas, preconizadas por Sócrates, na famosa praça do conhecimento: Ágora. Mas será que as pessoas atingiram o estado de felicidade pelo qual têm lutado incessantemente desde os primórdios da existência?

Sem dúvida que não. Mas então no que conseguimos progredir ao longo de todo este tempo? É certo dizer que muito no âmbito das “coisas materiais”, no entanto, cabe ressaltar que estas conquistas somente nos proporcionaram conforto e nada mais…

Nos primeiros capítulos do terceiro milênio, a humanidade “engatinha” no que diz respeito à evolução intelecto-moral. O dinheiro ainda é sinônimo de poder e os ditames de Maquiavel nunca tiveram tamanha força!

São as grandes organizações empresariais que ditam as diretrizes político-econômicas dos países, enquanto que a desigualdade social é a “sombra” que assola o aparente desenvolvimento de alguns poucos que persistem nos mesmos erros…

Por outro lado, o progresso científico-tecnológico parece ter atingido seu ápice: a comunicação global instantânea, hoje, é uma realidade. A era da robótica e da engenharia genética saíram do campo da ficção e a economia pulsa na onda do “neoliberalismo” que, dentro de um contexto puramente capitalista, é mais do que natural…

Entretanto, apesar de todo este aparente desenvolvimento, o que se tem visto é uma crise existencial generalizada de valores.


As pessoas lutam com “unhas e dentes” por bens materiais, os quais depois de conquistados perdem o valor. A felicidade é efêmera e a chaga do século XXI contagia mais os ricos que os pobres, ela é a depressão e vem regada por muita ansiedade!


Muitos de nós, em virtude do ritmo acelerado da vida moderna, perdemos a paixão pela vida. Passamos a acordar e dormir sem agregar nada de bom, enfim, viramos autômatos! E o que é pior: somos totalmente conscientes disso…

O novo papel da filosofia, mais forte que nunca  (mesmo que não pareça para muitos), é o de resgatar os valores espirituais, ou melhor, os valores da Consciência, dando sentido ao conhecimento.

Certa vez, li uma frase (não me lembro ao certo onde) que de alguma forma mexeu muito comigo, lá no âmago mesmo… Ela dizia mais ou menos assim:

A maior qualidade de um filósofo é que ele pode possuir apenas um pequeno bem material, no entanto, sabe enriquecê-lo de valor.

Vê-se, portanto, que a verdadeira riqueza de um homem é a sua formação intelecto-moral, haja vista que esta é pessoal e imperdível. Lançamos mão aqui a uma sequência de citações que, ao meu ver, exprimem a epifania do ser pensante!

Em suma, ser filósofo, segundo Thoreau:

Não consiste meramente em ter sutis pensamentos, nem em fundar uma escola, mas em amar a sabedoria tanto quanto a própria existência, acomodada a seus ditames, uma vida simples, independente, magnânima e confiante.

Exorta-nos ainda Bacon o seguinte:

Devemos primeiro buscar as coisas do espírito, pois o resto será suprido, ou melhor, não sentiremos sua perda.

Fechando com esplendor, Will Durant nos lembra com propriedade que:

O que ficou foi o especialista científico que conhece mais e mais a respeito de menos e menos e também o especulador filosófico que conhece menos e menos a respeito de mais e mais.

Nossa missão, portanto, é buscar o equilíbrio dessas qualidades e despir a filosofia dos devaneios pseudo-sábios, lembrando-nos da simplicidade e eficiência de seu maior ícone: Sócrates. Mas fiquem tranquilos que o sacrifício com a cicuta não se faz mais necessário, não desta forma… É mais propriamente um suicídio intelectual!

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

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Saiba mais:

  1. Barreto, R. L. LIVROVIVO: 2000-2002, 1a ed., Editor-Autor, 2003.
  2. Durant, W. História da Filosofia, 1926, 2a ed., p. 1.

Sobre a mnemônica: mais verdades do que mitos

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O desenvolvimento da memória é crucial para o aprimoramento das nossas capacidades cognitivas. Isto ninguém pode negar! Mas me pergunto: como pode ela influenciar até mesmo na nossa personalidade? Comecemos nossa busca apreciando o seguinte excerto pioneiro do psicólogo Dunlop:

A memória é como Fanus, o Deus do ano novo. Ela olha o passado, liga-o ao presente e, a partir disso, determina nosso futuro. Somos o que somos, porque lembramos. A memória preserva a continuidade de nossas experiências e modela toda a nossa personalidade.

Noutra circunstância (vide A memória e o tempo) denominamo-la “memória integral”  e estabelecemos que ela deve representar o arcabouço de todas as nossas experiências pregressas. Entretanto, como tal, necessariamente precisava possuir uma estrutura física ou “armação” que a contivesse…

Segundo Geoffrey Dudley, é incerta a natureza exata do processo de retenção da recordações. As teorias mais plausíveis ligam os fenômenos da memória às bases fisiológicas cerebrais. Dentre estas teorias, talvez a mais aceita seja a do tal “fator químico” que propõe as já citadas mudanças conformacionais protéicas (em Genômica consciencial) como fonte do armazenamento da informação ao nível molecular.

O mecanismo de retenção

Se cada experiência pela qual passamos é registrada fisicamente em nosso cérebro, como então explicar a sua dinâmica de funcionamento e intercomunicação?

Existem fortes evidências científicas de que o nosso Sistema Nervoso Central – SNC, através das transmissões sinápticas, funcione de maneira análoga aos computadores, em que tanto o raciocínio, a imaginação e a memória seriam dependentes de milhões e milhões de conexões nervosas, formando-se assim uma espécie de “rede neural” capaz de elicitar seletivamente as lembranças retidas, dando sentido a elas dentro de novos contextos… Isto é simplesmente maravilhoso!

O conceito de “fluxo informativo” que também já foi explorado anteriormente, segundo uma analogia com o modelo do planeta Terra, estabelece que nada há de contraditório ao comparar-se estas duas teorias, tendo-se em vista que de uma exaure a outra…

Primordialmente, a mobilidade das informações registradas em nossa memória integral é função das possibilidades conectivas da nossa rede neural. Ou seja, quanto maior for o número de conexões necessárias para trazer a informação à tona, tanto mais difícil será nossa capacidade de evocá-la.

Seria mais ou menos como navegar na internet sem uma “bússola”, ou melhor, um bom mecanismo de busca chamado Google!

O que chamamos de Estado Alterado de Consciência – EAC, em realidade, nada mais é do que uma postura mental de “relaxamento consciencial”, em que se maximiza nosso potencial conectivo, possibilitando o fluxo informativo entre a Consciência e seus estados funcionais mais obscuros: o subconsciente e inconsciente.

A gênese do esquecimento

Urgem, assim, 2 questões cruciais ao desenvolvimento da nossa capacidade de aprendizagem: como lembramo-nos e por que nos esquecemos? Difícil responder precisamente, ou melhor, como toda boa teoria, desafiador mesmo o é aplicá-la!

Dudley mesmo sugeriu serem quatro os motivos do esquecimento:

  1. Fraca impressão;
  2. Desuso;
  3. Interferência;
  4. Repressão.

Deixo ao leitor, munido dos conceitos até aqui abordados, o ensejo de refletir e interpretar os conceitos por trás de cada um destes fatores. Preciso não o é dizer que todos estão intimamente ligados ao processo neural conectivo…

Façamos aqui somente uma “provocação sadia”:  quão simples não seria a fórmula mágica da mnemônica? Dudley mesmo já a teria revelado como sendo:

  1. Atenção;
  2. Repetição;
  3. Seleção;
  4. Despreocupação.

E olha que boa parte destes conhecimentos só vêm complementar o que Freud já dizia sinteticamente há um bom tempo:

A pessoa normal concentra-se naquilo que lhe parece importante.

Hoje podemos tão somente reforçar que a nossa memória é regida por duas fases completamente distintas: a gravação e a leitura. Toda informação deve ser armazenada fisicamente ao nível molecular, segundo as conformações protéicas.

Sua mobilidade se dá via conexões sinápticas dentro de uma rede neural extremamente complexa, formada por bilhões de neurônios, sendo o EAC tido como o ponto de conectividade máxima, ou seja, o desempenho mnemônico ideal!

Mais recentemente alguns estudiosos estão chamando o fenômeno de “estado de fluxo“. Como atingi-lo? Bem, isto já são outros quinhentos…

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Autoria por ricardobarreto.com

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Saiba mais:

  1. Dunlop, E. Psychology, 1954, 18, p. 3.
  2. Dudley, G.A. Como Aprender Mais, 1988, Círculo do Livro, 1a ed., p. 1.
  3. Byrne, W.L. Molecular Approaches to Learning and Memory, 1970, Academic Press, p. 2734.
  4. Freud, S. Inhibitions, Symptoms and Anxiety, 1936, Hogarth, 1st ed., p. 77.

Ética científica – parte I

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Esta é uma questão sobre a qual quero me ater sobremaneira, haja vista sua crescente importância quanto ao rumo da civilização especialmente devido aos avanços conquistados nos últimos dois séculos.

A ciência já nos levou à lua e nos fez ver a célula e o átomo, mas também trouxe consigo a bomba atômica…

É imprescindível, portanto, uma séria reflexão por parte da comunidade científica e também da sociedade civil sobre as questões éticas envolvidas nas pesquisas, sua utilidade pública e implicações socioeconômicas.

Em 2005 estas questões vieram à tona com o caso do Dr. Hwang Woo Suk, quando a comunidade científica mundial foi sacudida pelas denúncias feitas por membros da sua equipe e pesquisadores de outras partes do mundo.

Os resultados que o Dr. Hwang afirmou ter obtido eram de enorme relevância, pois representavam a primeira comprovação científica da clonagem de embriões humanos, colocando seu grupo de pesquisas e, principalmente, seu país (a Coréia do Sul) na fronteira das pesquisas envolvendo células-tronco. Infelizmente, todos os resultados publicados em periódicos de elevado impacto científico e divulgados mundialmente eram forjados.

Voltemo-nos rapidamente ao passado para compreender melhor o presente. Por muito tempo o mundo já foi açoitado pela “ignorância medieval”. Uma época de “sombras” em que o domínio sobre os povos era exercido sob a égide da religião, perpetrando a antiga política do “pão e circo”!

Muitas iniquidades foram cometidas contra aqueles que ousassem pensar além dos limites impingidos pela “Santa Igreja”. Taxados de “bruxos”, cientistas foram considerados hereges e queimados na fogueira por causa das suas ideias tidas como revolucionárias…

Por sorte este tempo já se foi, porém ainda sofreremos as consequências lamuriosas por muitos e muitos anos. Sobre essa problemática, o grande filósofo contemporâneo, Bertrand Russel, assinalou de forma inequívoca:

Não é de dogma que o mundo precisa, mas de uma atitude de investigação científica.

Tal atitude de investigação científica pressupõe, via de regra, uma formação acadêmica de primeira-linha. Acontece que, muitas vezes, o que é chamado de educação, em verdade, deveria significar o oposto…

Desde os primórdios da civilização antiga, logo quando a organização estatal foi instituída, a educação tem sido utilizada como meio de instrução social, segundo os interesses do Estado. Entretanto, paradoxalmente, uma sociedade bem instruída constitui o maior perigo àqueles que pretendem se manter no poder, com o intuito de fazer prevalecerem seus próprios interesses…

Em tempos de clonagem, transgenia, neuro e nanociências, já não existem mais limites para o que o homem possa fazer! Alguns dos resultados oriundos da pesquisa científica podem impactar diretamente na vida de milhões de indivíduos e trazer benefícios que certamente faziam parte dos “sonhos” daqueles mais obcecados por ficção científica…

Nanomáquinas capazes de processar microcirurgias, nanosensores que detectam doenças em estágios iniciais, curas de doenças por processos de manipulação genética, crescimento de órgãos oriundos do próprio paciente, que pode recebê-los em um transplante sem riscos de rejeição, cura de doenças degenerativas, cura de paralisias diversas, etc.

As únicas amarras ficam praticamente a cargo dos princípios éticos ou morais, dependendo do país e das leis que o regem. E é exatamente aí que reside o grande problema. Quando são os códigos de conduta morais, instituídos por essa ou aquela religião, que influenciam as prerrogativas dos Conselhos de Ética em pesquisa, pode-se limitar equivocadamente os campos de pesquisa em áreas importantes para o avanço da humanidade.

É o que se observou, por exemplo, com a questão da clonagem terapêutica. As pesquisas nesta área requerem o uso de células tronco especiais, as quais são extraídas de embriões recém-formados, com apenas alguns dias após a fecundação. Entretanto, a Igreja Católica insiste em apregoar que a vida existe desde o momento da fecundação, mesmo sabendo que a ciência já provou o contrário…

Assim como se considera a morte cerebral quando o cérebro pára de funcionar, a vida também só começa com a formação do sistema nervoso, o que ocorre somente depois do décimo quarto dia…

Só para se ter uma ideia dos avanços que o Projeto Genoma propiciaram, segundo estimativas do professor Richard Dawkins, em 2050, pelo preço atual de uma análise de raios-x, poderemos conhecer o “texto” completo de todos os nossos genes. O médico não nos dará mais uma prescrição convencional, mas sim aquela que se adequará com precisão ao nosso genoma.

Isto é maravilhoso, sem dúvida, mas nosso “texto pessoal” irá também predizer, com precisão alarmante, nosso fim natural… Será que desejamos tanto conhecimento? Mesmo que a resposta seja afirmativa, será que vamos querer que nosso código do DNA seja lido pelos agentes das seguradoras, pelos advogados dos processos de reconhecimento de paternidade e até mesmo pelo governo?

Mesmo numa democracia arraigada, nem todos ficariam felizes com essa perspectiva. De que maneira algum “futuro Hitler” poderia fazer mau uso desse conhecimento é algo que precisamos pensar desde já!

Sem dúvida, estas preocupações são imprescindíveis, tanto que a ONU, na Conferência Geral da UNESCO de 1997, adotou a Declaração Universal sobre o Genoma Humano e os Direitos Humanos, marcada por questões político-científicas polêmicas como a manipulação do genoma humano, a clonagem e os transgênicos.

Presumo eu que todas as pessoas deveriam ler este documento na íntegra, pois se trata de um primoroso avanço para sociedade, reconhecendo que a pesquisa sobre o genoma humano e as aplicações dela resultantes abrem amplas perspectivas para o progresso, com a melhoria da saúde dos indivíduos, mas enfatizando que tal pesquisa deve respeitar inteiramente a dignidade, a liberdade e os direitos humanos, bem como a proibição de todas as formas de discriminação, baseadas em características genéticas.

Então a questão é simples: o que vale mais a pena? Salvar a vida de uma criança de nove anos de idade, condenada pela leucemia ou fazer uso de um punhado de células inócuas e acéfalas por um bem maior? A resposta é de cada um, mas a consciência social deveria ser de todos!

 

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Saiba mais:

  1. Barreto, R. L. ÉTICA EVOLUCIONISTA: a razão da moral, 1a ed., Editor-Autor, 2008.
  2. Ethics and Fraud in Three cheers for peers, Nature, 2005, 439, 117.
  3. a) Woo Suk, H. et al.; Science, 2004, 303, 1669. b) Woo Suk, H. et al.; Science, 2005, 308, 1777.
  4. Fernando Coelho, Química Nova, vol. 29, No2, 185, 2006.
  5. Bertrand Russel, A Sociedade Humana na Ética e na Política, 216.
  6. Farias et. al. Ética e Atividade Científica, Campinas: Editora Átomo, 2006.
  7. Richard Dawkins, O Capelão do Diabo, São Paulo: Compahia das Letras, 2005.