Valor consciencial

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A busca incessante do Ser consciente pela satisfação de uma necessidade ou desejo, seja qual for seu estado (material ou imaterial), eis o significado apriorístico de “valor consciencial”.

Percebe-se valor, portanto, naquilo que se quer acumular ou manter ao longo da existência, tanto no plano físico como extrafísico (ou sutil, melhor dizendo).1 Deve-se destacar, no entanto, respeitando a dicotomia própria da Criação, que também existem os “antivalores conscienciais”. E o significado é justamente o oposto!

Os 7 principais valores e antivalores conscienciais a serem tratados aqui são diferenciados didaticamente pela manifestação existencial que pode se dar ora no plano físico, ora no plano sutil. Conheça a lista completa (28 valores e antivalores) e tenha-a na ponta da língua com uma técnica mnemônica bem bacana (vide nota). 2

Figura. Valores e antivalores conscienciais.

Cabe salientar mais uma categorização quanto ao objetivo da geração de valor (ou antivalor). Dizemos ser um “valor de estado” quando este se volta exclusivamente para a pessoa em si mesma. Por outro lado, um “valor de ação” ocorre quando o benefício (ou malefício) é colhido ou sentido por outro Ser ou Seres.

Somente as pessoas que cultivam em essência os “valores de estado” são capazes de manifestar os mais sublimes “valores de ação”… Isto é o que chamo de autorealização!

Temos, assim, o Amor como um típico “valor de ação” em que a doação é usufruída pelo Ser consciente assistido na forma de caridade. Já a Paz trata-se de um “valor de estado” que sentimos e cultivamos interiormente. Por ora, guardemos tão somente a lógica deste conceito. Serão abordados exemplos da categorização de valores mais a frente, na medida que discorrermos sobre cada um deles.

É, sem sombra de dúvidas, uma forma bem diferente de encarar a Riqueza, a Paz, o Poder, a Feiura… Veremos o quê devemos cultivar e o que devemos banir definitivamente das nossas vidas! Veremos ainda como o controle sobre os pensamentos, através da meditação ativa, representa a “chave” do processo de autossugestão.

Aprenderemos, afinal, a “reprogramar” nossas crenças (que disparam os algoritmos bioquímicos) e direcionar os pensamentos, sentimentos e a meditação para uma existência de plenitude, aquela em que Inteligência, Espírito e Consciência, os verdadeiros atributos, são coerentes e alinhados rumo ao Criador.

Comecemos perscrutando cada um dos 7 passos do Ciclo da Cultura de Valor – CCV. Somente aí estaremos de fato preparados para ampliar o entendimento sobre a Consciência, como ela nos afeta, como é afetada por outros Seres, conscientes ou não, e como ela é capaz de formar, na coletividade, a tão sonhada CULTURA DE VALOR, aquela que gera muito mais valor do que destrói!

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Da obra no prelo CULTURA DE VALOR: aforismos para uma vida plena

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Saiba mais:

1.  Sem desmerecer quaisquer proposições consideradas metafísicas, vamos encarar o plano extrafísico (ou sutil, melhor dizendo) como tão somente aquilo que não se observa no universo físico pelos instrumentos naturais, científicos e tecnológicos da época atual, independente da perspectiva do observador e do instrumento de observação utilizado (ou seja, sem divisão entre as visões newtoniana e einsteiniana).

2. Não por acaso, foram selecionados 7 valores (e antivalores) conscienciais, de modo a facilitar a lembrança pelos dias da semana e iniciais de cada palavras, formando assim um acróstico bem facinho, segundo as boas práticas da mnemônica. Veja o acróstico (PPPPVAF): Paz: domingo; Poder: segunda; Pureza: terça; Prosperidade: quarta; Verdade: quinta; Amor: sexta; Felicidade: sábado. 

Mundo redondo, universo plano

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O mundo pode ser redondo, mas o universo é plano. Ao navegar no cosmos, em sua magnitude infinita, pode-se assumir somente 2 direções: a que nos leva a Deus e a que nos afasta Dele!

Cada Ser, em sua singularidade de vida, apresenta-se tal como um vetor numa trajetória incomparável de interações mentais, espirituais e conscienciais que podem ser “geradoras” ou “destruidoras” de valor, dependendo de como afetam o meio que estão inseridos nos planos físico e extrafísico.

Figura. Trajetória vetorial dos Seres rumo a Deus.

Somos, assim, compostos essecialmente de apenas 3 atributos existenciais que permitem toda a expressão do Ser, quais sejam:

  1. Inteligência: manifesta através da mente no plano físico;
  2. Espírito: manifesto pela alma no plano extrafísico;
  3. Consciência: canalizada pela conexão com Deus.

Este conceito é de vital importância. Devemos sedimentá-lo, com total serenidade e aceitação. Em última instância, são afetadas as inteligências, espíritos e consciências, sempre num certo raio de interferência que depende da intensidade da energia criadora emitida.1

O problema do ser, portanto, reside no discernimento de como controlar suas faculdades moldando estes 3 únicos atributos. Lapidar a inteligência, o espírito e a consciência: eis os verdadeiros objetivos da nossa existência!

Ao contrário dos atributos, temos inúmeras faculdades que são basicamente aquelas ações que conseguimos realizar graças aos nossos atributos. Ou seja, o atributo leva à faculdade e nunca o contrário.

Veja só. O pensamento (faculdade de pensar) brota da mente que é acionada pela inteligência. É assim que decido, por exemplo, se preciso sair para comprar pão agora, se devo vender um determinado ativo na bolsa de valores antes da reunião do FED ou se, por ventura, preciso fazer um check-up para não arruinar o feriadão da família!

As faculdades da alma são muito mais sutis e ainda tem gente que acha que se resolve com pílulas… A faculdade de sentir com os “olhos d´alma” requer a sensibilidade dos sentidos extrasensoriais, velados aos que se iludem pelo mundo material. Você realmente acredita que é a ocitocina que move o coração de um pai que revê a filha depois de uma longa viagem de trabalho? 

Se controlar os sentimentos que regem as relações entre os Seres já é uma missão tão desafiadora, que dizer então da maior de todas as missões, aquela que deveria ser nosso grande propósito existencial e que, por certo, pouquíssimos estão perseverando? Orar e meditar são indubitavelmente as faculdades supremas e olha que ainda assim tão poucos as volarizam…

Veremos que os valores que realmente importam são os conscienciais, ou seja, aqueles que nos conectam a Deus!

Isto não quer dizer que os valores da mente ou do espírito devam ser negligenciados. Muito pelo contrário… São eles que nos conduzem, afinal, aos verdadeiros valores. É que o Deus que existe em cada um de nós é a única realidade que importa. Acreditem: tudo o mais é realmente, como já diziam os Vedas, pura ilusão!

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Da obra no prelo CULTURA DE VALOR: aforismos para uma vida plena

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Saiba mais:

1. Indo além dos nossos propósitos, completamente despreocupado com o rigor matemático que não seja puramente filosófico, podemos elucubrar o quantum de energia vital, tal como revelado pelo guru da Kriya Yoga Paramahansa Yogananda em 1949, como sendo o menor valor que esta grandeza possa assumir. E, ainda, denominar este “pacote” energético de vitráton. Sabendo-se que este tipo de energia associa-se à capacidade de “gerar” ou “destruir” valor, quanto maior for a quantidade de vitrátons, tanto maior será a sua intensidade e, consequentemente, a sua capacidade de interação com outros seres. Para saber mais, acesse AQUI.

Ciclo da Cultura de Valor (CCV)

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Qualquer animal, terrestre ou não, inclusive o próprio ser humano, carrega em si um foco singular de “energia vital”, também chamada de “energia criadora” ou “energia cósmica universal”, derivada da Fonte criadora de todas as consciências do universo: Deus.

Este, para mim, é um axioma propriamente dito! Já vimos, segundo o conceito milenar de karma, que a pureza da criação divina vai se perdendo ao longo da existência por interações mal sucedidas com outras consciências que afetam nosso Estado de Coerência e alimentam, desta forma, as atitudes destruidoras de valor.1

Existe uma única forma de resgatar esta pureza original da Criação: conectando-se constantemente à Fonte. Para tal é preciso atuar em duas frentes: primeiro a prática disciplinada da meditação/oração e, concomitantemente, desenvolver em si os valores outrora perdidos. Mas será que existe uma técnica sem quaisquer vínculos religiosos capaz de acelerar este resgate?

Longe da sofisticação do silogismo aristotélico,2 qual um fio condutor que nos guia pelos conceitos mais importantes a serem aqui apresentados, o Ciclo da Cultura de Valor (CCV) é a estratégia de escolha para reposicionar radicalmente o sentido das nossas vidas!

Ele prima pela prática e por isso abstêm-se dos debates filisóficos ou teológicos nos quais muitos se esbarram no caminho para o progresso espiritual. Afinal, como se processa no nível mental (digo dos algoritmos emocionais que disparam reações bioquímicas nos nossos cérebros) este tal CCV?

Foi Gandhi, o homem que libertou a Índia pela paz, uma consciência certamente à frente do seu tempo, através da palavra escrita, quem me inspirou decisivamente a traçar o Ciclo que é muito simples, constituído de 7 passos comportamentais e que nos propicia um método eficaz para busca do verdadeiro sentido da vida.3

Figura. O Ciclo da Cultura de Valor (CCV).

São deveras muitas e diversificadas as motivações por detrás dos nossos comportamentos, no entanto identificou-se um padrão processual que invariavelmente respeita a sequência dos 7 passos (ou máximas) enunciados pelo CCV, a saber:

  1. Ao “programar” nossa mente (algoritmos), nasce uma crença;
  2. As crenças geram, por sua vez, os pensamentos subjetivos;
  3. Os pensamentos se materializam, inicialmente, pelas palavras;
  4. As palavras são, muitas das vezes, seguidas por ações concretas;
  5. Já as ações, sejam recorrentes ou reincidentes, tornam-se hábitos;
  6. Sem os hábitos, por certo, não há concepção de valor consciencial;
  7. E tão somente os valores que conduzem ao que chamamos destino.

Alerto de antemão que este feito só será possível àqueles que se debruçarem num estado profundo de compreensão e prática dos mecanismos comportamentais que apresentaremos. Arrisco-me até a dizer, como Nietzsche o fez, que este preceito destina-se especialmente aos “espíritos livres”, aqueles seres impávidos e despidos de preconceitos. Os verdadeiros livre-pensadores de todos os tempos.4

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Da obra no prelo CULTURA DE VALOR: aforismos para uma vida plena

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Saiba mais:

1. Segundo o Dr. Rollin McCraty, Diretor de Pesquisas do Institute of HeartMath, a Coerência seria caracterizada pelo estado em que o coração, a mente e as emoções das pessoas estão em cooperação e alinhados energeticamente, liberando mais energia que se manifesta em resultados harmoniosos para uma vida plena. Para saber mais, acesse AQUI.

2. Um silogismo (do grego antigo συλλογισμός, “conexão de ideias”, “raciocínio”; composto pelos termos σύν “com” e λογισμός “cálculo”) é um termo filosófico com o qual Aristóteles designou a argumentação lógica perfeita, constituída de três proposições declarativas que se conectam de tal modo que a partir das duas primeiras, chamadas premissas, é possível deduzir uma conclusão. A teoria do silogismo foi exposta por Aristóteles em Analíticos Anteriores.

3. Gandhi foi o idealizador e fundador do moderno Estado indiano e o maior defensor do Satyagraha (princípio da não agressão, forma não violenta de protesto) como um meio de revolução. Inspirou gerações de ativistas democráticos e antirracismo, incluindo Martin Luther King Jr. e Nelson Mandela. Frequentemente afirmava a simplicidade de seus valores, derivados da crença tradicional hindu.

4. Pensamento livre ou livre pensamento é o ponto de vista, filosófico ou não, que sustenta que os fenômenos e todas as coisas devem ser formados a partir da ciência, da lógica e da razão e não devem ser influenciados por nenhuma tradição religiosa, autoridade ou qualquer dogma.

Despertar da consciência

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Perfazendo uma breve análise histórica do pensamento, a “chave” de todos os conceitos e práticas que serão por mim apresentados, encontramos primeiramente na filosofia grega da antiguidade a arte da dúvida que nos impulsiona à busca pela sabedoria e o tal “mundo das ideias” de Platão que retomaremos mais a frente em outro contexto…

Uma pena que depois desta época áurea do pensamento lógico sucederam-se muitos anos na “idade das sombras” em que a teologia, contrariamente, voltou a nos aprisionar em pseudoverdades ditas religiosas, mas que resvalaram em pouquíssimo resultado prático em termos de uma verdadeira evolução da alma.

Este período de trevas para a humanidade que durou aproximadamente 18 séculos, só começou a desvanecer com o surgimento da psicologia moderna, pautada pelas técnicas da psicanálise que propiciaram às pessoas uma visão mais crítica das suas emoções, despertando o entendimento de como elas afetam a psique humana.

Mais recentemente, já no século XX, aconteceu algo inusitado: a ciência milenar da Yoga, inspirada na literatura védica, chegou finalmente com força ao ocidente. Pelas palavras do guru Paramahansa Yogananda, fomos bem além do entendimento das emoções oriundas do subconsciente, permitindo pela primeira vez o controle da consciência através das técnicas de meditação que propiciam a autorealização, numa constante busca de conexão com o Criador.1

É a partir deste ponto de interseção das ciências cognitivas com a ciência da Kriya Yoga que pretendemos avançar em nossas reflexões e proposições.2 Deve-se ter em mente que a presente obra trata-se de uma busca individual (e não individualista) que pode servir a todos aqueles que se identifiquem com a importância da consciência e de suas inúmeras facetas de interação com os planos físicos e extrafísicos, bem como sua trajetória a caminho da imanência.

Os trabalhos apresentados não se basearam em pesquisas exaustivas, carecendo assim de estudos científicos confirmatórios. São frutos, outrossim, de processos naturais da mais pura reflexão, sempre pautados pela seleção e inspiração inerentes de uma quietude da mente que só pode ser elicitada nos momentos introspectivos, este estado da psique humana que os estudiosos chamam de “estado de fluxo”.3

Esta obra, portanto, é muito mais filosófica do que científica! Muito mais intuitiva do que pragmática!! Muito mais especulativa e propositiva do que afirmativa e impositiva!!!

Não encontrarão aqui tantas referências, quando muito um esclarecimento ou uma citação deste ou daquele conceito que possa ser aprofundado através de uma fonte de consulta rápida, priorizando sempre que possível aquelas digitais que são acessíveis gratuita e instantaneamente pela internet.

O formato literário dos aforismos nem um pouco trivial nos dias de hoje, com máximas de cunho moral ou filosófico, inspirou-se em Baltasar Graciás, este padre jesuíta e professor de teologia, condenado pela sua ousadia a pão e água e enterrado em vala comum pela santa Igreja, fora idolatrado por ninguém menos que um Nietzsche ou Schopenhauer.4

Eu diria que o aforismo é, na verdade, um diálogo consigo mesmo, uma reflexão introspectiva que deve servir em última análise para o conhecimento comum, algo assim dicotômico como o diálogo mitológico entre Eco e Narciso:5

- Há alguém aqui?- Aqui! - respondeu Eco. Narciso olhou em volta e não viu ninguém. Queria saber quem estava se escondendo dele, e quem era a dona daquela voz tão bonita.
- Vem - gritou.- Vem! - respondeu Eco.
- Por que foges de mim?- Por que foges de mim?- repetiu
- Eu não fujo! Vem, vamos nos juntar!- Juntar! - a donzela não podia conter sua felicidade ao correr em direção do amado que fizera tal convite.
Narciso, vendo a ninfa que corria em sua direção, gritou:- Afasta-te! Prefiro morrer do que te deixar me possuir! - Me possuir... - disse Eco.

Que o tempo, irresoluto e infindável, nos ajude a nutrir estas linhas com algo que valha. Que elas aconteçam e amadureçam naturalmente na minha mente e de cada leitor, consciências assim conectadas pela busca da autorealização, pela compreensão da imanência e pela aceitação de que não precisamos compreender Deus, basta conectar-se a ele!

A inspiração simplesmente acontece e, como tal, não pode ser forçada e sim induzida. Uma linha de inspiração vale mais do que mil palavras forçosamente ditadas… Espero, por fim, que apreciem comigo esta jornada de pura reflexão, sem verdades preconcebidas, sem rebusques e, o mais importante, sem pestanejar! A maior de todas as jornadas reside dentro de nós mesmos. É a jornada da consciência rumo ao Criador, rumo à imanência. 

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Da obra no prelo CULTURA DE VALOR: aforismos para uma vida plena

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Saiba mais:

1. Paramahansa Yogananda viveu entre 1893 e 1952, sendo reconhecido como um dos maiores emissários da antiga sabedoria indiana no Ocidente. Sua vida e seus ensinamentos continuam sendo uma fonte de inspiração e de luz para pessoas de todas as raças, culturas e credos. Para detalhes sobre as experiências maravilhosas da sua vida, não deixe de conhecer e decifrar sua obra clássica intitulada Autobiografia de um Yogue, publicada em português em 2008 e reeditada em 2013 pela Sociedade de Autorealização (vide nota 1). Adicionalmente, para um resumo sobre sua vida e obra, acesse AQUI.

2. Segundo a Sociedade de Autorealização, entidade fundada por Paramahansa Yogananda em 1920, a Kriya Yoga consiste em técnicas avançadas de meditação, cuja prática regular conduz à união com Deus e à libertação de todo tipo de escravidão da alma. É a técnica régia ou suprema de yoga, a união divina. Para mais detalhes acesse AQUI.

3. O estado de fluxo foi proposto como teoria na década de 1970 pelo psicólogo húngaro Mihaly Csikszentmihalyi e designa o estado de consciência em que a mente e o corpo encontram-se em perfeita harmonia. Para detalhes, assista ao TED.

4. Gracián y Morales, Baltasar, A arte da sabedoria [tradução por Luis Roberto Antonik], 1a ed. Barueri, SP: Faro Editorial, 2018.

5. Acesse AQUI,  um blog de humanidades em destaque: reflexões filosóficas, históricas, sociológicas e literárias (acessado em 1.11.2015 às 16:54h).

Muitas perguntas, poucas respostas

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Mesmo não acreditando mais na dita “ilusão”, não propriamente ainda em seu conceito mais puro de maya, empregado pelos sábios swamis hindus, outrossim a de que a vida é cheia de surpresas, eu continuei firme em meus propósitos reflexivos, resoluto na nova trejetória evolutiva.

Veio por assim dizer, repentinamente, uma vontade incontrolável, até mesmo imatura – admito – só que tão genuína quanto a minha necessidade sincera de refletir sobre algumas das questões mais essenciais da vida!

Já que minha sina é mesmo a de refletir, profanar a linha de pensamento “rasa” que só leva à mediocridade, por que não compartilhar estas reflexões com os leitores? Não vejo outro motivo para escrever senão este. São indagações simples, porém profundas, do tipo:

  • O que importa de fato em nossas existências?
  • Nós, humanos, somos mesmo melhores que outros animais?
  • Para onde iremos após a morte do corpo físico?
  • Qual a relação de consciência e imanência?
  • Deus existe ou tá todo mundo enganado?

Mistérios da vida

Quando pensamos abertamente nestes mistérios, deixando os preconceitos, paradigmas e estereótipos de lado, constatamos que a maioria das respostas são invariavelmente vagas ou, o que nos deixa ainda mais preocupados, quando são convictas demais…

Na verdade, antes de buscar tais respostas, nos deparamos com um único fato: quanto desperdício de tempo! Vem aí um sentimento de indignação que nos impulsiona a questionar o porquê de tantos devaneios peseudo-sábios… Abaixo revelo as 3 indagações que me conduziram a um momento único de epifania existencial:

INDAGAÇÃO 1: como pudemos nos deixar levar por correntes efêmeras de pensamento esotérico, por legiões de acadêmicos presunçosos ou por religiões dogmáticas que nos satisfazem por um tempo, mas se mostram aos poucos vazias em sua própria essência?

INDAGAÇÃO 2: como deixamos passar a oportunidade ao alcance de todos, de preenchermos nossas lacunas existenciais com os verdadeiros valores, os valores da consciência, sem depender de mais ninguém, somente nós mesmos e, claro, com a ajudinha de um Guru?

INDAGAÇÃO 3: como, afinal, admitir que estamos ainda tão distantes do estado de imanência, porém tão perto de ressonar com a energia cósmica universal que se encontra dentro de nós mesmos?

Momento PI

Tenho cristalizado em minha mente o exato momento que este despertar se deu para mim. Acreditem: foi numa viagem a trabalho para Coréia (a do Sul) no ano de 2013. Estava eu à procura de qualquer sorte de distração para consumir aquelas intermináveis 24 horas de voo, quando me deparei com um filme pra lá de encantador…

Foi ele, em verdade, o grande responsável pela guinada na minha forma de pensar tais questões filosóficas e também religiosas, tendo desencadeado uma vontade quase que compulsiva de encontrar tais respostas, pelo menos um pouco mais plausíveis e menos impositivas, para as indagações supracitadas. O filme se chama “As Aventuras de Pi”.

Considerado um épico que nos leva a uma profunda reflexão sobre o verdadeiro sentido da vida e de como Deus está presente em todas as religiões,1 mesmo naquelas cujos devotos lutam incessantemente para se afastar Dele…

A cena do tigre agonizando num barquinho em alto mar é particularmente tocante. Melhor dizendo: imperdível! Confiram agora mesmo e tenham, per se, um momento de epifania!

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Da obra no prelo CULTURA DE VALOR: aforismos para uma vida plena

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Saiba mais:

1. Life of Pi (no Brasil, As Aventuras de Pi) é um filme americano, baseado no romance de 2001 de mesmo nome por Yann Martel. O filme é dirigido por Ang Lee e baseado em um roteiro adaptado por David Magee. Life of Pi foi lançado em 21 de novembro de 2012. Em 10 de janeiro de 2013 foi anunciado que Life of Pi havia recebido onze indicações ao Oscar, incluindo Melhor Filme, tendo vencido os prêmios de Melhor Diretor, Melhor Trilha Sonora, Melhor Fotografia e Melhores Efeitos Visuais.